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Q R S T U
VXY Mogiana em MG
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Cimenrita
Ambuitá
Amador Bueno (até 1985)
Amador Bueno-nova (após 1985)
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Tronco EFS-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2013
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E. F. Sorocabana (1949-1971)
FEPASA (1971-1994)
CPTM (1994-2010)
AMBUITÁ (antiga IRACEMA)
Município de Itapevi, SP
Linha-tronco - km 40,070 (1960)   SP-0894
Altitude: 766 m   Inauguração: 19.09.1949
Uso atual: demolida em 2010   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1985
 
 
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga.
 
A ESTAÇÃO: Inaugurada como Parada Iracema, em 1949, foi rebatizada como Ambuitá em 1952. Diz-se que o nome veio da junção das duas primeiras letras das palavras da estação seguinte (Amador Bueno) com as três primeiras da anterior anterior (Itapevi).

"Meus avós tinham uma pequena chácara em Ambuitá. Passei toda a infância por lá, embora morasse com meus pais em São Paulo. Entre as diversões de garotos daquela época (e que não eram poucas), uma delas era catar o máximo possível de tampinhas de refrigerantes e cervejas e distribuí-las ao longo dos trilhos para depois resgatá-las amassadas tipo chapinha. Outra era colecionar passagens, aquelas que o chefe de trem picotava quando passava entre os carros. Estas passagens eram numeradas e direcionadas. Exemplo: De São Paulo a São Roque, de Osasco à Mairink e tantas outras. As repetidas havia trocas com a garotada toda. Nesta época, fins dos anos 1950 e início dos anos 1960, o fluxo ferroviário era intenso. Havia trens de subúrbios (Toshiba) com bastante frequência, trens de carga e os chamados de longos percursos: Ouro Branco, Ouro Verde, Bandeirantes, os carros marrons, etc" (Luiz Carvalheiro, 14/5/2008).

A estação, com um novo prédio desde 21/06/1985, passou a servir aos trens urbanos do trecho final dos subúrbios da FEPASA, hoje pertencentes à CPTM, atendida com os velhos trens japoneses. a estação ficava ao lado da passagem de nível da linha, sobre a estrada que liga a Itapevi-Mailaski à vila de Ambuitá.

"As bilheterias existentes nas estações Amador Bueno, Ambuitá e Santa Rita visavam agilizar a transferência entre os modais da Fepasa (entre trem japonês e trem francês), embora os usuários ainda pudessem adquirir o bilhete na própria estação Itapevi. A única exceção era por conta da Parada Cimenrita, que não era dotada de bilheteria e tão pouco de sanitários públicos e que também acomoda apenas três carros do trem japonês. Hoje resta apenas a bilheteria exclusiva da estação Itapevi, as demais das outras estações foram fechadas em 1997 em decorrência de diversos assaltos que sofreram nos últimos tempos em que estiveram em operação. Embora seja gratuito o transporte na Extensão Operacional (trecho Itapevi-Amador Bueno), os passageiros que fazem baldeação para o Metropolitano em Itapevi deviam obrigatoriamente pagar passagem para prosseguir viagem rumo a capital" (Ricardo Koracsony, 02/2005).

A CPTM chamava esta e as outras quatro estações da extensão da linha B de paradas, justamente porque elas funcionaram apenas como ponto de embarque e desembarque, sem nenhuma infraestrutura, até sua desativação.

Em 30 de abril de 2010, o último trem metropolitano, o Toshiba mais do que cinquentenário, passou pela estação, que foi então fechada para reforma da linha que deveria demorar no mínimo 18 meses. Foi demolida logo depois disso. Não foi reconstruída no trecho novo, - reaberto início de abril de 2014, tendo demorado 4 anos e não 1 e meio para isso como era previsto.

Aliás, o nome Ambuitá não é citado mais em local algum, em placa alguma, nas rodovias (Estrada Velha de Itu, que se chama - ou chamava - até pouco tempo Estrada de Ambuitá naquele trecho) e SP-29 (Itapevi-Marechal Rondon). Ambuitá acabou.

Em abril de 2014, a CPTM lançou um comunicado de que poderia, sim, reconstruir a estação, mas somente depois do recomeço da operação da nova linha, que foi inaugurada finalmente em 3/4/2014. Tal não aconteceu pelo menos até março de 2019.


ACIMA: Trem da então FEPASA na estação de Ambuitá, provavelmente segunda metade dos anos 1980 (Autor desconhecido).

ACIMA: A entrada para a estação em 2004 (Foto Carlos Roberto de Almeida).

ACIMA: Trem da CPTM parado na estação, anos 2000, naturalmente antes do fechamento da estação em meados de 2010 (Foto Alexandre Pisciotanno).

ACIMA: Em foto de 2013, pontilhão refeito para a passagem da linha reformada da "extensão operacional" da linha 8 da CPTM, reforma esta feita entre 2010 e 2014. Reparem que as sustentações são de pedra e devem datar de 1928, quando a linha da Sorocabana foi duplicada nesse trecho. A estação ficava à esquerda do pontilhão (aqui visto do lado do acesso da SP-29 à antiga estação). Hoje não há nem vestígios dela. Passando por baixo do pontilhão, a estrada velha de Itu é o que se encontra. Seguindo para a direita, chega-se à rodovia Castelo Branco com o nome de Estrada de Ambuitá (hoje mudou de nome) e para a esquerda, em terra, vai-se para bairro de Coruruquara, em Santana de Parnaíba, na divisa tripla com Itapevi e Araçariguama (Foto Ralph M. Giesbrecht em 31/12/2013).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Alexandre Pisciotanno; Luiz Carvalheiro; Artur F. Silva; Carlos R. Almeida; Wiliiam Gimenez; Ricardo Koracsony; E. F. Sorocabana: relatórios anuais, 1950-69; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação nos anos 1990. Foto cedida por William Gimenez

A estação em 21/05/1998. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação em 08/2002. Foto Ricardo Koracsony

A estação com as duas plataforma, uma de cada lado da linha, em 01/2005. Foto Ricardo Koracsony

A bilheteria fechada em 1997, em 01/2005. Foto Ricardo Koracsony

Acesso à estação, em 01/2005. Foto Ricardo Koracsony

A bucólica fachada da estação, em 01/2005. Foto Ricardo Koracsony

A estação em 28/01/2008. Foto Artur F. Silva
 
     
Atualização: 10.03.2019
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.