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Q R S T U
VXY Mogiana em MG
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1912-2001)
Engenheiro Schmidt
São José do Rio Preto
Rio Preto Paulista
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Tronco EFA-1970

IGG-SP-1945
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2003
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E. F. Araraquara (1912-1971)
FEPASA (1971-1998)
SÃO JOSÉ DO RIO PRETO
Município de São José do Rio Preto, SP
Linha-tronco - km 199,451 (1960)   SP-2851
Altitude: 468 m   Inauguração: 09.06.1912
Uso atual: estação da ALL (2022)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1941
 
 
HISTORICO DA LINHA: A Estrada de Ferro de Araraquara (EFA) foi fundada em 1896, tendo sido o primeiro trecho aberto ao tráfego em 1898. Em 1912, já com problemas financeiros, a linha-tronco chegou a São José do Rio Preto. Somente em 1933, depois de ter sido estatizada em 1919, a linha foi prolongada até Mirassol, e em 1941 começou a avançar mais rapidamente, chegando a Presidente Vargas em 1952, seu ponto final à beira do rio Paraná. Em 1955, completou-se a ampliação da bitola do tronco para 1,60m, totalmente pronta no início dos anos 60. Em 1971 a empresa foi englobada pela Fepasa. Trens de passageiros, nos últimos anos somente até São José do Rio Preto, circularam até março de 2001, quando foram suprimidos.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Rio Preto foi inaugurada em 1912, numa cidade que já existia desde 1894 como município e na época uma das mais ocidentais do Estado.

Consta que o primeiro trem chegou à cidade em 26/02/2012, às quatro da tarde, pouco mais de três meses antes da inauguração oficial da estação, com quatro gôndolas repletas de engenheiros, empreiteiros e trabalhadores da ferrovia.

A data da inauguração da estação é citada pelos relatórios da EFA como sendo 9 de junho de 1912 e alguns historiadores como tendo sido no dia 8.

A ferrovia trouxe o progresso e o crescimento ao redor de uma grande estação que permaneceu como ponta da linha até 1933, quando o primeiro trem partiu dali para as duas estações recém-inauguradas no prolongamento da linha, Gonzaga de Campos e Mirassol.

A ferrovia trouxe o progresso e o crescimento ao redor de uma grande estação que permaneceu como ponta da linha até 1933.

Em 04/05/1941 (a Folha da Manhã (de 11/5/41) e o Estado de S. Paulo (de 4/5/1941) dão a data de 27 de abril para essa mesma inauguração), antes portanto da retificação da EFA e do alargamento da bitola, feito entre 1950 e 1955 até essa cidade, foi aberto o novo
prédio da estação, que ali permanece até hoje.

Nos anos 1940, foi restabelecido o antigo nome da estação e da cidade, de São José do Rio Preto.

De 1955 a 1958, quando foi aberto o alargamento de bitola até Votuporanga, a estação servira como ponto de baldeação de trens de bitola mista para métrica.

Em 15/03/2001, partiu da estação o último trem de passageiros da Ferroban, com destino a Itirapina. A estação foi sufocada pela imensa rodoviária vizinha. Em sua frente, havia muitos táxis, que agora serviam a rodoviária. Para o trem sair da estação, havia a necessidade de fechar o trânsito com uma espécie de porteira. A população observava. Era engraçado, o trem atravessava (e ainda atravessa em 2017) a cidade inteira, tem estação grande, mas hoje não dá nenhum retorno ou benefício à cidade.

Até 07/2002 uma seção de alistamento militar funcionava em uma de suas salas, mas já em 2003 estava fechada. A antiga casa do chefe da estação ao lado da cancela era uma estamparia. Parte do prédio ainda era uma estação, pois nela funcionavam um escritório e um alojamento para os trabalhadores da Brasil Ferrovias. A estação contava então com apenas duas linhas para o cruzamento de composições. Também funcionava uma oficina de arte no seu antigo depósito de cargas. A cidade mantém um dos maiores índices de descarrilamentos do Brasil. Para se ter uma idéia, em 10/2002 houve seis, sendo a maioria no centro da cidade, agravando assim o trânsito e acarretando prejuízos.

Em 12/2002 um trem de passageiros funcionou até Engenheiro Schmidt para levar visitantes a uma exposição de arte nesta cidade.

