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Simonsen
Votuporanga
Valentim Gentil
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Tronco EFA-1970
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: 2022
ÚLTIMA VEZ: 2022
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E. F. Araraquara
(1944-1971)
FEPASA (1971-1998) |
VOTUPORANGA
Município de Votuporanga, SP |
Linha-tronco - km 302,811 (1960) |
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SP-2979 |
Altitude: 504 m |
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Inauguração: 10.12.1944 |
Uso atual: depósito da Rumo (2022) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A Estrada
de Ferro de Araraquara (EFA) foi fundada em 1896, tendo sido o primeiro
trecho aberto ao tráfego em 1898. Em 1912, já com problemas financeiros,
a linha-tronco chegou a São José do Rio Preto. Somente em 1933, depois
de ter sido estatizada em 1919, a linha foi prolongada até Mirassol,
e em 1941 começou a avançar mais rapidamente, chegando a Presidente
Vargas em 1952, seu ponto final à beira do rio Paraná. Em 1955, completou-se
a ampliação da bitola do tronco para 1,60m, totalmente pronta no início
dos anos 1960. Em 1971 a empresa foi englobada pela Fepasa. Trens
de passageiros, nos últimos anos somente até São
José do Rio Preto, circularam até março de 2001, quando
foram suprimidos. |
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A ESTAÇÃO: Depois de estudos
que tinham como opção a passagem da linha da E. F. Araraquara por Neves Paulista e Monte Aprazível,
mais ao sul, ou por Tanabi e Alvares Florence, mais
ao norte, a ferrovia acabou passando pelo meio dos dois espigões,
atingindo Votuporanga em 1944.
A estação foi inaugurada em dezembro de 1944, segundo
o relatório da EFA, ou em 5/5/1945, segundo José
Carlos Rossato.
A cidade, que já tinha mais de cinco anos nessa época,
foi beneficiada pois a linha ali ficou
parada por quatro anos, quando em 1949 foi aberta a estação
seguinte (Valentim Gentil).
Com isso, vinha muita gente e também carga de toda a região
para ali pousar e embarcar, o que facilitou um rápido crescimento
da cidade. Teria sido esse prédio, aberto na inauguração
da estação, o atual? Ou seria, mas ainda sem estar completado?
O fato é que, em 18 de janeiro de 1946, em reportagem da Folha
da Manhã, escrevia-se que a plataforma de embarque aparentemente
não tinha cobertura: "Faz-se sentir a necessidade da
construção de um abrigo na estação ferroviária
local, para proteger, nos dias chuvosos, os passageiros que
permanecem à espera da partida dos trens".
Em abril de 1958, a linha de bitola larga atingiu a cidade, tornando
a viagem para São Paulo menos demorada. Nessa época,
era feita a troca de composições na estação,
pois a bitola métrica ainda permaneceria além de Votuporanga
até 1962, quando chegou a larga até a estação final da linha, Presidente Vargas, em Rubinéia.
A estação fica um pouco distante do centro da cidade; desde sua inauguração, chega-se a ela por uma larga avenida.
Desativado como estação, o prédio estava
servindo à Rumo em 2022. Do outro lado da linha
existia ainda uma antiga e bela vila ferroviária.
Em 2022, estive na cidade da estação, mas não a visitei in loco.

ACIMA: Mapa de 1945 da linha construída entre Balsamo e Votuporanga - CLIQUE SOBRE O MAPA PARA VÊ-LO EM TAMANHO MAIOR (Arquivo Público do Estado de S. Paulo - Memória pública).
VOTUPORANGA EM 1945 - "Fundada em 1938,
em 1943 a cidade ainda não contava uma centena de casas.
Hoje, tem tantas e tal é o surto de construção,
que poucos moradores do local podem saber quantos são.
Dizem-se igualmente bem informados os que afirmam existirem
800 e os que pensam serem 1000. Afirma-se que se tem construído
uma casa por dia. Isso, no entanto, não basta às
solicitações dos adventícios, que todas
as noites aí despeja em quantidade do trem da Araraquarense.
Assim nos retratou um habitante da cidade os fatores de tão
rápido crescimento: ponto final de estrada de ferro,
pequenas propriedades agrícolas, obra livre do povo,
aí sem cacique. Sem cacique? Sim. O equilíbrio
ideal da anarquia? Quase. E as propriedades agrícolas?
Na maioria, de 1 a 50 alqueires. Terras boas? Terras novas,
podendo produzir apenas umas 220 arrobas de algodão
por alqueire. Há cereais, algum gado, este mais longe,
onde começam os latifúndios. E café?
Um pouco; a era do café está passando. São
duas horas da tarde de uma segunda-feira e a rua principal
de Votuporanga nos dá a impressão de que varamos
a tela de um cinema e somos agora, nós também
personagens de uma fita de "far-west" (...)".
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1945
AO LADO:
A cidade em 1945 (Folha da Manhã, 29/7/1945).
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ACIMA: A estação, anos 1950 - CLIQUE SOBRE A FOTO PARA VÊ-LA MAIOR (Autor desconhecido).

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1959
AO LADO: Alargamento de bitola de desvio na estação de Votuporanga (O Estado de S. Paulo, 6/12/1959) |

ACIMA: (esquerda) Casa ferroviária;
(direita) Antigo almoxarifado. ABAIXO: (esquerda) Caixa
d´água de concreto, bem típica da EFA; (direita)
Armazém do pátio (Fotos Rafael Correa, fevereiro de
2009).
 
ACIMA: Plataforma da estação
em 2015. Ao fundo, o armazém (Foto
Silvio Rizzo).
ACIMA: Plataforma da
estação em 2015. Ao findo, a estação (Foto
Silvio Rizzo).
(Fontes: Silvio Rizzo; Alberto Del Bianco; Rafael Correa;
Rodrigo Cabredo; Folha da Manhã, 1945 e 1946; Relatórios
oficiais da EFA, 1940-69; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil,
1960; Adriano Lima: Votuporanga Através dos Tempos, 1955; Mapas
- acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação de Votuporanga em 1955. Foto cedida
por Adriano Lima, extraída do livro Votuporanga Através
dos Tempos, de 1955. |

Carro de passageiros de aço-carbono, hoje raríssimo,
da antiga Paulista, no pátio da estação
(09/2001). Foto Rodrigo Cabredo |

Plataforma da estação de Votuporanga em 09/2001.
Foto Rodrigo Cabredo |

Fachada da estação em 09/2001. Foto Rodrigo Cabredo |

A estação em 2009. Foto Rafael Corrêa |

A estação em 2009. Foto Rafael Corrêa |

A estação em 29/7/2018 - fachada. Foto Ralph M. Giesbrecht
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Atualização:
19.04.2023
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