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Hungria
Cerquilho
Vereda
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Saída para o ramal de Tietê (1888-1962): Tietê
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Tronco EFS - 1935
IBGE-1960
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2008
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E. F. Sorocabana
(1883-1892)
Cia. União Sorocabana e Ytuana (1892-1907)
Sorocabana Railway (1907-1919)
E. F. Sorocabana (1919-1971)
FEPASA (1971-1998) |
CERQUILHO
Município de Cerquilho, SP |
Linha-tronco - km 176,179 (1924);
km 165,148 (1931); km 164,190 (1960) (*) |
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SP-1136 |
Altitude: 573 m |
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Inauguração: 01.01.1883 |
Uso atual: Espaço Cidadão (2013) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
(*)
As quilometragens foram alteradas em 1928, devido às retificações
feitas entre São Paulo e Iperó neste ano e em 1953,
devido às retificações feitas entre Conchas e
Manduri neste ano. |
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HISTORICO DA LINHA: A
E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha
foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922,
quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes,
porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos
e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época
à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia,
vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para
o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas
linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a
ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim
foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal
FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente
até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente
os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho
passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso
trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos
pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa
até hoje, para trens de carga. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Cerquilho foi inaugurada no mesmo dia do ramal para Tietê,
em 1883. Este era um ramal curto, que na verdade fez parte do tronco
por curto tempo. Com o prolongamento da linha de Cerquilho
para diante, Tietê passou a ser um ramal, como aliás
era o projetado.
"Efetuou-se domingo passado, 19 de maio, como fora anunciado, a
inauguração da Igreja de São José, recentemente edificada na povoação
de Cerquilho. Sábado e domingo esteve em festas aquele local, para
onde afluiu grande massa de povo desta cidade. Domingo, além dos trens
do horário, partiu desta cidade (Tietê), às 3 horas da
tarde, um trem especial, levando muitas famílias e cavalheiros que
ali foram assistir às festas. Às 7 horas da noite voltou o especial
que foi pequeno para acomodar todo o povo, havendo, por isso,
necessidade de pedir à diretoria da Sorocabana mais um trem para conduzir
os que ali tinham ficado. Era tal a aglomeração de povo que, logo
Às 5 horas da tarde, duas horas antes de partir o trem, já se achavam
completamente cheios os vagões (...)" (O Tietê, 26 de maio
de 1907). Nessa época, Cerquilho era um bairro de
Tietê, formado em volta da estação.
Em 30/01/1948, um vagão carregado com explosivos que passava
pela cidade foi detonado em frente à estação,
destruindo a ela e várias casas próximas. Correu o boato
que a seria um atentado ao Governador Adhemar de Barros, que
deveria passar pela cidade, de trem, naquele momento, quando, na verdade,
ele passou por ali algumas horas antes... O prédio foi reconstruído
pouco tempo depois.
O ramal de Tietê foi desativado em 1962.
A estação, embora desativada em meados dos anos 1990,
servia como plataforma de embarque e desembarque de passageiros para
o trem diário que passava lá por volta de 13:30, vindo
de São
Paulo.
Em 16 de janeiro de 1999, a Ferroban desativou a antiga linha da Sorocabana
para passageiros. Nesse ano, o prédio em melhor estado era
o armazém, que abriga hoje atividades para pessoas idosas da
cidade.
"Eu me lembro da primeira vez, de muitas, que fui a Cerquilho
de trem, em 1945. Descemos, eu e meu pai, e havia dois dos meus primos
que lá moravam me esperando, um numa charrete, e outro, no
único táxi da cidade. Era uma poeira enorme, não
havia ruas pavimentadas..." (Antonio Pellegrini,
outubro de 2000).
Em 2003, a linha tinha ainda um movimento de 4-5 cargueiros por dia:
"Hoje estive em Cerquilho e me surpreendi com o movimento
de trens. Primeiro foi um triplex de U-20C com gondolas. Quinze minutos
depois foi um quadriplex de U-20 com gondolas da ALL, fechados da
RFFSA (não consegui ver qual regional) e da Novoeste, bem como
alguns tanques.O trens passaram por volta das 15hs, ao contrário
dos contumazes trens noturno e da madrugada..." (Lourenço
Paz, 2001).
Em 2008, "Os prédios da estação e armazém estão em utilização:
a estação é o "Espaço Cidadão", o armazém é a biblioteca e a cabine
é a sede da Guarda Municipal. Usos nobres para bens que já não servem
à ferrovia. O trilho que subitamente se finda era da plataforma de
onde partia o ramal para Tietê. O pátio ainda funciona para
acomodar vagões da concessionária" (Carlos R. Almeida,
janeiro de 2008).
