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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Parada Dona
Melo Franco
Alberto Flores
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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Linha do Paraopeba - 1931
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E. F. Central do Brasil (1918-1975)
RFFSA (1975-1996)
MELO FRANCO (antiga ARANHA)
Município de São José do Paraopeba, MG
Linha do Paraopeba - km 566,515 (1928)   MG-1463
Altitude: 735 m   Inauguração: 25.06.1918
Uso atual: demolida   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d (já demolida)
 
 
HISTORICO DA LINHA: A linha do Paraopeba, assim chamada porque durante boa parte de sua extensão acompanha o rio do mesmo nome, foi construída em bitola larga, provavelmente para aliviar o tráfego de trens entre o Rio de Janeiro e Belo Horizonte que até sua abertura tinha de passar pela zona de mineração da Linha do Centro, até General Carneiro, onde saía a linha para a capital mineira. Além disso, até então havia baldeação para bitola métrica em Burnier, o que dificultava as operações principalmente dos trens de passageiros entre as duas capitais. A linha do Paraopeba, saindo da estação de Joaquim Murtinho, foi aberta até a estação de João Ribeiro em 1914 e até Belo Horizonte em 1917. Dali a General Carneiro foi mantida a bitola de métrica no trecho já existente. Com isso se estabelecia a ligação direta sem baldeações entre o Rio e Belo Horizonte. O trem de passageiros trafegou por ali até 1979, quando, depois de uma ou duas tentativas rápidas de reativação, foi extinto. O movimento de cargueiros continua intenso até hoje, com a concessionária MRS, até a estação do Barreiro, próxima a BH, e depois com a FCA até General Carneiro, agora sim com bitola mista, métrica e larga.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Melo Franco foi inaugurada em 1918.

A vida não era fácil na época da construção da linha (1914-1917): "Morei a princípio em rancho de pau a pique, às margens do Paraopeba, junto à Cachoeira do Salto. Depois melhor me instalei, linha abaixo. Primeiro no antigo e belicoso São Gonçalo da Ponte (Belo Vale), mais tarde no pacífico Aranha (Melo Franco) e finalmente na quase deserta Várzea da Pantana (Ibirité). (Tínhamos direito a) proventos (...) e auxílio para aquisição de montaria (...) e um trabalhador para cuidar do animal e dele fiz, quanto a meu caso, o meu guarda-costas, naquelas brenhas pouco amistosas e em geral refratárias à passagem da linha (...) (Victor Figueira de Freitas, depoimento sem data).

Em 1982, era ela a estação do distrito de Aranha, pertencente na época a Brumadinho - hoje pertence a São José do Paraopeba. Aliás, a estação se chamava Aranha na sua inauguração, mas o nome foi modificado no mesmo ano pela Central do Brasil para homenagear Afrânio de Melo Franco, na época Ministro da Viação.
O distrito de Aranha e o local da estação, em tempos remotos, constituíam o povoado de Jesus Maria José da Boa Vista do Aranha.

"A plataforma de pedra foi tudo o que restou, alem do telhado na plataforma oposta. Entrevistei uns locais, gente veterana, mas ninguém sabe o porque da demolição e nem se lembra de quando foi" (Gutierrez L. Coelho, 08/2004).


1926
AO LADO: Acidente próximo à estação (O Estado de S. Paulo, 5/1/1926).

ACIMA: A estação de Melo Franco e seu pátio, em 1982 (Foto Manoel Monachesi).

(Fontes: Gutierrez L. Coelho; Victor Figueira de Freitas; Manuel Monachesi; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guia Levi, 1932-80; Décio Lima Jardim e Marcio Cunha Jardim: História e Riquezas do Município de Brumadinho, Prefeitura Municipal de Brumadinho, 1982)
     

A estação em 29/08/2004. Foto Gutierrez L. Coelho

A estação do outro lado dos trilhos em 29/08/2004. Foto Gutierrez L. Coelho

A destruída cobertura da plataforma em 02/2007. Foto Alexandre Almeida
     
Atualização: 12.02.2018
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.