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Estrada de Ferro
Sorocabana (1934-1971)
FEPASA (1971-1998) |
ENGENHEIRO
MARSILAC
Município de São Paulo, SP |
Mairinque-Santos - km 74,000 (1937) |
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SP-0303 |
Altitude: 757 m |
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Inauguração: 05.04.1934 |
Uso atual: abandonada (2017) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: anos 1970(?) |
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HISTORICO DA LINHA: Projetada
desde 1889, a Mairinque-Santos, linha que quebraria o monopólio da
SPR para ligar o interior ao litoral foi iniciada em 1929 e terminada
em 1937, com a ligação das duas frentes, uma vindo de Santos e outra
de Mairinque. É uma das obras ferroviárias mais reportadas por livros
no Brasil.Já havia, no entanto, tráfego desde 1930 nas duas partes,
e o trecho desde Santos até Samaritá havia sido adquirido em 1927
da Southern São Paulo Railway, operante desde 1913. Com o fim da Sorocabana
e a criação da Fepasa, em 1971, a linha foi prolongada até Boa Vista,
no fim dos anos 80 (retificação do antigo ramal de Campinas). Houve
tráfego de passageiros entre Mairinque e Santos até cerce de 1975,
e mais tarde entre Embu-Guaçu e Santos, até novembro de 1997. A linha
opera até hoje sob a administração da Ferroban. |
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A ESTAÇÃO: Durante
a sua construção, tinha o nome de Embura, mas foi inaugurada
em 1934 já com o nome atual, que homenageia um dos engenheiros projetistas
do ramal, que ainda trabalhou muitos anos na Paulista, depois disso.
Seu nome era José Alfredo de Marsillac - com dois "ll", mesmo
- e era quase cego, devido a um acidente na época da construção do
trecho. Continuou, entretanto, com seus projetos e livros até falecer,
em 1981.
A estação original havia sido construída já em alvenaria, ao contrário
das estações da época, que tinham sempre uma provisória, de madeira.
A nota de abertura no relatório da ferrovia correspondente
ao ano de 1934 cita-a como sendo uma estação, mas, na
mesma casa, na designação do "novo regime de
funcionamento dos postos telegráficos" (*), classifica-a
como "posto telegráfico de categoria A" (*).
Já antes de 1986 a estação foi demolida; no seu lugar formou-se um campinho
de futebol. Alguns metros antes, foi construída uma nova estação,
chamada pelos habitantes do longínquo bairro de Marsilac de
"estação nova". Curiosidade: a porta da plataforma parece ter
sido removida da estação antiga, pelo seu desenho.
Porém, em 1992, os passageiros, que tomavam o trem que então
passava duas vezes por dia, utilizavam-se de uma plataforma de concreto
sem cobertura e não mais da estação (O Estado
de S. Paulo, 26/1/1992).
O tráfego de passageiros no trecho foi suprimido no final de 1997.
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AO LADO: Engenheiro José Alfredo Marsillac (O Estado de S. Paulo, sem data). |
ACIMA: Conflito de datas de inauguração das estações de Marsilac, Embu-Guaçu e Cipó informado pela EFS - ver nos dois caixas seguintes, de 1934 e 1935 (EFS: Relatório anual, 1934, p. 405).
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1934
AO LADO: Aviso de abertura da estação de Engenheiro Marsilac e de mais outras duas na nova linha (O Estado de S. Paulo, 18/5/1934). |
ACIMA: Na inauguração da estação em 1935, novos horarios entre ela e São Paulo (O Estado de S. Paulo, 23/3/1935).
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1940
AO LADO: A vila de Engenheiro Marsilac em 1940 - CLIQUE SOBRE A REPORTAGEM PARA VÊ-LA INTEIRA (O Estado de S. Paulo, 14/6/1940). |
* Segundo o Relatório Anual de 1934 da
EFS, "À categoria A ficaram pertencendo os
diversos postos que funccionavam como si fossem estações
de 4a classe, isto é, onde, além do serviço
de trens, havia venda de bilhetes, despachos de encommendas,
bagagens, mercadorias, animaes, valores e serviços
telegraphico, em trafego proprio e mutuo, com os fretes calculados
pela propria distancia".
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(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local;
Lucas Rio Branco Santos; Carlos Roberto de Almeida; O Estado de S.
Paulo, 1992; E. F. Sorocabana: Relatórios anuais, 1920-69;
Guia Geral de Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R.
M. Giesbrecht) |
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A segunda estação, em 19/02/1996. Foto Carlos
Roberto de Almeida |
A antiga estação, abandonada em abril de 2017.
Foto Lucas Rio Branco Santos |
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Atualização:
24.01.2023
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