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VXY Mogiana em MG
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Macedônia
Andrada e Silva
Ezequiel Ramos
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Tronco EFS - 1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2001
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Cia. União Sorocabana e Ytuana (1895-1907)
Sorocabana Railway (1907-1919)
E. F. Sorocabana (1919-1953)
ANDRADA E SILVA
(antiga ANDRADES)
(em memória de Lafaiete Guerreiro (1954-2001)

Município de Avaré, SP
Linha-tronco original - km 363,318 (1924); km 351,135 (1934) (*)   SP-0916
Altitude: 709 m   Inauguração: 1895
Uso atual: demolida   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d (já demolido)
(*) As quilometragens foram alteradas em 1928, devido às retificações feitas entre São Paulo e Iperó neste ano
 
 
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga.
 
A ESTAÇÃO: A estação foi inaugurada com o nome de Andrades em 1895 e passou a se chamar Andrada e Silva em 1939.

Foi desativada em 1953, com a entrada em operação do trecho Rubião Junior-Juca Novais.

Em Andrada e Silva existia um dos hortos florestais da Sorocabana.

Segundo Lafaiete Guerreiro (outubro de 2001), dono da propriedade onde se situava a estação, o terreno para a construção da estação foi doado à Sorocabana pelo seu bisavô, em 1895. Com a desativação da linha, em 1953, a família pediu a reintegração do terreno, no que foi atendida. "A linha ainda funcionou esporadicamente por alguns meses depois da inauguração da variante, com uns poucos trens entre Botucatu e Avaré. Eu nasci em 1954, e minha mãe saiu da estação para a maternidade ainda com o trem, Quando ela voltou à estação, comigo, já teve de vir de ônibus, pois o trem não pasava mais...".

A posse da estação e do armazém, porém, continuava em nome do Governo do Estado, pois eram construções feitas pela estrada de ferro e agora com interesse para preservação; em 1990, porém, um político da cidade conseguiu um documento da Fepasa que o autorizava a invadir o terreno para demolir a estação e carregar todo o seu material para sua propriedade, uma fazenda não muito longe dali, para a construção de um portal; o interesse principal era a pedra-ferro, material do qual a estação era toda construída, com exceção das divisórias internas. A estação era a maior do trecho entre Rubião Júnior e Avaré. Até os alicerces foram arrancados, e para isso foi necessário abrir dois enormes buracos no chão, um para a estação, outro para o armazém, buracos nunca fechados apesar das promessas. Apenas a amurada da plataforma, também de pedra-ferro, foi deixada, mesmo assim, com muita insistência de Lafaiete, para que se evitasse que isso afetasse o arrimo do terreno ali existente. Sobrou também a caixa d'água, um pouco adiante, e a casa que hoje existe ali, e que não era uma construção da ferrovia, casa que Lafaiete ocupava.

Lafaiete
infelizmente faleceu vítima de um infarto, em 24/12/2001, mas cumpriu a promessa e deixou para seu irmão entregar, no dia seguinte à sua morte, a foto da estação, tirada em 1980. O Adriano Martins foi quem recebeu a fotografia e me enviou, não sem me relatar antes o triste e inesperado acontecimento.

(Veja mais sobre a vila de Andrada e Silva)

OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS: 1926 - Extensão dos desvios para 350 m


ACIMA: mapa mostrando a linha nova e a velha da Sorocabana na região de Botucatu e de Avaré. Por ele dá para se ter uma idéia de como Andrada e Silva (no mapa ainda como Andrades) e outras saíram da linha e ficaram isoladas. A linha nova (estilizada, pois não mostra todas suas curvas) é a que está com barras (Acervo Ralph M. Giesbrecht). ABAIXO: A estação de Andrada e Silva, no centro-norte do mapa, em 1945 (Mapa do IGGESP, Acervo Ralph Mennucci Giesbrecht).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Adriano Martins; Lafaiette Coutinho (in memorian); E. F. Sorocabana: relatórios anuais, 1890-1969; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação de Andrada e Silva, em 1980. Foto de Lafaiete Guerreiro, cedida por seu irmão a Adriano Martins, em 25/12/2001

Plataforma da estação, em 02/11/2001. Foto Ralph M. Giesbrecht

A caixa d'água da estação, em 02/11/2001. Foto Ralph M. Giesbrecht

Buraco onde ficava a estação, em 02/11/2001. Foto Ralph M. Giesbrecht

Plataforma da estação, em 02/11/2001; à direita, a casa que sobrou. Foto Ralph M. Giesbrecht
 
     
Atualização: 06.11.2016
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.