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E. F. Leopoldina
(n/d-1975)
RFFSA (1975-1996) |
PORTO
DA MADAMA
Município de São Gonçalo,
RJ |
Linha do Litoral - km 100,755 (1960) |
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RJ-1244 |
Altitude: 8 m |
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Inauguração: n/d |
Uso atual: moradia (2009) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: O
que mais tarde foi chamada "linha do litoral" foi construída por diversas
companhias, em épocas diferentes, empresas que acabaram sendo incorporadas
pela Leopoldina até a primeira década do século XX. O primeiro trecho,
Niterói-Rio Bonito, foi entregue entre 1874 e 1880 pela Cia. Ferro-Carril
Niteroiense, constituída em 1871, e depois absorvida pela Cia. E.
F. Macaé a Campos. Em 1887, a Leopoldina comprou o trecho. A Macaé-Campos,
por sua vez, havia consttuído e entregue o trecho de Macaé a Campos
entre 1874 e 1875. O trecho seguinte, Campos-Cachoeiro do Itapemirim,
foi construído pela E. F. Carangola em 1877 e 1878; em 1890 essa empresa
foi comprada pela E. F. Barão de Araruama, que no mesmo ano foi vendida
à Leopoldina. O trecho até Vitória foi construído em parte pela E.
F. Sul do Espírito Santo e vendido à Leopoldina em 1907. Em 1907,
a Leopoldina construiu uma ponte sobre o rio Paraíba em Campos, unindo
os dois trechos ao norte e ao sul do rio. A linha funciona até hoje
para cargueiros e é operada pela FCA desde 1996. No início dos anos
1980 deixaram de circular os trens de passageiros que uniam Niterói
e Rio de Janeiro a Vitória. Em 2007 desapareceram os trens que ainda ligavam Niterói a Visconde de Itaboraí. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Porto da Madama é também chamada somente de
Madama.
"É quinta-feira, 26 de agosto (de 1999) e
a saída do trem (da estação de Visconde de Itaboraí)
das 9h15 está ameaçada. Há problemas na escova da locomotiva. Os
mecânicos tentam um gatilho e os funcionários, amontoados numa sala
suja e quase sem móveis, torcem. Acostumados aos atrasos e cancelamentos,
alguns usuários, em pé, esperam pacientemente na plataforma. Outros
desistem e vão para a parada de ônibus. Meia hora depois o problema
está resolvido e os três vagões, com capacidade para 200 passageiros,
partem levando pouco mais de 30 pessoas. A maioria das portas defeituosas
segue aberta, enquanto outras já nem existem mais. Como a via é irregular
e o trem balança muito, deve-se tomar cuidado para não cair.
Os acidentes são freqüentes, apesar da baixa velocidade. O maquinista
vai o tempo todo apitando para que as pessoas saiam da linha.
Não
há proteção e em alguns lugares o trem passa junto aos prédios. Outro
motivo de atraso constante é o uso do leito da ferrovia para estacionamento
de automóveis. Como o trem passa só a cada três horas - e nem sempre
regularmente - muitos motoristas deixam os veículos sobre a linha
e vão fazer compras ou entregas. Diante do abandono da linha, alguns
acham até que o ramal está desativado. As paradas vão se sucedendo
e o panorama não muda: Amaral, Itambi, Guaxindiba, Laranjal, Jardim
Catarina. Em alguns pontos há pedras servindo de apoio para que os
passageiros subam aos vagões, ou então bancadas e escadas de madeira,
aterros e até alguma plataforma. Não há proteção para sol ou chuva.
Banheiro e água, nem pensar. E segue o trem: Alcântara, Melado, Estrela
do Norte, Rodo de São Gonçalo, São Gonçalo, Madama".
Havia
diversas outras paradas mais recentes na linha, como Amaral,
entre Visconde de Itaboraí e Itambi, e mais outras entre
Guaxindiba e Alcântara, e entre esta e São
Gonçalo, e mais algumas entre esta última e Niterói.
Em Madama ainda se podia tomar o trem, conforme mostra a reportagem
de O Dia, de 19/02/2003: "Os 33 quilômetros do ramal
ferroviário Niterói-Visconde de Itaboraí, administrados pela Central
e que não interessaram a concessionárias, permanecem no abandono.
Parte desses antigos trilhos será transformada na moderna Linha 3
do metrô. Mas o que se vê hoje é a total falta de investimentos. 'Temos
por dia uma verba de apenas R$ 4 mil para manutenção dos ramais',
disse o diretor de produção da Central, Roberto Santos. Apenas um
trem, da década de 1950, circula a 20 quilômetros por hora, e muitas
vezes é impedido de seguir por causa de defeitos e de carros que estacionam
nos trilhos. Além disso, lixo, mato e esgoto cortam a linha férrea.
Na estação da Madama, a estrada de ferro é totalmente encoberta pelo
capim. O ramal serve a 180 pessoas por dia, que pagam passagem de
R$ 0,60. É o caso do porteiro Marcelo Eugênio, 34 anos, que leva duas
horas de Itaboraí para Niterói."
A estação é hoje
residência de um ferroviário aposentado. No entanto, ainda serve de
parada (Carlos Latuff, 06/2003).
Entre as estações
de Porto da Madama e de São Gonçalo havia
pelo menos duas pequenas paradas do trem de subúrbio: Patronato
e Parada 40, que eram também nomes de bairros
ao longo da linha.
(Fontes: Carlos Latuff; Cleiton Pieruccini; Pedro Paulo Costa;
Relato (fonte desconhecida), 1999; O Dia, 2003; O Globo, 1982; Guia
Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação em 1982 (O Globo, 2/5/1982) |
Estação de Porto da Madama, em 06/2003. Foto Carlos
Latuff |
Estação de Porto da Madama, em 06/2003. Foto Carlos
Latuff |
Porto da Madama, em 23/04/2006. Foto Pedro Paulo Costa |
A estação em 9/2009. Foto Cleiton Pieruccini |
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Atualização:
14.07.2018
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