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Cia. Mogiana de
Estradas de Ferro (1929-1971)
FEPASA (1971-1977)
V. F. Campinas-Jaguariúna (1977-) |
CARLOS
GOMES-NOVA
Município de Campinas, SP |
Variante Guanabara-Guedes - km
26,728 |
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SP-1088 |
Altitude: 604 m |
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Inauguração: 18.11.1929 |
Uso atual: estação e oficinas
ABPF (2022) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1929 |
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HISTORICO DA LINHA: A
variante Guanabara-Guedes foi entregue pela Mogiana entre 1926 e 1945,
e alterou primeiro o trecho até Desembargador Furtado (1926). Mais
tarde, chegou até Carlos Gomes (1929), e finalmente a Guedes (1945).
Apenas a estação de Guanabara permaneceu onde estava, reformada.
As outras tiveram versões novas. Em 1977, a variante, que se tornou
o tronco novo da Mogiana naquele trecho, foi desativada pela já operante
Fepasa. Na mesma época, parte do trecho (Anhumas-Jaguariúna) foi entregue
à linha turística da ABPF, tornando-se a V. F. Campinas-Jaguariúna.
Em 1984, o trecho foi reduzido até sobre o rio Jaguary, com a desativação
da estação de Jaguariúna. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Carlos Gomes-nova foi aberta em 1929, para substituir na
linha nova a estação original, desativada no mesmo dia. O pátio da
nova Carlos Gomes tinha então cinco linhas, uma delas
destinada a embarque de pedras e de gado, além de café.
Em 09/04/1968, a estação foi fechada e transformada em parada.
Com a abertura em 1973 da variante Boa Vista-Guedes, o trecho
foi desativado quatro anos depois, em 1977, sendo recuperado apenas
a partir de 1981 pela ABPF, que passou a operar o trecho através da
recem-criada Viação Férrea Campinas-Jaguariúna, com fins turísticos.
A estação foi reativada, e nela estão sempre estacionados, para restauro,
carros, vagões e locomotivas que andam pelo trecho, sendo que muitas
das composições estavam no pátio da estação de Jaguariúna antes
da desativação dessa estação, em 1985.
"Em 1990 e 1991 eu voluntariava na ferrovia. Pegava carona
com o finado Carlos Alberto Romito de Carvalho. Íamos sempre pela
Anhanguera em sua intrépida Parati branca. Lá nos separávamos, eu
ia pras locomotivas e o Romito caprichava nas pinturas. Após o sábado
todo de trabalho dormíamos na estação de Carlos Gomes onde também
dormiam figuras memoráveis como os maquinistas João Baptista e Mané.
Àquela época Carlos Gomes era um lugar ermo, bastante rural, assim
como praticamente todo trecho por onde passava a ferrovia. Havia momentos
de pescaria incriveis no rio Atibaia. A linha não chegava até Jaguariuna
pois havia sido implodida a antiga ponte lhe que dava acesso. As locomotivas
que funcionavam e os carros eram poucos. Havia muita coisa por fazer.
Mas era muito prazeiroso deixar a ferrovia correr nas veias. Sempre
era muito bem recebido. O tempo passou, outras obrigações e o dia
a dia me afastaram. Mas tudo que vivi ali ficou guardado na memória
com muito carinho. Nestes 26 anos muita coisa mudou. Algumas pessoas
infelizmente partiram para o céu, as ferrovias comerciais Fepasa e
RFFSA foram pisoteadas, dizimadas e enterradas. O trabalho que a ABPF
desempenhou nestes anos foi magnífico! Locomotivas diesel elétricas,
carros de passageiro magnificamente restaurados, edifícios impecavelmente
conservados. Um acervo de fazer inveja! A parte urbana se Campinas
infelizmente avançou pela linha, até Tanquinho e Des. Furtado. Mas
em compensação a ferrovia hoje chega a Jaguariuna onde há uma belissima
estação com muita coisa pra fazer. Foi muito emocionante vivenciar
tudo isso hoje e ver que novas gerações com seus 15 ou 16 anos já
frequentam e se interessam por esta preservação assim como fazia à
época este velho sonhador! (Rodrigo Cabredo, 2/10/2017)".
Na noite de 30 de setembro de 2020
a plataforma da estação pegou fogo, o que danificou uma locomotiva e vários carros de passageiros que estavam parados junto a ela. Ninguém estava na estação. O fogo teria começado a partir de uma palmeira que se incendiou e caiu na plataforma, incendiando-a. Os danos estavam reparados em 2022.
ACIMA: Mapa que mostra as linhas da Mogiana na região de Campinas: tronco original (1875), variante Guanabara-Guedes (1929-45)e variante Boa Vista-Guedes (1973) - CLIQUE SOBRE O MAPA PARA VER EM TAMANHO MAIOR) (Acervo ABPF, diagramação posterior Ralph M. Giesbrecht).
ACIMA: Janela típica da Mogiana nas
estações construídas nos anos 1920 a 1940 (Foto
Vanderley Zago, setembro de 2013).
ACIMA: Banco da Mogiana na
estação (Foto
Julio Cesar de Paiva, 4 de novembro de 2018).
ACIMA: A estação em 18/9/2022 (Foto Murici Tondato).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local;
Murici Tondato, 2022; Roberto Garcia; Kenzo Sasaoka; Vanderley Zago; Cia. Mogiana: relatórios
anuais, 1900-69; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960;
Guias Levi, 1932-82; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Na viagem inaugural da VFCJ, em 1981. Foto ABPF |
Na viagem inaugural da VFCJ, em 1981. Foto ABPF |
A estação em 10/03/1998. Foto Ralph M. Giesbrecht |
A estação em 2000. Foto Kenzo Sasaoka |
A estação em 2000. Foto Kenzo Sasaoka |
A estação em 2000. Foto Kenzo Sasaoka |
Plataforma da estação em 4/2014. Foto Roberto
Garcia |
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Atualização:
09.10.2022
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