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Mairinque
Pantojo
Alumínio
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Tronco EFS-1935
IBGE-1960
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2008
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Sorocabana Railway (?-1919)
E. F. Sorocabana (1919-1971)
FEPASA (1971-1998) |
PANTOJO
Município de Mairinque, SP |
Linha-tronco - km 69,310 (1931) |
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SP-2640 |
Altitude: 791 m |
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Inauguração: n/d |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1926 (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana
foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875,
até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu
Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS
construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em
1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência.
Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo
paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival
Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas
pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa
da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando
a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho
inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno,
desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio.
Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado
por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco
até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban,
sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga. |
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A ESTAÇÃO: O Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil de 1960 A estação
ferroviária de Pantojo teria sido uma das
estações abertas na inauguração da linha em 1875. Porém, os relatórios da Sorocabana somente citam a estação a partir
do final do século XIX. Não consegui ainda ter a data.
A estação
acabaria sendo construída mais tarde (em qual ano?) em terras do sítio do Pantojo,
que pertencia a Manuel Pereira de Moraes e durante a
construção da ferrovia fora adquirido por Eusebio
Stevaux, que passou a explorar o local com suas jazidas de cal
e de mármore, tendo inclusive construído ali uma linha
férrea particular com 12 quilômetros (Joaquim Silveira
Santos: São Roque de outrora, edição Demétrio Vecchioli,
1ª edição, São Roque, Merlot Comunicação, 2010, p. 233). Ver também caixa abaixo de 1899.
Já em 1896, a Sorocabana não queria construir uma estação em Pantojo, mesmo com a Secretaria da Agricultura exigindo tal fato. A ferrovia apelou da decisão e venceu a causa sete meses depois, em 1897 (ver caixas abaixo, 1896 e 1897). A estação, de fato, ainda não existia. Porque a Sorocabana, então ainda uma empresa privada, não queria colocar uma estação ali? E porque o governo estava tentando obrigá-la a construi-la?
A estação parece ter sido construída, finalmente, entre 1900 e 1911.
Em 1926, com as obras de retificação e duplicação da linha, foi construído
um novo edifício para a estação. Em 1934, ela foi classificada como
posto telegráfico de categoria A (*).
O posto/estação foi demolido no início
dos anos 1980. Ficava ao lado da rodovia Raposo Tavares, onde passa
a linha.
Ao lado da antiga estação, hoje demolida, sobrou uma sub-estação
para alimentação de energia elétrica à linha. Este prédio, construído
em 1939, é de uma arquitetura que impressiona, mantido externamente
em razoável estado de conservação.
"Quantas
e quantas vezes viajei no Toshiba para Mayrink com meu pai.
E o gostoso da história é que o trem, após desembarcar os passageiros,
tinha que seguir até Pantojo para fazer o travessão. Era uma
questão operacional daquele horário. Domingo de manhã, passava
no supermercado Vera Cruz, que ainda existe no centro de Carapicuíba,
comprava bolachas e ia para a estação. Quando o trem chegava
era uma festa. Embarcava no primeiro carro. Conforme estivesse
o movimento, meu pai me chamava na cabine. Como era um cubículo
a cabine original do Toshiba, não dava para viajar junto com
ele. Ele deixava a porta interna aberta. Se tivesse muitos passageiros,
enchia de curiosos. Além das estações, tinham as paradas, como
a Cinzano, em São Roque. Depois de feita a reversão em Pantojo,
era só aguardar o horário de retorno. O domingo estava ganho" (Carlos R. de Almeida, 14/9/2010).
Hoje é próxima
a ela que existe a "alça de
Pantojo", ou seja, o viaduto
e o complexo que ligam a linha Boa
Vista-Guaianã ao tronco da antiga Sorocabana, eliminando
a passagem dessa linha (antiga Ituana) por Mairinque. O prédio
da estação estava ainda de pé no centenário
da ferrovia (1975), mas estava já fechado havia já um
ano.