O local foi tombado em 2007, como patrimônio cultural ferroviário pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN).

Em 2022 o prédio estava em boas condições e parte dele ainda constava como sendo ocupado pela concessionária VLI.

1927
AO LADO:
Reforma na estação (O Estado de S. Paulo, 1/3/1927).

Quando pela vez primeira, pisei o milagroso solo da Alta Araraquarense, embora com outro destino, foi em São José do Rio Preto, onde me pus em contato com o dinâmico povo desta região. Saltando na gare da EFA, confesso lealmente, não me impressionou bem o seu aspecto naquela manhã chuvosa de dezembro de 1928. É que, vindo como vim, de terra distante, trazia entretanto já formado o meu juízo a respeito dessa magnífica cidade, cujo progresso e dinamismo conhecia através de de comentários de conterrâneos e amigos. O pátio da velha estaçãozinha ferroviária, igualmente lamacento e esburacado, contribuía para que pior fosse a minha impressão e dos que ali aportavam" (...).

1928
AO LADO:
Impressões de Rio Preto em 1928 (Extraído por Jezualdo d'Oliveira, de: Anísio Moreira: Centenário de São José do Rio Preto - 1852-1952, 1952).

1939
AO LADO:
A demolição da estação (O Estado de S. Paulo, 17/5/1939).

1941
AO LADO:
A nova estação já estava pronta em fevereiro, mas somente seria aberta quando o interventor viesse inaugurar (O Estado de S. Paulo, 13/2/1941).


ACIMA: A estação de São José do Rio Preto, possivelmente nos anos 1950, com uma fila de taxis estacionada à sua frente (Cessão Nelson Ozanic de Araujo).

1957
AO LADO:
Proposta ligação ferroviária da estação com Ituiutaba, MG (O Estado de S. Paulo, 10/2/1957)

ACIMA: Segundo Alberto A. Ravagnani, este postal de 1978 mostra uma locomotiva GP de primeira versão da pintura FEPASA, com carros de aço da Mafersa e ar condicionado, com carros Pulmann e retaurante, um de primeira e dois de segunda classe e ainda um carro de primeira classe da ex-Paulista (Cessão Alberto Ravagnani em 2023).

ACIMA: Plataforma da estação, vazia em outubro de 2000. Mas o trem de passageiros ainda parava ali (Foto Benny Oliva).

ACIMA: Vista de parte da plataforma da estação de São José do Rio Preto com a placa identifidora em foto de 29/10/2018 (Foto Edi Cleiton Sampaio Olivio).

(Fontes: Pesquisa local - Ralph M. Giesbrecht; Nelson Ozanic de Araujo; Rafael Nogueira de Morais; Amarildo Cristiano Neri; Edmilson R. Marques; José H. Bellorio; Hermes Y. Hinuy; Paulo Cury; Rodrigo Cabredo; Anísio Moreira: Centenário de São José do Rio Preto, 1852-1952, 1952; O Estado de S. Paulo, 1939 e 1957; Folha da Manhã, 1941; Centenário de São José do Rio Preto, 1852-1952; Mapas - acervo Ralph M. Giesbrecht)
     

A estação de São José do Rio Preto, em 1912. Foto do livro "Centenário de São José do Rio Preto, 1852-1952"

A estação de São José do Rio Preto, em 1927. Foto do livro "Centenário de São José do Rio Preto, 1852-1952"

A estação de São José do Rio Preto, já atual, em 1952. Foto do livro "Centenário de São José do Rio Preto, 1852-1952"

A estação, lado da plataforma, sem data. Autor desconhecido

A estação em 08/1999. Foto José H. Bellorio

A estação em 12/04/2001. Foto Hermes Y. Hinuy

Trem de passageiros na plataforma da estação, em 1988. Foto Paulo Cury

A estação em 26/09/2001. Foto Rodrigo Cabredo

A estação em 26/09/2001. Foto Rodrigo Cabredo

No pátio da estação, o trem da Ferronorte, em 26/09/2001. Foto Rodrigo Cabredo

A estação em 02/2005. Foto Edmilson R. Marques

A estação em 17/02/2009. Foto Amarildo Cristiano Neri

A estação em 17/02/2009. Foto Amarildo Cristiano Neri
   
     
Atualização: 15.04.2023
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.