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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Itaquira
Conde de Araruama
Dores do Macabu
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Saída para o ramal de Santa Maria Madalena: Macabuzinho
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Saída para a E. F. Quissamã: Quissamã
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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E. F. Macaé a Campos (1874-1887)
E. F. Leopoldina (1887-1975)
RFFSA (1975-1996)
CONDE DE ARARUAMA (antiga SANTA FÉ DO MACABU, ENTRONCAMENTO e QUISSAMÃ)
Município de Quissamã, RJ
Linha do Litoral - km 266,276 (1960)   RJ-1917
Altitude: 11 m   Inauguração: 1875
Uso atual: restaurada (2017)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1918
 
 
HISTORICO DA LINHA: O que mais tarde foi chamada "linha do litoral" foi construída por diversas companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho, Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E. F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos, por sua vez, havia constrtuído e entregue o trecho de Macaé a Campos entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim,foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E. F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907, a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo os dois trechos ao norte e ao sul do rio. A linha funciona até hoje para cargueiros e é operada pela FCA desde 1996. No início dos anos 1980 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói e Rio de Janeiro a Vitória.
 
A ESTAÇÃO: A estação foi inaugurada em 1875, com o nome de Santa Fé do Macabu, de acordo com o relatório do Presidente da Província do Rio de Janeiro, de 1876. A notícia do jornal O Globo (ver as caixas de 1875 e de 1878 abaixo) diz que a criação desta estação foi em 1875 e que, três anos depois, a ferrovia pedia para autorizar a mudança da estação do km 49, onde estava, para o km 47, por motivo ignorado (quilometragens da E. F. Macahé a Campos da época).

Em 1879, foi aberto o primeiro trecho do ramal de Santa Maria Madalena, que saía dessa estação.

A estação chamou-se, depois Entroncamento e, a partir de 1892, Quissamã (ver caixa abaixo, de 1892). Dali saíam os ramais de Santa Maria Madalena e o da Fazenda Quissamã, que, depois, obrigou a estação a mudar seu nome para Conde de Araruama, pois a terminal do ramal da fazenda passou a se chamar Quissamã também.

Segundo o DD-157, de 22/4/1965, da RFFSA, o ramal fechou para operações de passageiros em 1965. Segundo Marcelo Lordeiro, a parte inicial da linha, que seguia até Conceição de Macabu, onde estava a Usina Victor Sence, seguiu operando até os anos 1990, justamente para transportar material para esta usina.

A estação de Conde de Araruama ainda estava de pé em 2006, mas em estado deplorável, segundo Marcelo Abreu Gomes, de Conceição de Macabu, RJ. "Nessa estação existia um outro ramal que ligava a Leopoldina à Usina de Quissamã, lembro-me da vaporosa rodando até final dos anos 1970. A estação está em péssimo estado e o armazém foi recuperado pela FCA, ambos datam de 1918 e estão um de fente para o outro. A comunidade local, que parece uma vila - aproximadamente 60 pessoas com umas 23 casas, estão tentando com a prefeitura e a empresa criar um centro cultural na estação, sem êxito por enquanto" (Ricardo Quinteiro de Mattos, 07/2006).

Em julho de 2007, a Prefeitura afirmava estar concluindo um acordo com o IPHAN e o DNIT, atuais administradores do espólio da RFFSA, para um projeto de restauro que previa a integração do antigo armazém Ribeiro & Filhos, um prédio histórico de 1879 que foi desapropriado em 2006 pela Prefeitura de Quissamã, além da área do entorno da antiga estação e do armazém. "Com isto, o restauro, manutenção e a conservação do imóvel, que atualmente encontra-se em ruínas e sob risco de desabamento e de invasões, ficará a cargo da municipalidade" (www.quissama.rj. gov.br).

Em 2017 estava restaurada, mas pintada de amarelo, destoando completamente das cores típicas das antigas estações ferroviárias, assim como as janelas eram novas, não coincidindo com o tipo comum de antigamente. Enfim: intenção boa, reforma mal feita.

(Outros dados podem ser obtidos no site
http://agenciaspostais.com.br/?page_id=330, de Paulo Novaes).

1875
AO LADO: criação das estações de Santa Fé do Macabu e de Dores de Macabu (O Globo, 17/6/1875 - gentileza Paulo Novaes).

1877
AO LADO:
A estação de Santa Fé de Macabu já funcionava em 1877 (A Provincia de S. Paulo, 04/12/1877).

 

1878
AO LADO: Pedido de permissão para mudar de local a estação de Santa Fé do Macabu (O Cruzeiro, 36/10/1878 - gentilieza Paulo Novaes).
1892
AO LADO:
Mudança de nomes de estações da Leopoldina, entre as quais Entroncamento, que passou a se chamar Quissamã (não confundir com a estação do ramal de Quissamã) e depois se chamaria Conde de Araruama(O Estado de S. Paulo, 20/09/1892).

1924
AO LADO: Alagamento pára os trens entre a estação e a de Dores de Macabu (O Estado de S. Paulo, 15/2/1924).
(Fontes: Ricardo Quinteiro de Mattos; Antonio Pastori; Marcelo Abreu Gomes;Hugo Caramuru; Luiz Antonio Mathias Netto; www.quissama.rj.gov.br; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação, ao fundo, em 1979. Foto Ricardo Quinteiro de Mattos

A estação em 1982. Foto Hugo Caramuru

A estação, à direita, e o armazém, à esquerda, em dezembro de 1993. Foto Luiz Antonio Mathias Netto

O armazém da estação em 07/2006. Foto Ricardo Quinteiro de Mattos

A estação em 07/2006. Foto Ricardo Quinteiro de Mattos

A estação em 07/2006. Foto Ricardo Quinteiro de Mattos

A estação em 9/2010. Foto Antonio Pastori

A estação em 10/2/2017. Foto Leandro Santos
 
     
Atualização: 24.02.2023
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.