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Jaguarão
Polinício
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Ramal de Jaguarão - 1940
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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V. F. Rio Grande do Sul (1932-1975)
RFFSA (1975-1994)
POLINÍCIO
Município de Jaguarão, RS
Ramal de Jaguarão - km 1.105,157 (1960)   RS-0663
Altitude: -   Inauguração: 25.03.1942
Uso atual: Conselho Tutelar (2019)   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: O ramal de Jaguarão foi aberto em 1932 para unir a estação de Basílio, na linha de Cacequi ao Rio Grande, ao Uruguai, depois de cruzar a ponte internacional sobre o rio Jaguarão. Por ali podia-se seguir para Montevideo de trem. A linha foi totalmente desativada por volta de 1979. Os trilhos foram arrancados, exceto no trecho entre Jaguarão e o rio Uruguai. Quando veio a supressão oficial do ramal em 1994, a linha já era uma saudade havia muitos anos.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Polinício foi inaugurada em 1942 como ponta de linha do ramal de Jaguarão. A partir de então, dessa estação, junto a um abrigo para viajantes, (e não mais da de Jaguarão) os trilhos continuavam até a cidade de Rio Branco, no Uruguai, depois de cruzar a ponte internacional com trilhos de bitola dupla, correspondente à métrica brasileira e a bitola uruguaia, maior.

"Polinicio Espinosa, antigo comerciante jaguarense, grande entusiasta da construção da linha e da ponte que hoje liga os dois países amigos, acompanhou sempre de perto a construção desses dois empreendimentos" (Do livro VFRGS - Suas estações e paradas do Engº. Ariosto Borges Fortes).

O trem uruguaio de conexão até Montevideo esperava no meio da ponte, na chamada parada Ponte Mauá. Por muito têmpo havia uma automotriz diesel (litorina) correndo no trecho Ponte Mauá - Montevideo, depois a AFE passou a usar os trens diesel Ganz-Mávag (húngaros).

Até 2007, trens uruguaios atravessavam a fronteira na linha da bitola 1,435 m e chegavam até à estação de Jaguarão. Era pouca carga, em geral arroz da região de Vergara e Treinta y Tres, a 200 km da fronteira, no Uruguai.

Não entrando mais trens uruguaios agora, "em Jaguarão os trilhos da AFE que iam até a estação da cidade pelo visto serão cobertos. Um dos fatores que ouvi sobre a suspensão do tráfego de trens na ponte seria estrutural: a ponte estaria apresentando rachaduras. O trem da AFE atualmente só vai até a estação Rio Branco de lá até a ponte - cerca de 1 km por terra mais uns 1.500 m da ponte. Embora existam os trilhos, o tráfego está suspenso" (Alfredo Rodrigues, 05/2008).

A estação de Jaguarão pertence à cidade, e os trilhos à AFE uruguaia, que continuam por alguns centenas de metros no leito da antiga linha métrica brasileira erradicada.

Nos anos 1960 existia uma litorina rápida ligando Rio Grande (só às 3as, 5as e sábados) em exatamente 5 horas até Polinicio (239 km) com poucas paradas nesse trajeto, possibilitando uma baldeação imediata até e desde Montevideu, pela então RFFSA, onde era chamado de "Rápido Rio Grande-Montevideu".

A estação era o fim da linha de bitola métrica da VFRGS. O carro-motor ia até esse ponto. A partir dai os passageiros com destino a Montevideo embarcavam no carro-motor da AFE que ficava parado sobre a ponte. Esta parada ficava bem do lado da ponte. Ela ainda estava de pé em 2008, tendo servido por algum tempo pelo DAER - Departamento Autonômo de Estradas de Rodagem - um órgão do governo do Estado. Do lado direito da parada, existia ainda um antigo girador que era utilizado pelo carro-motor da VFRGS.

A parada teria funcionado até o início dos anos 1960.

"Dia 10/11/2019 estive em Jaguarão e passei pela estação de Polinício, atualmente ela é a sede do Conselho Tutelar da Cidade, o girador ainda está lá sobre a árvore, bem ao lado da estação tem um posto de gasolina. A ponte está com os trilhos ainda, mas saindo da ponte do lado brasileiro, os trilhos foram encobertos por uma camada de concreto (José Carricondo, 11/11/2019)".

(Veja também JAGUARÃO)

1924
AO LADO:
Propostas para a ponte internacional de Jaguarão (O Estado de S. Paulo, 23/10/1924).

1935
AO LADO:
Ligação por trilhos com o Uruguai (O Estado de S. Paulo, 4/4/1935).

ACIMA: Litorina uruguaia na estação de Polinicio (provavelmente anos 1940).

ACIMA: A ponte internacional, com as duas alfândegas, uma de cada lado (Acervo Wanderley Duck, provavelmente anos 1950).
ACIMA: Polinício (Foto sem data).

ACIMA: O trem entra no Brasil (Acervo Wanderley Duck). (Acervo Wanderley Duck, provavelmente anos 1950).

ACIMA: Em maio de 2008, os trilhos de bitola uruguaia (1,44m) ainda estão na ponte (sentido Brasil), mas os trens uruguaios não trafegam mais por eles. É o fim. Os trilhos de bitola métrica, que ficavam entre os atuais, já foram retirados há muito tempo (Foto Alfredo Rodrigues, maio de 2008).

ACIMA: Ao lado da estação ainda existe o girador de trens em 2019 (José Corricondo, 11/11/2019).

(Fontes:
Alfredo Rodrigues; Samuel Rachdi; VFRGS: Relatórios, 1920-68; IPHAE: Patrimônio Ferroviário do Rio Grande do Sul, 2002; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-81; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação fica à direita da entrada da ponte, onde existe uma árvore. Foto Alfredo Rodrigues em 31/5/2008

A estação de Polinício em 31/5/2008. Foto Alfredo Rodrigues

A estação de Polinício em 31/5/2008. Ao fundo (esquerda, na foto) dá para se ver o girador. Foto Alfredo Rodrigues

A estação de Polinicio em 11/11/2019. Foyo José Cotticonco
 
     
Atualização: 22.11.2019
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.