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VXY Mogiana em MG
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Joá
Hammond
Guariba
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ramal de Jaboticabal-1950

IBGE-1960
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 1999
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Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1892-1969)
HAMMOND
Município de Guariba, SP
Ramal de Jaboticabal - km 34,051 (1959)   SP-2004
Altitude: 589,488 m   Inauguração: 06.06.1892
Uso atual: moradia (2015)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1892?
 
 
HISTORICO DA LINHA: Projetado pela Rio Claro Railway, o primeiro trecho da linha foi aberto pela Cia. Paulista, em 06/06/1892, de Rincão a Guariba, como um prolongamento da linha de bitola métrica da Paulista adquirida à RCR, e que partia de Rio Claro. Em 1893, ele chegava a Jaboticabal, e em 1902 atingiu Bebedouro. A ampliação do tronco da Paulista para a bitola larga, entre Rio Claro e Rincão, feito entre 1916 e 1922, acabou por seguir pela margem direita do rio Mogi-Guaçu e não pela linha de Jaboticabal, fazendo um arco que alcançaria Bebedouro em 1929. O trecho entre Rincão e Bebedouro, que passava por Jaboticabal, passou a ser chamado de Ramal de Jaboticabal e permaneceu com a bitola métrica até sua extinção, em 23/12/1966, entre Jaboticabal e Bebedouro, e em 02/01/1969, do trecho restante. Os trilhos começaram a ser arrancados no dia seguinte.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Hammond, aberta em 1892, teve o seu nome dado como uma homenagem ao engenheiro Hammond, da Paulista, que foi, entre outras coisas, o construtor da linha de navegação do rio Mogi-Guaçu. Fazia parte da então linha-tronco de bitola métrica da Paulista. A estação de Guariba foi inaugurada, segundo os relatórios da Cia. Paulista, em 6 de junho de 1892 e fazia parte da sua então linha-tronco de bitola métrica. Há citação de data, pela própria Paulista, em 7 de julho de 1892 (ver caixas de 1892 abaixo).

A partir de 1929, passou a ser parte do ramal de Jaboticabal, com a linha-tronco passando a correr, com bitola métrica, na margem direita do rio Mogi.

No primeiro dia de janeiro de 1969, o ramal e a estação foram desativados. A estação ficava (ainda existia em 2015) na fazenda Barreiro, rodeada por canaviais, e às margens de uma pequena estrada de terra que sai da rodovia Motuca-Guariba, a uns dois quilômetros do asfalto.

"Uma história que meu tio sempre contava aconteceu com ele quando ele foi chefe da estação de Hammond, lá pelos anos 1930. Numa noite de névoa, a locomotiva veio e o maquinista jogou a argola com o bastão de staff antes da estação, mas acabou passando por ela e não recebeu a argola para a estação seguinte. O maquinista viu, então, com a locomotiva já adiante da estação, que meu tio vinha correndo esbravejando que ele não pegara o staff. O maquinista retrucou que ele jogou o staff no gancho, sim, e meu tio não dera o novo de volta. Aí, depois de um bate-boca, descobriram que a argola estava pendurada no chifre de um boi que pastava do lado dos trilhos, pois o maquinista, na névoa, confundiu o chifre com o gancho..." (Antonio Carlos Belviso, São Paulo, 2002).

Existiam em 1999, quando lá estive, algumas colônias perto, mas o nome Hammond era desconhecido para as pessoas que por lá viviam. O curioso é que o nome ainda aparecia no frontão; o prédio servia como moradia, ainda com a plataforma e a placa da estação fincada nela.

As fotos abaixo, tanto as de 1999 quanto as de 2008, foram tiradas ao lado da entrada, pois a antiga estação estava cercada com arame. Ao lado, uma caixa metálica com o nome Barreiro.

1892
AO LADO:
Autorização para a abertura das estações de Guariba e de Hammond foi dada um mês depois da abertura oficial das estações pela Cia. Paulista (O Estado de S. Paulo, 3/7/1892).

ACIMA: Horario provisório dos trens da linha de Araraquara a Jaboticabal em 1892, por enquanto apenas chegando em Hammond e Guariba (O Estado de S. Paulo, 7/7/1892).

1897
AO LADO:
Morte na estação (O Estado de S. Paulo, 13/7/1897).

1899
AO LADO:
Problemas com o correio na estação de Hammond (O Estado de S. Paulo, 06/01/1899).

ACIMA: As bilheterias de passagens e telegramas ainda resistem ao abandono, em março ce 2008 (Fotografia Gilberto Bertonha, 29/3/2008).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Gilberto Bertonha; Antonio Carlos Belviso; Filemon Peres: Cia. Paulista, 50 anos, 1918; Cia. Paulista: relatórios oficiais, 1900-69; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

Em 1918, o mesmo prédio de hoje, com o trem na plataforma. Foto Filemon Peres

Em 24/06/1999, a estação sozinha e fechada. Foto Ralph M. Giesbrecht

Em 24/06/1999, a estação sozinha e fechada. Foto Ralph M. Giesbrecht

Plataforma da estação de Hammond, em 29/3/2008. Foto Gilberto Bertonha

Lateral e dístico da estação de Hammond, em 29/3/2008. Foto Gilberto Bertonha
 
     
Atualização: 15.09.2021
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.