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Q R S T U
VXY Mogiana em MG
Linha da E. F. Goiaz
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Ponte Funda
Vianópolis
Silvânia
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IBGE - 1957
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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E. F. Goiaz (1924-1965)
V. F. Centro Oeste (1965-1975)
RFFSA (1975-1996)
VIANÓPOLIS (antiga TAVARES)
Município de Vianópolis, GO
Linha-tronco - km 303,602 (1960)   GO-3317
Altitude: 990 m   Inauguração: 15.09.1924
Uso atual: Em reforma pela VLI (2023)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco da E. F. Goiaz foi aberta a partir de Araguari, onde já estavam os trilhos da Mogiana desde o ano de 1896, em seu primeiro trecho em 1911, até a ponte sobre o rio Paranaíba, na divisa entre os Estados de Minas Gerais e Goiás. A partir de então, foi aquela demora de sempre: avançando lentamente, atingiu Goiânia, capital do Estado de Goiás desde o início dos anos 1940, somente em 1950, e alguns anos mais tarde a linha foi prolongada em dois quilômetros até Campinas de Goiás. Aí parou. Com a entrada em operação da linha para Brasilia, a partir da estação de Roncador, o trecho até Goiânia perdeu em importância. Hoje boa parte da linha está em operação para trens cargueiros: trens de passageiros acabaram nos anos 1980.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Vianópolis foi inaugurada em 1924.

Em 1930, uma antropologista da Universidade da California, Elizabeth Steen, veio sozinha para o Brasil para passar quase um ano estudando in loco os indígenas dos Estados de Goiás e de Mato Grosso. Em entrevista para a revista O Cruzeiro, de 27/12/1930, Elizabeth contou que chegou no país pelo Rio de Janeiro e de lá foi a São Paulo; ali tomou o trem (pela Mogiana, provavelmente) até a estação de Vianópolis, em Goiás, e, de lá, "em auto-caminhão, por estradas difíceis de percorrer, foi à capital do Estado" (na época, Goiás Velho) e depois "às margens do Araguaia, para descer o rio em batelão e semanas depois, estava na ilha do Bananal, no Posto de Santa Isabel, em plena região dos índios carajás".

"Antigamente a estação tinha o nome de Tavares, em homenagem à fazenda de mesmo nome, de Felismino de Souza Viana que, juntamente com o empresário Levy Fróes, construiu, um ano depois de inaugurada a estação, a mais possante usina hidrelétrica do estado de Goiás na época. Anos mais tarde, a estação recebeu o nome de Vianópolis em homenagem ao dono da fazenda Tavares. Depois de inaugurada esta estação, a ferrovia enfrentou muitos problemas financeiros e políticos, permanecendo a cidade como ponta de linha por um período de seis anos, o que, aliada à eletricidade, trouxe considerável desenvolvimento à localidade, na época pertencente a Bonfim, atual Silvânia. A estação está conservada, sendo utilizada por várias repartições públicas como "Agrodefesa de Goiás", "Junta do Serviço Militar", "Banco do Povo" e a Secretaria Municipal do Meio Ambiente. Ainda dispõe de duas caixas d'água de metal, casa do chefe de estação, algumas casas de funcionários e um antigo alojamento que hoje funciona como sede de uma cooperativa de costureiras" (Glaucio H. Chaves, 02/2009).

É curioso saber que, durante a construção de Brasília, na segunda metade dos anos 1950, o melhor transporte para quem ia do sul do País para Brasilia era pelo trem, descendo em Vianópolis e tomando um ônibus que estava sempre à disposição nos horários de chegada do trem à estação.

Prefixo: EVI Coordenadas: 16°44'31.99"S 48°30'51.83"W

Em 2005, a estação estava servindo como Banco do Povo.

Em julho de 2023, estava sendo recuperada novamente pela VLI.


ACIMA: Miss Elizabeth Steen em 1930 durante sua estada entre os indígenas (Fotos publicadas na revista O Cruzeiro, edição de 27 de dezembro de 1930).

ACIMA: A estação ainda operacional (Autor e data desconhecidos).
1957
O trem para Brasilia (O Estado de S. Paulo, 23/11/1957)
ACIMA: No jornal citado acima, na seção "Fim de semana, informações e horários de transportes" em 1957, a citação de que, para se ir a Brasilia de trem a partir de São Paulo, descia-se dele em Vianópolis.

Fontes: A estação em reforma em julho de 2023 (Foto André Galdino).

(Fontes: Roberto Fonseca Dias, 2006; Gutierrez L. Coelho, 2003; Olivio Lemos; Francisco Marques Ferreira, 2005; Domingos Tiveron Filho, 2005; Glaucio H. Chaves, 2010; O Cruzeiro, 27/12/1930; IBGE, 1957; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960)
     


A estação em 1972. Acervo Olivio Lemos


A estação em 12/2003. Foto Gutierrez L. Coelho

A estação em 01/2005. Foto Francisco Marques Ferreira

A estação em 01/2005. Foto Francisco Marques Ferreira

A estação em 10/2005. Foto Domingos Tiveron Filho

A estação em 10/2005. Foto Domingos Tiveron Filho

A estação em 10/2005. Foto Domingos Tiveron Filho

A estação em 07/2006. Foto Roberto Fonseca Dias

A estação restaurada em 4/2010. Foto Glaucio H. Chaves
     
Atualização: 21.07.2023
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.