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Baltazar Fidélis
Francisco Morato
Túnel
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SPR-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2012
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São Paulo
Railway (1867-1946)
E. F. Santos-Jundiaí (1946-1975)
RFFSA (1975-1983)
CBTU (1983-1992)
CPTM (1992-) |
FRANCISCO
MORATO
(antiga BELÉM)
Município de Francisco Morato, SP |
Linha-tronco - km 117,450 (1935) |
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SP-0839 |
Altitude: 771 m |
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Inauguração: 16.02.1867 |
Uso atual: estação de trens metropolitanos;
em reforma (2019) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 01.09.2020 |
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HISTORICO DA LINHA: A
São Paulo Railway - SPR ou popularmente "Ingleza" - foi a primeira
estrada de ferro construída em solo paulista. Construída entre 1862
e 1867 por investidores ingleses, tinha inicialmente como um de seus
maiores acionistas o Barão de Mauá. Ligando Jundiaí a Santos, transportou
durante muito anos - até a década de 1930, quando a Sorocabana abriu
a Mairinque-Santos - o café e outras mercadorias, além de passageiros
de forma monopolística do interior para o porto, sendo um verdadeiro
funil que atravessava a cidade de São Paulo de norte a sul. Em 1946,
com o final da concessão governamental, passou a pertencer à União
sob o nome de E. F. Santos-Jundiaí (EFSJ). O nome pegou e é usado
até hoje, embora nos anos 1970 tenha passado a pertencer à RFFSA,
e, em 1997, tenha sido entregue à concessionária MRS, que hoje a controla.
O tráfego de passageiros de longa distância terminou em 1996, mas
o transporte entre Jundiaí e Paranapiacaba continua até hoje com as
TUES dos trens metropolitanos. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Belém foi aberta em 1867, juntamente com a linha da São
Paulo Railway. Ficava no então bairro de Villa Belém
de Jundiaí e próxima às fazendas Belém
e Cachoeira, compradas pelo Barão de Mauá, as
quais justificaram sua construção, na fazenda Borda
do Mato.
A estação era, como outras da linha, um barracão
com alpendre, que, provavelmente na década de 1880 ou 1890
seria derrubado para a construção de uma estação
maior. As citadas fazendas foram vendidas à SPR que as loteou
através de uma subsidiária, a Cia. Fazenda Belém.
"Em 1968 ou 69, um irmão de minha mãe morava
em um sítio em Francisco Morato, que ficava a alguns quilômetros
do centro. Na época não havia ruas asfaltadas por lá
e ir de carro era bastante complicado, já que a topografia
daquela região é bastante acidentada. Então o
jeito era apanhar um trem de subúrbio da SJ ou então
o P1 da CP (que parava em todas as estacões, inclusive lá).
Da estação, o trajeto era feito de charrete, ate o sítio
que ficava em um local chamado "Córrego das Favas" ou "Corgo
das Favas", no "dialeto" local. A referência para
o charreteiro era o "Bar do Último Gole", que ficava na metade
do caminho. Cabe salientar que na época Francisco Morato era
uma típica cidadezinha do interior, sem favelas nem bandidos.
Um fato que marcou bastante a minha memória foi que, em uma
dessas viagens, o vendedor de jornais do trem exibia uma edição
do Estadão, onde aparecia na primeira página uma foto
macabra do cadáver do tenente Alberto Mendes Júnior,
morto por guerrilheiros no Vale do Ribeira em 1968; fiquei algumas
noites sem dormir lembrando daquilo" (Maurício
Torres, 11/11/2002).
Mais tarde o nome da estação (1954) foi alterado para
Francisco Morato, que se tornou município em 21/3/1965.
Em 1981, o prédio antigo - que já não era a pequena
construção original - foi demolido e substituído por
um moderno, no mesmo local do antigo, em 1982, juntamente com uma
nova passarela.
Hoje, os trens regulares da CPTM têm seu ponto inicial nessa estação, seguindo daí
até a Luz. Também dessa estação, saem trens com menos horários
diários para Jundiaí.
"Mudou o visual da estação de Morato. Agora temos cobertura
na plataforma dos trens que vão para Jundiaí, porém, o que mudou bem
foi a outra ponta (voltada para São Paulo), com a passarela enorme
que mais parece um viaduto. Aliás, quando ela estava sendo construída,
uma das vigas caiu na via, cortou a eletrificação e atrapalhou a vida
de um monte de gente que teve que pegar ônibus até Baltazar
Fidelis para chegar em São Paulo" (Rafael Asquini, 14/1/2009).
A estação entrou em reforma em novembro de 2010. Do tipo que não acabava nunca. A plataforma utilizada neste ano era provisória já havia pelo menos seis anos.
Os usuários passaram então a se utilizar de uma estação improvisada para acessar a malha ferroviária de São Paulo.
