A B C D E
F G H I JK
L M N O P
Q R S T U
VXY Mogiana em MG
...
Clemente Falcão
Quinta Parada
Engenheiro Gualberto
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ram. S. Paulo EFCB-1950
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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E. F. do Norte (1886?-1892)
E. F. Central do Brasil (1892-1928)
QUINTA PARADA
Município de São Paulo, SP
Ramal de São Paulo - km 493,039   SP-4715
Altitude: 738,598 m   Inauguração: 29.08.1886?
Uso atual: demolida   com trilhos
Data de construção do prédio atual: nenhuma informação
 
 
HISTORICO DA LINHA: Em 1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba a E. F. do Norte (ou E. F. São Paulo-Rio), que abriu o primeiro trecho, do Braz até a saindo da linha da SPR no Brás, em São Paulo, e chegando até o bairro da Penha. Em 12/05/1877, chegou a Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica, encontrou-se com a E. F. Dom Pedro II, atual Central do Brasil, constituída em 1855 e com o ramal, que saía do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo Cachoeira no terminal navegável dois anos antes (1875) e com bitola larga (1,60m). A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias se deu em 8/7/1877. As cidades da linha se desenvolveram, e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"... O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba. Em 1889, com a queda do Império, a E. F. D. Pedro II passou a se chamar E. F. Central do Brasil, que, em 1892, incorporou a já falida E. F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificar as 2 linhas. O primeiro trecho ficou pronto em 1901 (Cachoeira-Taubaté) e o trecho todo em 1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela RFFSA. O trecho entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos anos 1980, pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte, foi aos poucos provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998, o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado, com o fim do Trem de Prata, no mesmo ano em que a MRS passou a ser a concessionária da linha. O transporte de subúrbios, existente desde 1914 no ramal, continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi e no trecho da estação D. Pedro II a Japeri, no RJ.
 
A ESTAÇÃO:

ACIMA: Em mapa de 1916, que, aliás, não mostra nenhuma das paradas, a linha da E. F. do Norte saindo da estação do Norte, sentido sudeste, depois fazendo uma curva de quase noventa graus para o leste, numa longa reta no sentido de Mogi das Cruzes (que não aparece neste mapa). Na altura do bairro da Penha, nota-se uma bifurcação no sentido norte onda sai uma linha em forma de arco, na extrema direita do mapa aqui mostrado, dali até a rua Coronel Rodovalho, onde termina, na estação da Penha-ramal. O ramal, que é o trecho em arco seguido da reta que levava até a rua Coronel Rodovalho, desapareceu já nos anos 1950, depois de transportar trens de passageiros por ele, de 1886 até o final dos anos 1920. As paradas - da Segunda à Sexta - ficavam não no ramal, mas justamente na grande reta até hoje onde circulam os trens da CPTM para Mogi das Cruzes. No ramal, por sua vez, a única estação era a terminal da Penha, na rua Coronel Rodovsalho - CLIQUE SOBRE O MAPA PARA VÊ-LO EM MAIOR TAMANHO).

Não se conhece a data de abertura das paradas da E. F. do Norte, que depois passaram para a Central do Brasil. Porém, isto parece ter-se dado com a entrada da operação, em 1886, dos trens de subúrbio no então recém-construído ramal da Penha, que ligava a estação do Norte à rua Coronel Rodovalho, junto ao casarão dos Rodovalho e a igreja da Penha, esta foco de festas muito frequentadas algumas vezes por ano.


A supressão dos trens do ramal da Penha em 1915 parece não ter eliminado o uso das paradas na linha do ramal de S. Paulo. Alguns autores citam a desativação destas paradas (da 1ª até a 6ª, com exceção da 4ª e 5ª parada, que seguiram operando com outros nomes), como tendo ocorrido nos primeiros anos da década de 1930. Só que a 4ª e a 5ª ressurgiriam em 1931.

O Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil dá como data de abertura da parada de Engenheiro Sebastião Gualberto o ano de 1934. Esta foi aberta no local da antiga Sexta Parada, que era agora a Quinta Parada, nova, pois a velha desaparecera alguns anos antes (ver a posição das paradas no mapa do caixa abaixo, de 1913).

Notar também que as referencias a todas essas paradas encontradas na época falavam em geral dos pequenos povoados que se formavam ao redor delas e não especificamente sobre a parada física. Porém, de todas as seis paradas originais, a 4ª parada tornou-se nome de bairro e até de cemitério e isto se mantém até hoje.

DÚVIDAS QUE PAIRAM NA HISTÓRIA DA SEGUNDA PARADA:
- As paradas da linha-tronco da E. F. do Norte foram criadas em que época? O fato de elas serem uma sequência de paradas que devem ter sido ihauguradas ao mesmo tempo não significa que isso tenha sido verdade. Quando, afinal, foi isto? Parece ter sido junto com a criação do ramal de subúrbios da Penha, mas ainda há confirmação disto.
- O fato é que os nomes da Primeira à Sexta Parada somente começaram a aparecer na imprensa em geral depois de 1886, ano em que o ramal da Penha foi inaugurado. Isto leva-nos a crer que existe uma grande possibilidade que elas tenham surgido em 1886, com o ramal (embora nenhuma delas ficasse no ramal). Mas não há confirmação.
- Existe uma diferença entre a parada aparecer como parada mesmo e o bairro que ela nomeava. A maioria das notícias em que são citadas essas paradas referem-se aos bairros em si que elas foram gerando depois de instaladas, e não a uma ocorrência no local da parada em si. Nas poucas notícias das "caixas" abaixo, parece que o fato ocorreu na parada mesmo.
- As paradas da Central em São Paulo apareciam nos Guias Levi enquanto estavam em funcionamento? Dos guias que consegui consultar no período em que elas supostamente estavam em atividade - e foram apenas dois, o de 1917 (que foi anual) e de janeiro de 1930, nenhuma dessas duas houve qualquer menção a estas paradas. Nestes dois guias, estariam elas em aividade e não foram mencionadas por estes guias por algum motivo? O fato é que muitas dessas paradas simples, que nunca tiveram o status de estações, poucas eram mencionadas. As duas únicas que foram mencionadas foram-no quando foram elevadas as estações, o que ocorreu após os anos 1930: a Quarta Parada (Clemente Falcão) e a Quinta Parada (Engenheiro Sebastião Gualberto). Nos horários divulgados pela imprensa, no entanto, as seis paradas apareciam sim.
- Contraditório? Bastante
. Se tiver algo para cooperar, contate-me por e-mail ou whats-up por favor.


1900
AO LADO:
Niqueis falsos encontrados na Quinta Parada (O Estado de S. Paulo, 27/01/1900).


ACIMA: Tabela das paradas da Central em 1902 (O Estado de S. Paulo).

ACIMA: A localização da Quinta Parada em 1913, no cruzamento da linha da Central com a rua Vilela, no canto inferior esquerdo do mapa. (CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR).

1923
AO LADO:
Quem eram os donos dos terrenos onde foram construídas a Quinta e a Sexta Parada? O artigo fala somente das paradas em si ou de terrenos situados em volta? (O Estado de S. Paulo, 27/4/1923).

(Fontes: Mapa - acervo R. M. Giesbrecht); O Estado de S. Paulo).
     

 
     
Atualização: 27.02.2023
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.