Em 2010 a ex-estação foi reformada e pintada, bem como
a caixa d'água, com um profundo mau gosto na escolha das cores,
que piorou em nova pintura de 2013. Em 2019, uma nova pintura levou o prédio a mostrar suas cores originais (ver fotos ao pé da página).
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1886
AO LADO: Acidente não foi acidente, só descarrilamento (A Provincia de S. Paulo, 2/12/1886). |
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1887
AO LADO: Carvão em Cerquilho. (A Provincia de S. Paulo, 12/7/1887). |
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1887
AO LADO: "Para lá de Cerquilho." - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA VÊ-LO INTEIRO. (A Provincia de S. Paulo, 2/8/1887). |
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1887
AO LADO: "Para lá de Cerquilho." - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA VÊ-LO INTEIRO. (A Provincia de S. Paulo, 2/8/1887). |
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1889
AO LADO: Descarrilamento na linha entre as estações de Cerquilho e de Laranjal .(A Provincia de S. Paulo, 4/6/1889). |
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1889
AO LADO: Homenagem na estação de Cerquilho.(A Provincia de S. Paulo, 18/11/1889). |
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1891-2
AO LADO: Acidente em Cerquilho (O Estado de S. Paulo, 31/12/1892). |
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1893
AO LADO: Falta de vagões para carregamento em chave próxima à estação de Cerquilho (O Estado de S. Paulo, 23/2/1893). |
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1895
AO LADO: Descarrilamento na estação de Cerquilho (O Estado de S. Paulo, 24/03/1895). |
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1895
AO LADO: Trem pega trolei entre Cerquilho e Laranjal (O Estado de S. Paulo, 4/8/1895). |
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1898
AO LADO: Estação de Cerquilho, "onde se aspira um ar infecto" - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA VÊ-LO INTEIRO. (O Estado de S. Paulo, 9/2/1898). |
OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO
E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS:
1918 - Ficou concluído o serviço de reforço
de abastecimento d'água na estação. 1934
- Pintura da casa do agente; reforma na casa do portador;
pintura na casa do portador; desmontagem do botequim. Também
neste ano estava em obras a construção de duas
variantes, uma entre a estação e a de Anisio
de Moraes e outra entre Cerquilho e Jumirim
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ACIMA: A explosão em Cerquilho em janeiro
de 1948 (Folha da Manhã, 1/2/1948).
ACIMA: Pátio
de Cerquilho e visão do antigo triângulo de reversão
(Autor desconhecido, provavelmente anos 1950 - acervo Guto Paladini).
ACIMA: Pátio
de Cerquilho e uma composição da Sorocabana tracionada por uma locomotiva eletrica "Loba" nos anos 1950
(IBGE).
ACIMA: No canto superior da foto, vemos uma
composição de vagões estacionados nas linhas do antigo ramal de Tiete.
A foto parece ser dos anos 1970, quando o ramal já havia sido
desativado; porém, segundo Edgard Alves da Costa Filho, o início
do antigo ramal ainda permaneceu como desvio morto até cerca de 2002.
Eram duas linhas e a Ferroban utilizava essas linhas como um cemitério
de vagões. Depois a ALL removeu o desvio que ligava a linha tronco
ao ramal (Acervo Paladini/Edgar Alves da Costa Filho).
ACIMA: Um dos últimos trens de passageiros
da FEPASA passa por Cerquilho, possivelmente em 1998 (Jornal Cruzeiro
do Sul, foto publicada em 3/4/2001).
ACIMA: Em 2008 ainda existiam os trilhos da saída do ramal para Tietê, extinto em 1962 (Carlos Roberto de Almeida, 30/4/2008).
ACIMA: Composição da ALL passa pela estação de
Cerquilho (ao fundo) em outubro de 2011 (Foto Carlos R. Almeida).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local;
Acervo Paladini; Edgard Alves
da Costa Filho; Carlos R. Almeida; Guto Paladini; Wanderley
Duck; Gilberto Fernando Tenor; Adriano Martins; Roberto Caner; Rodrigo
F. Forte; Lourenço Paz; Antonio Pellegrini; O Estado de S.
Paulo, 1925; Cruzeiro do Sul, 2001; Folha da
Manhã, 1948; www.cerquilho. sp.gov.br; O Tietê, 1907; E. F.
Sorocabana: Relatórios anuais, 1875-1969; IBGE, 1960; Mapa
- acervo R. M. Giesbrecht) |
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Atualização:
30.12.2021
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