Apelidada de "estação de lata", o dispositivo contava com acesso reduzido, sem elevadores de acessibilidade, mas com uma rampa que ia da entrada da estação às plataformas. Em novembro de 2017, o governo do Estado assinou o contrato para a implantação da nova estação pelo consórcio Spavias-Telar.
A expectativa em setembro de 2019 era que a nova estação tivesse 6 mil m² de área construída, além de três plataformas, cinco escadas rolantes, três elevadores e todos os dispositivos necessários para pessoas com deficiência, mobilidade reduzida, idosos e gestantes. Agora se estimava a entrega no final de 2020.
"A inauguração - que ocorreu por meio de um evento virtual - ocorre mais de dez anos após a primeira licitação que a CPTM lançou para promover as obras. Uma nova licitação foi feita em 2016, após a revisão do projeto original, e a previsão mais recente era de que os reparos fossem concluídos até dezembro deste ano.
A abertura ao público será nesta terça (1º), em horário comercial. A nova estrutura, que fica ao lado do terminal de ônibus da cidade, tem 6 mil metros quadrados de área construída e reforço de acessibilidade, segundo a empresa de transportes ferroviários. Ao todo, são cinco escadas rolantes, três elevadores e dois acessos externos.
Segundo a companhia, um sistema de contenção de água da chuva também foi construído no local para evitar enchentes. A estação conta, ainda, com um espaço de acolhimento a mulheres vítimas de importunação e assédio sexual. De acordo com o site Metrô CPTM, 'a nova infraestrutura recebeu a licença ambiental de operação da Cetesb (Companhia Ambiental do Estado de São Paulo) na semana passada, um dos últimos passos necessários para que o empreendimento pudesse ser aberto após anos de espera'.
A linha 7-rubi atende a cerca de 450 mil usuários por dia. Somente pela estação reformada - onde passageiros vindos do Brás (centro) fazem a troca de trem para seguir até Jundiaí (a 57 km de São Paulo) - devem passar cerca de 35 mil pessoas diariamente" (Folha de S. Paulo. 1/9/2020).
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1883
AO LADO: Geada na estação de Belem (O A Provincia de S. Paulo,
19/08/1883). |
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1894
AO LADO: Desastre na estação de Belem - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VER TODA A REPORTAGEM - (O Estado de S. Paulo,
21/8/1894). |
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1916
AO LADO: Mau atendimento
ao carregador na estação de Belém. Quantas
vezes coisas como esta não terão acontecido
nas ferrovias paulistas e brasileiras? (O Estado de S. Paulo,
25/1/1916).
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1933
AO LADO: O Sr. Francisco Morato era candidato ao Ministerio da Justiça neste ano (O Estado de S. Paulo,
29/11/1933). |
ACIMA: Mapa, cerca de 1950, mostrando a estação,
ainda chamada de Belém, e sua posição na cidade
(Acervo Ralph M. Giesbrecht).
ACIMA: O lendário trem
Gualixo, da E. F. Santos-Jundiaí, que fazia o percurso São
Paulo-Jundiaí, na plataforma da estação de Francisco
Morato, em 1966 (Foto Edison Milani).
ACIMA: Pátio da estação
de Francisco Morato provavelmente nos anos 1960 (Autor desconhecido).
ACIMA: Projeto da estação nova de 1981 (Revista Ferroviária, jan/fev 1981).
ACIMA: Estação provisória de Francisco
Morato em 2012 (Créditos na foto).
ACIMA: Foto publicada em jornal no dia da inauguração do novo prédio em 2020 (Folha de S. Paulo, 1/9/2020).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local;
Daniel Marcos; Heitor Hartmann; Kleber Ragassi; William Gimenez; Adriano
Martins; Rafael Asquini; Maurício Torres, 2002; Edison Milani;
Mapas - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação de Bethlem (Belém), nos seus
primórdios, século XIX. Foto cedida por Kleber
Ragassi |
Estação de Belém, sem data. Foto cedida
por Prof. Daniel Marcos e Sr. Heitor Hartmann |
Estação de Belém, sem data. Foto cedida
por Prof. Daniel Marcos e Sr. Heitor Hartmann |
Estação de Belém, sem data. Foto cedida
por Prof. Daniel Marcos e Sr. Heitor Hartmann |
Estação já com o nome de Francisco Morato,
sem data. Foto cedida por Prof. Daniel Marcos e Sr. Heitor Hartmann
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Demolição da estação de Francisco
Morato, em 1982. Foto cedida por Prof. Daniel Marcos e Sr. Heitor
Hartmann |
A estação, em 1989. Foto cedida por William Gimenez
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As plataformas da estação, em 10/2005. Foto Adriano
Martins |
Plataforma da estação e o trem da CPTM em 28/12/2008.
Foto Rafael Asquini |
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Atualização:
26.07.2021
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