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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Canudos
Campo Bom
Quatro Colônias
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Linha de Canela - 1940
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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João Correa & Irmão (1903-1905)
Cie. Auxiliaire des Chemins de Fer au Brésil (1905-1920)
V. F. Rio Grande do Sul (1920-1964)
CAMPO BOM
Município de Campo Bom, RS
Linha de Canela - km 887,969 (1960)   RS-2702
Altitude: 23 m   Inauguração: 15.08.1903
Uso atual: museu ferroviário (2009)   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1935
 
 
HISTORICO DA LINHA: A linha de Canela foi aberta no trecho entre Neustadt (Rio dos Sinos) e Novo Hamburgo em 1876, sendo, na verdade, na época, um prolongamento da Porto Alegre-São Leopoldo. Em 1903, foi prolongada até Taquara. A linha chegou em Canela, seu ponto terminal, somente em 1922, de onde passou a se trazer a madeira abundante na região. A demora deveu-se à dificuldade de construção do trecho de serra, onde em 48 km de linha se elevava de 30 m em Taquara até 830 em Canela. Em 11/03/1963, foi fechado o tráfego entre Taquara e Canela. No ano seguinte, a 16/11, fechou o trecho Novo Hamburgo-Taquara. Em 31/12/1966, o tráfego foi fechado no trecho restante, Rio dos Sinos-Novo Hamburgo. Em julho de 1967, já não existia mais nenhum sinal da velha linha de Canela.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Campo Bom foi aberta em 1903. Era um prédio muito pequeno, a ponto de dificultar o abrigo dos passageiros e o armazenamento das mercadorias. Ficava alguns metros à frente de onde, trinta anos mais tarde, seria construída a segunda estação.

Em 1904 a Vetter, indústria de calçados, se instalaria ali próximo. O prédio era descrito em um livro de 1907 como sendo "um edifício de alvenaria com a área de 12,10 x 3,58 m, semelhante ao de Hamburger-Berg".

A ferrovia cortou a cidade ao meio, e mesmo antes de a ferrovia estar pronta, o comércio se revigorou devido aos trabalhadores na construção. O impulso na economia da região foi imediato.

A estação, já criticada por ser pequena demais no início, era conhecida por "velho galpão", e sua substituição era pedida com cada vez mais intensidade. Finalmente, em 1934, com o terreno doado pela Vetter, a VFRGS anunciou a construção do novo prédio, entregue finalmente em 11/04/1935, com festas. Na verdade, a substituição da velha estação somente saiu porque um industrial local, Major Emilio Vetter, doou o terreno para o novo prédio (o que nos leva a concluir que a velha estação ficava em local diferente) e também 10 mil tijolos - veja notícia mais abaixo.

Durou menos de trinta anos em atividade, pois os trens foram desativados com a estação e o trecho em 1965.

Dois anos depois, a Prefeitura já ocupava o prédio, primeiro, instalando ali sua sede, depois, a Câmara de Vereadores e, finalmente, a biblioteca municipal, que ocupa hoje o prédio todo.

"Esta estação foi bem desfigurada com as sucessivas reformas, mas não tenho as datas aqui. Mas dá pra ver a diferença comparando com fotos antigas. Atualmente ela se encontra totalmente pichada na outra fachada, essa que eu fotografei (foto abaixo, de 2006) não é a entrada da biblioteca, mas os fundos, que é praticamente igual" (Jorge Luis Stocker Júnior, 04/2006).

A partir de outubro de 2009, passou a abrigar o Memorial do Trem, um museu ferroviário. Desde que foi desativada em 1963, o prédio abrigava a sede da prefeitura, Câmara de Vereadores, Biblioteca Municipal e recentemente o Centro Municipal de Informação e Ludicidade Liberato.

1923
AO LADO:
Acidentes na estação de Campo Bom (O Estado de S. Paulo, 13/7/1923).

ACIMA: Notícia sobre a abertura do novo prédio em 1935 - CLIQUE SOBRE ELA PARA VER SUA VERSÃO INTEGRAL (A Federação/Diario Official do Rio Grande do Sul, 29/4/1935).
ACIMA: Litorina da RVPSC em frente à estação de Campo Bom, possivelmente 2a metade dos anos 1930 (Acervo Douglas Nascimento).

ACIMA: A linha passa pelo norte da então pequena cidade de Campo Bom em 1948. Hoje, os trilhos não mais existem (Revista Brasileira de Geografia, out-dez 1948).

(Fontes: Jorge Luis Stocker Júnior; Acervo Douglas Nascimento; Revista Ferroviária, 08/2000; IPHAE: Patrimônio Ferroviário do Rio Grande do Sul, 2002; Germano Oscar Moehlecke: Estrada de Ferro - Contribuição para a história da primeira ferrovia do Rio Grande do Sul, São Leopoldo, 2003; IPHAE: Patrimônio Ferroviário do Rio Grande do Sul, 2002; IBGE: Revista Brasileira de Geografia, 1948; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1940-81; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

À esquerda, ao fundo, a primitiva estaçãozinha de Campo Bom, provavelmente anos 1920. Foto do livro Estrada de Ferro - Contribuição para a história da primeira ferrovia do Rio Grande do Sul, de Germano Oscar Moehlecke.

As duas estações: a antiga, em operação, e a nova, à sua direita, sendo construída. Foto de 1935. Foto do livro Estrada de Ferro - Contribuição para a história da primeira ferrovia do Rio Grande do Sul, de Germano Oscar Moehlecke.

A estação de Campo Bom, sem data. Foto do livro Estrada de Ferro - Contribuição para a história da primeira ferrovia do Rio Grande do Sul, de Germano Oscar Moehlecke.

A estação de Campo Bom, c. 2000. Foto do livro Patrimônio Ferroviário do Rio Grande do Sul, IPHAE, p. 90

A estação em 2006. Foto
Jorge Luis Stocker Júnior

A estação em 06/2006. Foto Jorge Luis Stocker Jr.
     
Atualização: 13.04.2020
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.