* Segundo o Relatório Anual de 1934 da
EFS, "À categoria A ficaram pertencendo os
diversos postos que funccionavam como si fossem estações
de 4a classe, isto é, onde, além do serviço
de trens, havia venda de bilhetes, despachos de encommendas,
bagagens, mercadorias, animaes, valores e serviços
telegraphico, em trafego proprio e mutuo, com os fretes calculados
pela propria distancia". |
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1896
AO LADO: O caso de Pantojo entre o governo e a Sorocabana: o que acontece realmente? (O Estado de
S. Paulo, 26/5/1896). |
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1896
AO LADO: O secretário da Agricultura quer que a Sorocabana construa uma estação em Pantojo e esta apela da ordem (O Estado de
S. Paulo, 6/12/1896). |
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1897
AO LADO: A proximidade da rodovia com a ferrovia em Pantojo causa a morte de cabeças de gado no local (O Estado de
S. Paulo, 23/01/1897). |
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1897
AO LADO: Sete meses mais tarde, a Sorocabana ganha a ação: não vai construir mesmo uma estação em Pantojo (O Estado de
S. Paulo, 25/01/1897). |
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1897
AO LADO: Depois de anunciar que a Sorocabana ganhou a causa, ele publica a confirmação disso sete dias depois (O Estado de
S. Paulo, 2/2/1897). |
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1899
AO LADO: A fazenda de Pantojo, seus detalhes e seu ramal particular (O Estado de
S. Paulo, 02/02/1899). |
OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO
E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS:
1926 - Extensão dos desvios para 380 m
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ACIMA: Locomotiva a vapor da Sorocabana #60 manobra em Pantojo em 1942 (O Estado de S. Paulo, 13/11/1942).
ACIMA: Acidente com o Trem Expresso Ourinhos-São
Paulo na estação de Pantojo em 6/9/1950 (Folha da Manhã,
7/9/1950) - LEIA MAIS SOBRE O ACIDENTE COM
O TREM EXPRESSO OURINHOS-SÃO PAULO EM 7/9/1950 - página
1 - página 2 - página
3 - (Folha da Manhã, 7/9/1950 e Noite Ilustrada, 12/9/1950).
ACIMA: Mais uma foto do acidente em 1950 em Pantojo (Autor desconhecido).
ACIMA: Entre Alumínio (à esquerda
no mapa) e Mairinque (à direita), fica a alça de Pantojo,
que nada mais é do que o entroncamento da Mairinque-Campinas
(hoje Corredor de Exportação) com a linha-tronco da
antiga Sorocabana. O entroncamento, até 1991, dava-se pela
estação de Mairinque. HÁ QUE SE CLICAR SOBRE
O MAPA PARA VÊ-LO MELHOR (Google Maps,
2016).
ACIMA: Subestação de Pantojo
e velha casa da vila ferroviária da Sorocabana em Pantojo,
ao lado da linha, em foto publicada no jornal O Estado de S. Paulo
de 4/4/2010 (Foto Valéria Gonçalvez/AE).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Carlos
R. Almeida; Antonio Carlos Cardoso; Adriano Martins; Valéria
Gonçalvez; Google Maps, 2016; Joaquim Silveira Santos: São
Roque de outrora, Merlot Comunicação, 2010; Folha da Manhã,
1950; O Estado de S. Paulo, 1896); Noite Ilustrada, 1950; O Estado
de S. Paulo, 10/7/1975 e 4/4/2010; E. F. Sorocabana: Relatórios
anuais, 1872-1969; Museu de Jundiaí; IBGE, 1960; Mapa acervo
R. M. Giesbrecht) |
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Estação de Pantojo, ao fundo, em foto sem data (provavelmente
anos 1950). Foto dos arquivos do Museu de Jundiaí |
Plataforma abandonada de Pantojo, já sem a estação,
demolida. Notar que a fiação aérea já
foi retirada. Foto Adriano Martins, 09/2001 |
Placa na plataforma abandonada de Pantojo. Foto Adriano Martins,
09/2001 |
Subestação também abandonada de Pantojo,
ao lado da antiga estação (que não aparece na foto). Foto Adriano Martins,
09/2001 |
Plataforma e, à direita, piso da antiga estação,
já demolida. Foto Antonio Carlos Cardoso em 12/2010 |
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Atualização:
16.11.2022
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