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E. F. de Ilhéus
(1931-1964) |
POIRI
(antiga ITAPIRA)
Município de Aurelino Leal, BA |
E. F. Ilhéus (ramal de Poiri) - km 96,000 (1960) |
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BA-3918 |
Altitude: - |
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Inauguração: 26.06.1931 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco
Ilhéus-Itabuna foi aberta em 1910 em seu primeiro trecho, por
investidores ingleses da The State Of Bahia South Western Railway
Company Limited, com a idéia de alcançar Conquista
(Vitória da Conquista). O primeiro ramal, o de Água
Preta (Uruçuca), que partia da estação de Rio
do Braço, foi aberto ao tráfego em 1914 e estendido
até Poiri em 1931. Em 1918 um outro ramal tem iniciada a sua
construção, estendendo-se até Itajuípe,
aonde chegou em 1934. Foram as máximas extensões da
ferrovia, que jamais se comunicou com outras do estado da Bahia ou
com a Bahia-Minas, apesar de diversos projetos nesse sentido que jamais
saíram do papel. Em 1950, os ingleses repassaram a estrada
ao Governo, que mudou o nome para E. F. de Ilhéus. A estrada
jamais chegou a Conquista, pelo que se diz, pelo fato de os ingleses
já estarem satisfeitos com o que arrecadavam somente com a
linha já existente. Em 1963, já estava decadentíssima
a ferrovia, que em 1965 já não mais funcionava. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Itapira foi inaugurada em 1931 como ponta do ramal de
Itapira, depois ramal de Poiri, mantendo-se nesta condição
até o final do funcionamento da ferrovia.
"Em
1930, existia nesse local sòmente uma fazenda de cacau pertencente
a Ramiro Teixeira. Com a chegada da ferrovia, formou-se em torno da
estação (nota: ainda em construção), ainda em 1930,
o povoado de São Miguel. A passagem dos trilhos, pelo seu território,
muito influiu para o rápido desenvolvimento da localidade que logo
foi promovida à categoria de distrito. Ganhou autonomia administrativa
em 1961, passando a denominar-se Aurelino Leal, em homenagem ao (jurista
baiano) Dr. Aurelino de Araújo Leal (1877-1924)" (IBGE).
Antes dos trilhos alcançarem Itapira (Poiri),
o cacau de Barra do Rocha, Ubatã, Piraúna
e Conceição do Oricó descia o rio de Contas
até Ubaitaba (na outra margem do rio de Contas, à
frente de Poiri). Daí seguia de tropa até Taboquinhas,
onde novo embarque nas canoas era feito, dirigindo-se,
por fim, para Itacaré, em busca do transporte marítimo
que o levasse para Salvador.
A chegada dos trens a Itapira
afetou a navegação no rio de Contas. A produção
cacaueira passou, então, a convergir para a ferrovia, acarretando
grande diminuição no movimento portuário de Itacaré, que passou a contar somente com a produção do Taboquinhas
e vizinhança.
Nos anos 1940, a estação teve seu
nome alterado para Poiri. Curioso: em nenhum histórico
consultado aparece o nome de Itapira. O local, na construção
da estação, chamava-se São
Miguel, como
visto acima.
Parece que Itapira era o nome da estação
em si: esse é o nome que consta nos guias de trens de 1931
até meados dos anos 1940. O nome seguinte, Poiri, manteve-se
nos guias até o fim, quando a estação e o ramal foram fechados pelo RI-3149 de 27 de maio de 1964.
Sem os trilhos, a cidade entrou
em decadência, com o crescimento dando-se do outro lado do rio
de Contas, em Ubaitaba, à sua frente na outra margem.
A estação não existe mais.
Veja
também os trens da E. F. de Ilhéus
ACIMA:
Mapa do município de Poiri em 1958. A estação
aparece na sede do município, bem ao norte, em frente à
sede de outro município, Ubaitaba, do outro lado do rio de
Contas. O município chega até o litoral, a leste (Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, volume VI, 1958).
(Fontes: Paulo Miled; Roberto
Rabat Chame; IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros,
1958; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960) |
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A estação e o carro de administração
da E. F. Ilhéus. Acervo Roberto Rabat Chame |
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Atualização:
09.05.2019
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