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Cia. Paulista de
Estradas de Ferro (1897-1931) |
CANELA-VELHA
Município de Brotas, SP |
Ramal de Jaú - km - |
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SP-1059 |
Altitude: - |
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Inauguração: 01/02/1897 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: O ramal de
Jaú foi construído pela Cia. Rio-clarense entre 1885 e 1887, ligando
a estação original de Visconde do Rio Claro a Jaú. Entre 1929 e 1931,
já com a Paulista, esse ramal sofreu uma retificação entre
as estações de Campo Alegre e de Dois Córregos, mantendo apenas a
estação de Torrinha em seu lugar entre os dois extremos da obra. Em
1941, o ramal foi totalmente reformulado e teve a bitola ampliada
e foi eletrificado, além de ter sido juntado com os ramais de Agudos
e de Bauru para formar o tronco oeste da Paulista. Nos anos 70, o
nome ramal de Jaú ainda persistia nos horários de trens do Guia Levi,
apesar de oficialmente não existir mais a denominação. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Canela (velha) foi aberta em 1897, pela Paulista (cf. caixa abaixo, de 1895).
Como consequência
da retificação do traçado da linha, em 1/5/1931, o ainda posto telegráfico
foi desativado para dar lugar à estação de Canela-nova.
O antigo
prédio acabou ficando perdido, fora da linha, no meio do mato e
demolido, talvez pela própria Paulista. Ficava a cerca de 3
km da atual linha férrea.
Uma casa, provavelmente da vila ferroviária,
encontra-se próximo ao local onde um dia a estação
esteve. As pessoas a chamam de estação velha de Canela
(Canela-velha), mas na realidade, parece que não é:
embora haja restos de um dístico na lateral alta da casa, esta
parece diferente do prédio fotografado em 1918 por Filemon
Peres (ver abaixo) e além do mais, não parece ter
ou ter tido uma plataforma, e também não é de
tijolinhos, como são, por exemplo, as estações
remanescentes de Ventania e de Taboleiro,as velhas,
até hoje de pé. Não há dúvida,
entretanto, pelas características do leito junto a ela, que
a linha antiga passava a seu lado. R. Cabredo encontrou ali,
ainda, cravos de trilhos.
"A posição dela é perpendicular
à estrada para Torrinha e também à linha que passa por Canela-nova.
Fica a uns 3 km da linha nova. Não tem como ser a estação, não tem
nada a ver, note a moldura das janelas, a extensão das águas; na da
Rio Clarense as janelas eram emolduradas por tijolinhos e eram duas
por face. Esta só tem uma e é bem estreita. Não há o menor indício
de ter havido uma plataforma, mesmo curta, como aparece na foto de
1918.
"É indiscutível que a linha passava por lá: em 1992, quando lá
estive a primeira vez, achei um prego de linha já bem carcomido revolvido
entre areia e pedras. O amuleto está comigo e guardo com muito carinho.
Impressionante o edifício resistir até hoje sem manutenção nenhuma.
Inclusive ainda apresenta o forro de madeira no teto. Enfim: infelizmente,
essa casinha não parece ser Canela-velha, a não ser
que tenha passado por uma grande reforma que a tenha descaracterizado.
De qualquer forma, é um milagre que essa casinha tenha sobrevivido
todos esses anos; hoje, está tomada pelo mato" (Rodrigo
Cabredo, 02/2007).
(Veja também CANELA)
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1895
AO LADO: A estação citada no artigo entre Brotas e Torrinha deve ter sido a estação de Canela-velha (aberta em 1897). A de Espraiado-velha havia sido aberta pouco antes (O Estado de S. Paulo, 29/8/1895). |
(Fontes: Relatórios anuais da Cia.
Paulista; Rodrigo Cabredo, 1997; Caio de Almeida Oliveira, 2007) |
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A estação, em 1918. Foto do álbum dos 50
anos da Cia. Paulista |
A casinha de turma próxima à antiga estação,
em 11/2006. Foto Caio de Almeida Oliveira |
A casinha de turma próxima à antiga estação,
em 11/2006. Foto Caio de Almeida Oliveira |
A mesma casinha vista de outro ângulo, em 02/2007. Foto
Rodrigo Cabredo |
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Atualização:
26.12.2020
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