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VXY Mogiana em MG
Estações da linha
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Itumirim
Itirapuan
Tabões
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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E. F. Oeste de Minas (1923-1931)
Rede Mineira de Viação (1931-1966)
V. F. Centro-Oeste (1966-1975)
RFFSA (1975-1997)
ITIRAPUAN
Município de Lavras, MG
Linha-Tronco - km 372,250 (1960)   MG-3197
Altitude: 895 m   Inauguração: 30.06.1923
Uso atual: em ruínas (2019)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1923
 
 
HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco da RMV foi construída originalmente pela E. F. Oeste de Minas a partir da estação de Ribeirão Vermelho, onde a linha de bitola de 0,76 chegou em 1888. A partir daí, a EFOM iniciou seu projeto de ligar o sul de Goiás a Angra dos Reis, passando por Barra Mansa por bitola métrica: construída em trechos, somente em 1928 a EFOM chegou a Angra dos Reis, na ponta sul, e no início dos anos 1940 a Goiandira, em Goiás, na ponta norte, e já agora como Rede Mineira de Viação. A linha chegou a ser eletrificada entre Barra Mansa e Ribeirão Vermelho, e transportou passageiros até o início dos anos 1990. Nos anos 1970, o trecho final norte entre Monte Carmelo e Goiandira foi erradicado devido à construção de uma represa no rio Paranaíba, e a linha foi desviada para oeste encontrando Araguari. Hoje a linha, já não mais eletrificada, é operada pela concessionária FCA.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Itirapuan foi aberta em 1923.

Em 1995 ainda funcionava como estação, nos derradeiros trens de passageiros da linha Barra Mansa a Ribeirão Vermelho.

"A estação de Ityrapuan fica próxima ao Instituto Adventista de Lavras, uma escola que possui um grande "Campus" na zona rural deste município. O acesso é fácil e a estrada toda asfaltada. Encontrei uma estação de construção muito boa,com paredes fortes, mas completamente abandonada. Percebi muitos rabiscos de vândalos nas paredes internas. Grande parte das telhas estão desabando para dentro do próprio prédio. Há muitos pombos residindo no local, o que aumenta ainda mais a sujeira no seu interior. O mato praticamente fechou o acesso pelos fundos. Notei também ruínas de um fogão a lenha em um dos cômodos. Segundo um rapaz cujo pai trabalhou na RFFSA, o pátio de manobras comporta cerca de 50 vagões e era comum a parada por ali dos trens de passageiros vindos de Barra Mansa. Uma das casas próximas à estação possui uma placa indicativa de propriedade da RFFSA e me informaram ser esta a casa do guarda das chaves de mudança de linha. Tive também a sorte de ver um cargueiro de minério da FCA tracionado por 4 locomotivas passar por esta estação. É uma pena o abandono desta estação, afinal o movimento de trens por ali é grande, bem como o número de fazendas e casas ao redor do Instituto Adventista, o que justificaria ações mais conservacionistas" (Fábio Libânio, 01/2007).

Acima do dístico com o nome da estação, a data de 1923, marcando o ano de sua construção no mesmo ano de sua inauguração. Em 2012: "É mais uma que não estará lá em breve, uma pena, pois ainda possui em seu interior o piso original vindo da Alemanha, o mesmo alias que é encontrado em Ribeirão Vermelho. O teto está destruído por ações de vândalos e a parte dos fundos da estação, onde era uma cozinha, pois há marcas de um fogão, inclusive um pedaço de chaminé no teto, começa a trincar por conta da umidade. A porta de correr para entrega e recebimento de encomendas ainda resiste, inteira. Pixações por todas as paredes e furtos de algumas peças características desta estação, no entanto, nos remete à profunda tristez, já que um dia já a vi inteira e ativa (Anderson Nascimento, 9/2012)".

Em 2019 estava em ruínas e sem telhado.


ACIMA: Mapa do município de Lavras, como era em 1930 (CLIQUE NA FIGURA PARA AMPLIAR). A estação de Itirapuã não aparece no mapa: aberta em 1923, ainda não havia sido apontada. Notar as linhas existentes EM VERMELHO: do sul para noroeste, a linha-tronco da então EFOM; no norte, seguindo de Ribeirão Vermelho para o leste, a bitolinha de 60 cm; de Lavras para sudoeste, a ligação com Três Corações. Notar que Lavras ainda englobava diversas estações e distritos que hoje são independentes, como Ribeirão Vermelho, Carrancas e outros (Autor desconhecido).

(Fontes: Carlos Roberto de Almeida; Anderson Nascimento; Fabio Libanio; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil)
     

A estação em 13/02/1995. Foto Carlos Roberto de Almeida

A estação em 01/2007. Foto Fábio Libânio

A estação em 01/2007. Foto Fábio Libânio

A estação em ruínas em 18/9/2012. Foto Anderson Nascimento
 
     
Atualização: 26.03.2019
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.