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Parada Marmeleiro
Mairinque
Pantojo
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Saída para o ramal de Campinas (1897-1986): Moreiras
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Saída para a Mairinque-Santos (1931-1985): Guaianã
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Tronco EFS-1935
IBGE-1960
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2016
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Cia. União
Sorocabana e Ytuana (1895-1907)
Sorocabana Railway (1907-1919)
E. F. Sorocabana (1919-1971)
FEPASA (1971-1998) |
MAIRINQUE
Município de Mairinque, SP |
Linha-tronco - km 69,130 (1934) |
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SP-0703 |
Altitude: 832,400 m |
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Inauguração: 21.05.1895 |
Uso atual: centro de memória (2021) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1906 |
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HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana
foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875,
até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu
Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS
construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em
1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência.
Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo
paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival
Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas
pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa
da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando
a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho
inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno,
desde os anos 1920 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio.
Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado
por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco
até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban,
sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga. |
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A ESTAÇÃO: Nos primeiros
estudos para a sua construção, em 1892, o local hoje ocupado pela
estação de Mairinque era denominado Entroncamento, ou ainda Mandubinho (ver caixa abaixo, de 1893) devido
ao fato de, dali, se projetar o entroncamento da linha que viria de Itu e também da que seguiria para Santos. A região onde
hoje está a cidade e a estação era conhecida como Canguera,
nome de uma grande fazenda do local.
A estação foi inaugurada em 1895, de acordo com comunicação feita na imprensa (ver caixa abaixo, de 1895). O nome Mayrink foi
uma homenagem ao sr. Francisco de Paula Mayrink, presidente da
Sorocabana a partir de 1882.
Em 1897, foi inaugurada a linha Itu-Mairinque.
A linha Mainrinque-Santos somente sairia dali
muitos anos depois, nos anos 1930.
A importância da estação foi crescendo rapidamente, tanto que em 1902,
as oficinas da linha, que estavam em Sorocaba, foram todas
transferidas para Mairinque. Mas o mais importante de tudo
foi o surgimento de uma nova cidade, com o nome da estação, pela Sorocabana.
Conforme o relatório da época, lê-se que: "Serviços Feitos na Estação
Mairink, Entroncamento da Linha Ituana e da Nova Linha para Santos,
na linha S. Paulo ao Tibagy e Itararé. - Projectando a Companhia vender
os terrenos, que possue nas immediações desta estação para formar
ahi uma povoação, foi levantado o terreno n'uma área de 125 hectares
ou cerca de 52 alqueires paulistas, dos quaes ficam destinados 72
hectares approximadamente para as futuras officinas centraes da Companhia,
para as moradias do pessoal das mesmas e para mais necessidades futuras,
sendo os restantes destinados para a futura povoação. A planta elaborada
previne por ora 355 lotes, com uma área média de 800 metros quadrados
(20 m de frente por 40 m de fundo), variando as áreas entre 460 m.
q. e 1.400 m. q. e mais duas chacaras, com uma área total de 331.464
metros quadrados. Os 6 largos projectados, as avenidas e ruas representam
uma área de 199.109 m. quadrados ou cerca de 38% da área total da
povoação. O projecto teve assim em vista garantir boas
condições hygienicas para a futura povoação que pela sua posição no
cruzamento de linhas importantes e altitude de 870 metros sobre o
mar, pelo seu clima sadio e pela faculdade de obter-se agua das cabeceiras
proximas do Rio Piragibú, além da facilidade de prevenir-se exgotos
em tres direcções, poderá tornar-se no futuro um ponto importante".
Foi também adquirida perto da estação uma área que se tornou um dos
hortos da Sorocabana.
O prédio atual da estação, construído pelo arquiteto Dubugras,
é famoso pelo seu estilo, tendo sido o primeiro a ser feito em concreto
armado no País, inaugurado em 1906, depois de dois anos de construção.
Momentos de festa ocorreram em 7 de julho de 1922, quando da passagem
da comitiva que transportava o aviador Gago Coutinho e o então
dono da Votorantim, Antonio Pereira Ignácio: "na
estação de Mayrink, á chegada do comboio, uma grande manifestação
por parte dos operários das officinas da EFS, e onde os excursionistas
foram recebidos ao som do Hymno Portuguez (...). (Revista Portugal-Brasil,
A Hora Gloriosa da Raça, ed. Monteiro Lobato e Cia, 1922).
Na estação existiu um bar (ver caixa abaixo, de 1953).
Até os anos 1980, ainda seguiam para a estação
os trens elétricos Toshiba, que desde Itapevi eram a
linha de subúrbios da Fepasa. Quanto aos trens de passageiros
da linha São Paulo-Presidente Epitácio, estes
deixaram de circular em 16 de janeiro de 1999.
A estação esteve fechada por anos, mas seus desvios
nunca deixaram de abrigar um movimento muito grande de trens. Finalmente,
foi adquirida pela prefeitura municipal, que a reformou e transformou
no Centro de Memória Ferroviária de Mairinque,
inaugurado em 29/05/2004. O prédio da estação,
mesmo com a reforma e o museu, permanecia em mau estado em 2022. O mato cresce em volta do prédio e locomotivas e vagões permanecem, escondidas entre a ferrugem e o mato.
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AO LADO:
Francisco de Paula Mayrink (sem data).
