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VXY Mogiana em MG
...
Acaraú
Gaspar Ricardo
Paraitinga
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Mairinque-Santos - 1937
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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C. E. F. Sorocabana (1930-1971)
FEPASA (1971-1998)
GASPAR RICARDO
(antiga ESTALEIRO)

Município de São Vicente, SP
Mairinque-Santos - km 101,850 (1986)   SP-1967
Altitude: 90 m   Inauguração: 15.02.1930
Uso atual: abandonada (2007)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1930
 
 
HISTORICO DA LINHA: Projetada desde 1889, a Mairinque-Santos, linha que quebraria o monopólio da SPR para ligar o interior ao litoral foi iniciada em 1929 e terminada em 1937, com a ligação das duas frentes, uma vindo de Santos e outra de Mairinque. É uma das obras ferroviárias mais reportadas por livros no Brasil. Já havia, no entanto, tráfego desde 1930 nas duas partes, e o trecho desde Santos até Samaritá havia sido adquirido em 1927 da Southern São Paulo Railway, operante desde 1913. Com o fim da Sorocabana e a criação da Fepasa, em 1971, a linha foi prolongada até Boa Vista, no fim dos anos 80 (retificação do antigo ramal de Campinas). Houve tráfego de passageiros entre Mairinque e Santos até cerca de 1975, e mais tarde entre Embu-Guaçu e Santos, até novembro de 1997. A linha opera até hoje sob a administração da Ferroban.
 
A ESTAÇÃO: A estação foi aberta em 1930, com o nome de Estaleiro, devido ao morro do Estaleiro, muito próximo a ela, como a primeira estação do trecho da baixada, "na estaca 262". Foi inaugurada com festas e um trem especial vindo de Santos.

Ligava-se na época somente a Samaritá, numa extensão de 5,200 km desta estação.

"Abaixo, 4 fotos da inauguração da estação de Estaleiro, em 15/2/1930. A foto com os trens mostra o que levou o Julio Prestes, visto de frente, com a locomotiva no. 10, e visto de trás o que o levaria de volta, com a locomotiva no. 53. A Baldwin 4-4-0 de 1874, no. 3627, original da Ytuana, onde tinha no. 10, e encontra-se preservada em Indaiatuba" (Julio Morais, 04/2006).

Em 1934, foi classificada como posto telegráfico de categoria A (*).

Em 1936, o edifício definitivo foi concluído, e a linha ligada ao restante do ramal, que já havia descido a serra. (Nota do autor: o edifício atual parece-se bastante com a estação das fotos de 1930. Embora a afirmação de 1936 tenha como fonte o relatório da Sorocabana para esse ano, a "conclusão" do edifício parece ter sido a finalização da obra do edifício original, apenas.)

O nome foi alterado para Gaspar Ricardo mais ou menos nessa época.

Já foi desativada há anos. Estava abandonada e depredada em 2007.

"De fato, a região era (e ainda é) bastante deserta. A estação de Mãe Maria nem existe mais. Por outro lado, vi recentemente gado e cachorros nas proximidades de Gaspar Ricardo; há uma estrada, ainda que precária, entre a Baixada e Acaraú. Em Pai Matias parece haver índios nas proximidades. Uma empregada nossa morava em Gaspar Ricardo, lá pelos idos de 1991, 1992... ela ia com o TIM até Samaritá e, de lá, ia a pé, seguindo a ferrovia, até sua casa, que não tinha energia elétrica. Quando o horário calhava, ela pegava o trem para Embu-Guaçu. Era longe, mas ela preferia assim, morar num pequeno sítio. Ela morou perto de Samaritá e havia se intoxicado com o pó-da-china (pentaclorofenato de sódio) enterrado clandestinamente na região. Por esse motivo, ao cruzar a região a pé, ela evitava caminhar fora do leito da ferrovia" (Antonio Gorni, 02/2007).

ACIMA: Inauguração da estação do Estaleiro em 1930 (Folha da Manhã, 15/2/1930).
1930
AO LADO:
O patrono da estação (Vida Domestica, 1930).

ACIMA: Acidente na estação do Estaleiro em 1935 (Correio de S. Paulo, 8/4/1935).

* Segundo o Relatório Anual de 1934 da EFS, "À categoria A ficaram pertencendo os diversos postos que funccionavam como si fossem estações de 4a classe, isto é, onde, além do serviço de trens, havia venda de bilhetes, despachos de encommendas, bagagens, mercadorias, animaes, valores e serviços telegraphico, em trafego proprio e mutuo, com os fretes calculados pela propria distancia".

(Fontes: Julio Morais; Antonio Carreão; Ricardo Koracsony; Antonio A. Gorni; E. F. Sorocabana: Relatórios anuais, 1900-69; Folha da Manhã, 1930; FEPASA: Relatório de Instalações Fixas, 1986; Mapas - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação no dia de sua inauguração, em 1930, ainda com o nome de Estaleiro. Acervo Julio Morais

A estação por volta de 1930, com um carro da Sorocabana. Acervo Julio Morais

A estação no dia de sua inauguração, em 1930, ainda com o nome de Estaleiro. Acervo Julio Morais

A estação no dia de sua inauguração, em 1930, ainda com o nome de Estaleiro. Acervo Julio Morais

A estação, em 1986. Foto do relatório da Fepasa desse ano

Bem ao longe, na serra. a estação. Foto de Ricardo Koracsony em 09/2002

A estação em 11/2002. Foto Antonio A. Gorni

A estação depredada, em 03/2003. Foto Ricardo Koracsony
 
     
Atualização: 09.11.2020
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.