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Anísio de Morais
Hungria
Cerquilho
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Tronco EFS - 1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2001
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E. F. Sorocabana
(1929-1971)
FEPASA (1971-1998) |
HUNGRIA
(antiga CHAVE BARROS)
Município de Cerquilho, SP |
Linha-tronco - km 160,110 (1931) |
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SP-1994 |
Altitude: 587 m |
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Inauguração: 13.02.1929 |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: A
E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha
foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922,
quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes,
porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos
e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época
à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia,
vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para
o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas
linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a
ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim
foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal
FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente
até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente
os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho
passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso
trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos
pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa
até hoje, para trens de carga. |
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A ESTAÇÃO: A estação
foi inaugurada em 1929 como posto telegráfico ("Posto Hungria").
A Cronologia Tieteense, no entanto, dá a data de 12
de fevereiro de 1930 (seria engano deles?), que transcreveram de artigo
de jornal: "Inaugura-se nesta data, no próspero bairro
da Chave Barros, um posto quilométrico para servir a laboriosa
população que aí reside. É mais um dos
muitos frutos da fecunda administração do PRP local,
que não mede esforrços para fazer progredir nosso município.
(...) Dirigiram-se os presentes do posto para a residência do
Sr. Narciso Biscaro, onde lhes foram servidas em profusão deliciosas
bebidas. A festa inaugural do posto terminou na casa do Sr. Anchanjo
Sansom (...) Após o ato inaugural, foram enviados dois telegramas
(de agradecimento), um ao Dr. Soares Hungria, deputado estadual, outro
ao Dr. Júlio Prestes, Presidente do Estado (...) O posto de
Chave Barros tomou o nome de Posto Hungria em homenagem ao eminente
amigo e correligionário Dr. Soares Hungria, deputado pelo 4o
distrito" (extraído do jornal "O Tietê",
de 16/2/1930). Note-se que o local do posto era conhecido pelo
nome de Chave Barros, tanto a chave em si quanto o bairro à
sua volta.
O prédio seguia a tipologia de outras estações
da Sorocabana, como a de Gabriel Piza (também na linha-tronco,
em São Roque, hoje em ruínas) e de várias
outras na ferrovia Mairinque-Santos, todas essas construídas
nos anos 1930. Em 1934, foi classificada como posto telegráfico
de categoria A (*).
Em 1986, a estação, ainda de pé, já estava em péssimo estado de conservação.
Hoje, dela somente sobra a plataforma. A vila é testemunha
do passado: a igreja, a rodovia, que corre junto aos trilhos, e o
bar, construído quase em cima de onde havia o prédio
da estação: e, lugar deste último, foram plantadas
érvores, uma delas junto aos restos da antiga escadaria, que
se subia para se pegar o trem da esperança.
ACIMA: Na estação de Hungria,
passageiros aguardam o trem da Sorocabana (Autor e data desconhecidas).
ABAIXO: Turma da "soca" da EFS em Hungria, nos anos 1940
(Autor desconhecido, cessão Arnaldo Rodrigues/FB).
* Segundo o Relatório Anual de 1934 da
EFS, "À categoria A ficaram pertencendo os
diversos postos que funccionavam como si fossem estações
de 4a classe, isto é, onde, além do serviço
de trens, havia venda de bilhetes, despachos de encommendas,
bagagens, mercadorias, animaes, valores e serviços
telegraphico, em trafego proprio e mutuo, com os fretes calculados
pela propria distancia".
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(Fontes: Adriano Martins; Lourenço Paz;
Arnaldo Rodrigues; Antonio Pellegrini; Paulo Roberto Banhara; Tibor
Jablonski; FEPASA: Relatório de Instalações Fixas,
1986; Benedicto Pires de Almeida: Cronologia Tieteense, 1980; E. F.
Sorocabana: relatórios anuais, 1900-69; O Tietê, 1930;
Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Estação de Hungria, nos anos 1950. Foto Tibor
Jablonski |
A estação já depredada, em 1986. Foto do
relatório da Fepasa, 1986 |
Em 28/10/2000, a plataforma coberta de mato foi o que sobrou.
Foto Lourenço Paz |
A linha, o aviso, a estrada, a igreja: Hungria em 09/2002. Foto
Adriano Martins |
A a igreja, em 09/2002. Foto Adriano Martins |
Sobre a plataforma, onde havia o prédio, plantaram-se
árvores: ainda se pode ver junto a uma delas, os restos
da escadaria, em 09/2002. Foto Adriano Martins |
A cena da plataforma pouco mudou em 5 anos. A foto é
de 26/03/2005, por Paulo Roberto Banhara |
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Atualização:
03.12.2017
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