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1893
AO LADO: Existia outro nome para a estação antes dos de Mairinque e Entroncamento: Mandubinho
(O Estado de S. Paulo, 1/12/1893)
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1895
AO LADO: Inauguração da estação de Mairinque em 25 de maio. No mesmo dia se inaugurava a estação de Pereiras, também na linha tronco. Reparar que as quilometragens ainda eram as da linha original, tendo se alterado com as mudanças ocorridas antes de 1930
(O Estado de S. Paulo, 21/5/1895)
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1897
AO LADO: Relação
das estações das velhas linhas da Ytuana que,
a partir da abertura da continuação da linha
Jundiaí-Ytu, passariam a fazer os despachos para a
linha-tronco da Sorocabana, sem passar por Jundiaí,
onde tinham que baldear para a SPR. Isto não durou
muito, pois prejudicava os clientes e houve excesso de reclamações
(O Estado de S. Paulo, 4/7/1897)
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ACIMA: Horario de trens a partir de
julho de 1897, quando foi aberta a estação de
Mairinque e, com ela, o ramal Itu-Mairinque, chamado de
"ramal da Ytuana", pois era continuação
da velha linha Jundiaí-Ytu (O Estado de S. Paulo, 5/7/1897).
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1899
AO LADO: Continua a briga entre a SPR e a Sorocabana e Ytuana (CUSY): A SPR mostra suas garras e obriga a baldeação de cargas e passageiros em Jundiaí (por Mairinque era melhor para a CUSY) - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA VÊ-LO INTEIRO (O Estado de S. Paulo, (2/2/1899). |
ACIMA: A estação de Mairinque
em 1909 (Studio Geografico, 1909)..
OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO
E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS:
1934 - Adaptação de deposito de Sorocaba
neste pátio; melhoramentos de desvios para a linha
1; construção de casas para a Tração;
construção de casa para bombeiro; Construção
de um desvio de lenha; construção de 20 casas
para empregados; pintura das casas da vila; instalação
de água na casa de turma |
ACIMA: Telegrama recebido por Sud sobre esquecimento de um pacote no trem em Mairinque - CLIQUE SOBRE O TELEGRAMA PARA LÊ-LO TODO (EFS - Telegrama de 11/7/1936).
ACIMA: Acidente com trem vindo de Curitiba próximo à estação de Mairinque
em 1944 - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA LER A REPORTAGEM INTEIRA (Diario Popular, 11/12/1944)..
ACIMA:
Anúncio do bar da estação de Mairinque. Esse
bar, que provavelmente era o mesmo da foto ao pé da página,
tomada em 1910, ainda existia em 1971, de acordo com relato de Antonio
Gorni (Guia Oficial da E. F. Sorocabana, 2o semestre 1953).
ACIMA: Trem da FEPASA na
estação de Mairinque em 1975. Este trem era o LR 1 que
saia de Julio Prestes às 12h20 com destino a Ourinhos. Chegava
em Mayrink às 13h40 com partida às 13h42. Normalmente
conduzia 7 carros na sequência: 1 bagageiro, 3 de segunda, 1 restaurante
e 2 de primeira. Os dois últimos carros são de primeira e na ocasião
ainda tinham os vidros lacrados devido ao ar condicionado. O restaurante
também era assim (Foto Renato Cesar Favero)
ACIMA: Saída da Alça de Pantojo nos anos 1980. A linha-tronco
da Sorocabana aparece em segundo plano. Em primeiro plano, a alça
(ligação do tronco com a variante Boa Vista-Guaianã)
(Autor desconhecido).
ACIMA: Estação de Mairinque
em 2015 (Foto Nathan Kiss/Facebook).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Lucas
Rio Branco; Renato Cesar Favero; Antonio Gorni;
Antonio Cardodo; Carlos R. Almeida; Stenio Gimenez; Museu de Mairinque;
Thomas Correa; Antonio Soukhef; Nick Lawford; Kenzo Sasaoka; Ricardo
Koracsony; O Estado de S. Paulo, 1998; E. F. Sorocabana: Relatórios
anuais, 1875-69; E. F. Sorocabana: Guia Oficial, 2o semestre 1953;
Portugal-Brasil, A Hora Gloriosa da Raça, 1922; IBGE, 1960; Mapa -
acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação de Mairinque nos bons tempos, e sem
data. Foto do acervo do museu de Mairinque |
Antigo bar na estação, anos 1910. Foto cedida
por Antonio Cardoso |
A estação de Mairinque em 1938. Foto
da Revista Nossa Estrada. Acervo Thomas Correa |
A estação já no abandono, em 1998. Foto
de O Estado de S. Paulo, 05/02/1998 |
Trem de passageiros em Mairinque, sem data. Foto Nick Lawford |
Pátio com a estação ao fundo, à
esquerda, e com muito movimento de cargueiros. Foto Kenzo Sasaoka,
09/2001 |
Pátio com a estação ao fundo, à
esquerda, e com muito movimento de cargueiros. Foto Kenzo Sasaoka,
09/2001 |
O absurdo de uma estação ter de ser cercada, por
exigência da concessionária, em 09/2002. Foto Ricardo
Koracsony |
A estação, em 09/2002. Foto Ricardo Koracsony
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A estação em 2002. Foto Julio Cesar de Paiva |
O letreiro da estação em 06/2006. Foto Ricardo
Koracsony |
A estação em 06/2006. Foto Ricardo Koracsony |
A estação de Mairinque em setembro de 2015. Foto
Lucas Rio Branco
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Atualização:
26.12.2022
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