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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Rio da Serra
Arigolândia
Minhocão
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 1998
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Rede de Viação Paraná-Santa Catarina (1963-1975)
RFFSA (1975-1996)
ARIGOLÂNDIA
Município de
Tronco Principal Sul - km 474,379 (1989)   SC-1404
Altitude: -   Inauguração: 15.01.1963
Uso atual: abandonada   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: O Tronco Principal Sul, em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul, foi entregue em partes: entre os anos de 1963 e 1965, uniu as cidades de Mafra e Lajes - daí o nome da linha Mafra-Lajes, e foi construída pelos 2o Batalhão Ferroviário. Esse trecho transportou passageiros até 1978. Entre os anos de 1967 e 1969, foram entregues os trechos ligando Lajes a Roca Salles, no RS, mas este sem o transporte de passageiros. O trecho entre as estações de General Luz e Roca Salles foi aberto aos poucos durante os anos 1960, como continuação do Tronco Principal Sul. Também passaram trens de passageiros entre Montenegro-Nova e General Luz, e mesmo assim, apenas até por volta de 1978. Hoje pela linha trafegam os cargueiros da ALL, que assumiu como concessionária as linhas do Rio Grande do Sul em 1996. Unido às linhas que vinham de Itapeva, em SP, via Pinhalzinho e Ponta Grossa, entregues na primeira metade dos anos 1970, essa linha toda ficou conhecida como Tronco Principal Sul e com isso praticamente toda a antiga linha Itararé-Uruguai da RVPSC acabou por ser desativada.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Arigolândia foi aberta em 1963. Segundo Nilson Rodrigues, o caminho para chegar lá é muito ruim. É tão longe que nem ocupação das casas da vila houve. "Meu pai, de 1938 a 1965, pertenceu a Engenharia do Exército. O Velho tinha mapeado na cachola todo o sistema viário do Paraná e Santa Catarina que foi de responsabilidade de Exército. Cresci ouvindo as histórias das frentes de trabalho que me fascinavam e jamais esqueceria de Arigolândia, até porque estive lá uma vez em 1960 (de viatura militar em uma verdadeira aventura) e depois em 1967 (desta vez de trem, pois já estava em operação o trecho Mafra/Lages). Meu pai serviu no 2º Batalhão Ferroviário, "o Mauá", de 1947 a 1951 e no 2º Batalhão Rodoviário, o "Rondon", de 1955 a 1965, épocas em que as duas Unidades estiveram envolvidas na Construção do Tronco Principal Sul. Ao que dizia meu pai, pelo menos desde os anos 40, o lugarejo já era conhecido por este nome. Nas histórias contadas com um misto de bom-humor e orgulho, ter estado em Arigolândia dava alto conceito de eficiência e coragem. Era, naquele tempo, a última frente de trabalho, escondida nos socavões da Serra do Espigão, isolada, próxima de remanescentes dos redutos da Guerra do Contestado, de arranchamentos de bugres e de tudo o que pudesse significar dificuldade. Não é difícil deduzir que o nome se devesse ao tipo humano que ali predominava. Arigó, desde que me entendo por gente, significa pessoa rústica, caipira, matuto. O termo era comum na minha infância até para interpelar crianças encabuladas: "Cumprimenta as visitas menino. Está parecendo arigó" (Roberto Hedeke, 12/2004).
     

A estação, em 07/2004. Foto Nilson Rodrigues

Casas da vila ferroviária de Arigolândia, em 07/2004. Foto Nilson Rodrigues

A estação em 2014. Foto
     
     
Atualização: 07.10.2014
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.