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VXY Mogiana em MG
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Túnel
Botujuru
Campo Limpo
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SPR-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2013
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São Paulo Railway (1908-1946)
E. F. Santos-Jundiaí (1946-1975)
RFFSA (1975-1983)
CBTU (1983-1992)
CPTM (1992-)
BOTUJURU
Município de Campo Limpo Paulista, SP
Linha-tronco - km 123,467 (1960)   SP-1041
Altitude: -   Inauguração: 17.09.1908
Uso atual: estação de trens metropolitanos   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1979
 
 
HISTORICO DA LINHA: A São Paulo Railway - SPR ou popularmente "Ingleza" - foi a primeira estrada de ferro construída em solo paulista. Construída entre 1862 e 1867 por investidores ingleses, tinha inicialmente como um de seus maiores acionistas o Barão de Mauá. Ligando Jundiaí a Santos, transportou durante muito anos - até a década de 1930, quando a Sorocabana abriu a Mairinque-Santos - o café e outras mercadorias, além de passageiros de forma monopolística do interior para o porto, sendo um verdadeiro funil que atravessava a cidade de São Paulo de norte a sul. Em 1946, com o final da concessão governamental, passou a pertencer à União sob o nome de E. F. Santos-Jundiaí (EFSJ). O nome pegou e é usado até hoje, embora nos anos 70 tenha passado a pertencer à RFFSA, e, em 1997, tenha sido entregue à concessionária MRS, que hoje a controla. O tráfego de passageiros de longa distância terminou em 1997, mas o transporte entre Jundiaí e Paranapiacaba continua até hoje com as TUES dos trens metropolitanos.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Botujuru - então um posto telegráfico - foi aberta em 1908 pela SPR, como posto telegráfico, e até 1979 era apenas uma parada com plataforma de madeira, uma cabina e o posto.

Neste ano, em 6 de março, a RFFSA inaugurou o prédio novo para a estação (Revista Ferrovia no. 65, 1979). A nova estação foi aberta com um atraso de dois anos.

"Meu pai trabalhou em Botujuru como cabineiro, auxiliar e chefe de estação e morou na casa da estação de 70 até 91. Eu me lembro muito bem deste periodo. Meu pai tem histórias sobre o cotidiano do seu serviço que, na época, era tão ou mais importante que o do próprio maquinista. Ele controlava todo o tráfego do limite de Campo Limpo Paulista até a entrada do túnel de Botujuru. Lembro-me dos atropelamentos que ocorriam; toda semana alguem morria, muitos até conhecidos, dos acidentes e descarrilamentos; lembro também do pessoal da conserva que mantinha seu depósito de ferramentas logo ao lado de casa... Faz 10 anos que mudamos de lá, mas ainda conservamos alguns amigos, a estação está ativa para a CPTM, mas infelizmente o povo não colabora; de cada 10 pessoas que embarcam, apenas uma paga passagem. O resto pula as plataformas e ainda ameaça o pessoal da estação. Que saudade quando havia o "guarda-trem" que liberava a partida da composição na estação e ainda conferia os bilhetes dentro do trem. Tempos que não voltam mais" (Mauricio Polli, 01/2001).

Ainda é citado por Poli, em 2004, que "as fotos do posto onde meu pai trabalhou (as três
primeiras, abaixo) antes da estação nova, onde ficava o pateo, e também uma foto da cabina com a casa anexa onde eu morei até 1989. Pelo que vi aquelas fotos são entre 86 a 88 pois foi quando erradicaram o páteo de Botujuru, mas ainda não haviam transportado a casa de ferramentas para a estação nova".

Em 2008 a cobertura da plataforma foi ampliada. Hoje Botujuru é uma das estações da CPTM.


ACIMA: Casa no posto telegráfico de Botujutu, a mesma que aparece nas fotos abaixo por volta de 1988 e depois em ruínas em 2007 (Autor e data desconhecidos).

ACIMA: Botujuru, anos 1970, antes da construção do posto atual. "Esta foto foi tirado por meu pai Hermelindo Rotatori, falecido em 2013. Meu pai adquiriu uma chácara em Botujuru algo há 60 anos atrás quando a Krupp começou a se instalar em Campo Limpo. Esta é uma foto de família tirada por uma maquina de sanfona. Viajávamos sempre de trem saindo da Luz e posteriormente da Estação de São Caetano e Santo André. Esta foto é do início dos anos 1970 visto que o rapaz de pé, meu irmão Sérgio, faleceu em 1973. Eu sou aquele de vermelho À direita do Sérgio. Os outros irmãos são George e Marisa. A menina mais à esquerda da foto provavelmente é uma prima (Patricia)". (Foto Hermelindo Rotatori. Texto André Rotatori).
"Eu pude notar o quanto uma Vanderléia sofreu para tracionar um trem de passageiros longo e sobrecarregado demais na volta para SP no domingo de Páscoa de 1973, parando volta-e-meia até atingir o túnel. Mas de lá até a Luz foi só alegria".
AO LADO: por A. A. Gorni, 01/2009.

ACIMA: A 834 m de altitude, o túnel de Botujuru (Autor e data desconhecidos).

ACIMA: Na parada em Botujuru (Foto Alexandre Giesbrecht em 25/01/2020).

(Fontes: Mauricio Polli; Hermelindo Rotatori; André Rotatori; Rodney Marques; A. A. Gorni; William Gimenez; Rafael Asquini; Paulo Mendes; Revista Ferrovia, 1979; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guia Levi, 1932-80; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

O posto original, em foto provavelmente dos anos 1950. Acervo Paulo Mendes

Estação de Botujuru e sua plataforma de madeira nos anos 1950. Autor desconhecido

As três fotos (3, 4 e 5) de Botujuru mostram edificações que ou não mais existem ou estão em ruínas (veja 7a foto abaixo)

A casa acima é o próprio posto antigo (ver foto dos anos 1950, acima). São provavelmente situadas entre os anos 1986 e 1988 e foram cedidas por Rodney Marques

A estação de Botujuru, na época da inauguração do prédio atual. Foto da revista Ferrovia, no. 65, 1979

A estação em 1989. Foto cedida por William Gimenez

Este prédio, aqui em foto de 11/01/2007, é o da segunda e terceira fotos acima, hoje em ruínas. Foto Rafael Asquini

A estação em 11/01/2007. Foto Rafael Asquini

A estação em 11/01/2007. Foto Rafael Asquini

A plataforma da estação em 25/12/2008. Foto Rafael Asquini
 
     
Atualização: 27.01.2020
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.