A B C D E
F G H I JK
L M N O P
Q R S T U
VXY Mogiana em MG
...
Jardim Silveira
Jandira
Sagrado Coração
...

Tronco EFS-1935
...
ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2015
...
 
E. F. Sorocabana (1925-1971)
FEPASA (1971-1994)
CPTM (1994-)
JANDIRA
Município de Jandira, SP
Linha-tronco - km 31,222 (1931)   SP-2153
Altitude: 725 m   Inauguração: 03.1925
Uso atual: estação de trens metropolitanos   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1983
 
 
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga.
 
A ESTAÇÃO: No antigo Sítio das Palmeiras, de Henrique Sammartino, onde hoje está localizada a cidade de Jandira, existia um depósito de lenha da Sorocabana. Com o começo dos serviços de trens de subúrbio na região da Capital, entre esta e São João Novo, novas estações começaram a surgir nesse trecho. Jandira foi uma delas, sendo então apenas uma parada de nome "km 32" (km 32+340) com 500 m de desvios desde 1925, que em 20/03/1931 se tornaria posto telegráfico (embora o relatório da Sorocabana de 1926 dissesse que ela já era posto telegráfico nesse ano), com movimento de passageiros. O motivo da abertura do posto foi o fato de eles serem parte do programa de remodelação para o aumento visado de capacidade do tráfego da estrada. Nesses anos de 1925-26 foram abertos onze novos postos telegráficos nas diversas linhas da Sorocabana.

A estação teria sido construída por Sammartino, em troca de um desvio que entrava por onde hoje está a praça junto à estação, continuando além dela. O desvio já foi removido há tempos e atendia ao lenheiro da ferrovia. Já o nome teria sido sugerido por Sammartino e seria o nome de sua filha.

Em 1934, foi classificada como posto telegráfico de categoria A (*).

"Por volta de 1945, ainda eram poucas as pessoas que viajavam de trem com destino a São Paulo (...) 'Por muitas vezes os trens passavam direto, deixando de parar na estaçãozinha para pegar os passageiros que chegavam a fazer fogueiras na beira da linha pouco antes da passagem do trem, para que o maquinista diminuísse a velocidade e com as mãos acenavam e gritavam. Só assim conseguiam fazer com que o trem parasse! (relato de Marcolino Melchior em Jandira, Memória de uma Cidade, de Waldomiro da Silva Prado, 1991)".

Desde praticamente a abertura do posto, existia, além do pequeno prédio de alvenaria, um vagão de madeira encostado a ele, que servia de bilheteria. Esse vagão parece ter perdurado por bastante tempo. Em 1962, foi entregue um novo prédio para a estação, no mesmo local da anterior. "A primeira estação, aquela que tinha o vagão como bilheteria, ficava entre uma casa branca antiga e onde hoje está a passarela sobre os trilhos. A segunda estação ficava onde hoje está a atual construída pela Fepasa. No jardim de uma casa ao lado da linha, que suspeito que fazia parte da estação, existe uma caixa d'água de ferro que provavelmente é a da estação" (Ivo Davi Suares, 07/2007).

Já não exatamente no mesmo local da segunda estação, um prédio mais moderno foi inaugurado em 11/03/1983, e serve hoje aos trens metropolitanos da CPTM.

Nos anos 2010, a estação foi reformada pela CPTM.

CLIQUE AQUI PARA VISUALIZAR A ESTAÇÃO VISTA DO SATELITE

1931
AO LADO: Autorização do governo para Jandira der porto telegrafico, o que ocorreria em 20 de março do ano seguinte. (O Estado de S. Paulo, 25/2/1931).

1931
AO LADO: Um estudante do colegio Mackenzie, que ali tinha uma filial, foi morto na linha (O Estado de S. Paulo, 19/5/1931).

1934
AO LADO: Trem atropela estudante (O Estado de S. Paulo, 20/6/1934).







1960
AO LADO: Concorrência oara a construção de uma nova estação em Jandira - que mal duraria 20 anos (Folha de S. Paulo, 27/7/1960).

ACIMA: Embarque na estação de Jandira, talvez anos 1960 (Acervo Kleber Pires).

ACIMA: Plataforma da estação nos anos 1960 em Jandira, com uma composição Toshiba (Acervo Kleber Pires).

ACIMA: A fotografia é ruim, mas mostra a estação e a praça em frente a ela em 1976: note-se as plataformas com cobertura de concreto no centro à direita da fotografia (Folha de S. Paulo, 14/2/1976).

* Segundo o Relatório Anual de 1934 da EFS, "À categoria A ficaram pertencendo os diversos postos que funccionavam como si fossem estações de 4a classe, isto é, onde, além do serviço de trens, havia venda de bilhetes, despachos de encommendas, bagagens, mercadorias, animaes, valores e serviços telegraphico, em trafego proprio e mutuo, com os fretes calculados pela propria distancia".

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Kleber Pires; Rafael Asquini; Ricardo Koracsony; Adriano Martins; Carlos R. Almeida; Ivo Davi Suares; Waldomiro da Silva Prado: Jandira, Memória de uma Cidade, 1991; Folha de S; Paulo, 1960 e 1976; E. F. Sorocabana: Relatórios anuais, 1915-69; revista "Nossa Estrada"; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

À direita da grande árvore, o vagão-bilheteria, e meio escondido, o prédio da estação. Foto dos anos 1920, do livro Jandira, Memória de uma Cidade, de Waldomiro da Silva Prado, 1991

A estação de Jandira, provavelmente anos 1940 ou 1950. Acervo Ivo Davi

O prédio e o vagão-bilheteria, provavelmente início dos anos 1950. Foto do livro Jandira, Memória de uma Cidade, de Waldomiro da Silva Prado, 1991
.
A segunda estação, provavelmente em 1977. Foto do livro Jandira, Memória de uma Cidade, de Waldomiro da Silva Prado, 1991

A antiga estação de Jandira, construída em 1962, em foto de 1977. Foto cedida por Ricardo Koracsony, extraída da revista "Nossa Estrada"

A estação de Jandira, em 21/05/1998. Foto Ralph M. Giesbrecht

Estação de Jandira, em 03/2003. Foto Adriano Martins

Pátio da estação de Jandira, em 03/2003. Foto Adriano Martins

A caixa d'água da estação escondida atrás da palmeira, em janeiro de 2008. Foto sentido Itapevi. Foto Ivo Davi Suares

Local da antiga estação de Jandira. A casa parece ser a mesma que existia na foto dos anos 1950 (acima). Foto Ivo Davi Suares em janeiro de 2008.

A estação de Jandira em reforma pela CPTM, em 14/8/2010. Foto Carlos R. Almeida

A estação com a reforma pronta, em 13/2/2011. Foto Rafael Asquini

A estação de Jandira em 2017. Foto Carlos R. Almeida
   
     
Atualização: 01.05.2023
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.