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(1955-2001)
Matão
Dobrada-nova
Santa Ernestina
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Tronco EFA-1970
IBGE-1956
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2000
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E. F. Araraquara
(c.1952-1971)
FEPASA (1971-1998) |
DOBRADA-NOVA
Município de Dobrada, SP |
Tronco novo (bitola larga) - km 53,600
(1960) |
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SP-0105 |
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Inauguração: c.1952 |
Uso atual: abandonada |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: c.1952 |
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HISTORICO DA LINHA: A Estrada
de Ferro de Araraquara (EFA) foi fundada em 1896, tendo sido o primeiro
trecho aberto ao tráfego em 1898. Em 1912, já com problemas financeiros,
a linha-tronco chegou a São José do Rio Preto. Somente em 1933, depois
de ter sido estatizada em 1919, a linha foi prolongada até Mirassol,
e em 1941 começou a avançar mais rapidamente, chegando a Presidente
Vargas em 1952, seu ponto final à beira do rio Paraná. Em 1955, completou-se
a ampliação da bitola do tronco para 1,60m, totalmente pronta no início
dos anos 60. Em 1971 a empresa foi englobada pela Fepasa. Trens de
passageiros, nos últimos anos somente até São
José do Rio Preto, circularam até março de 2001, quando
foram suprimidos. |
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A ESTAÇÃO: A estação nova
de Dobrada foi inaugurada com a linha nova de bitola larga,
entre 1950 e 1955, a três quilômetros da cidade. Em 1986, ainda estava
aberta e em estado "regular", segundo o relatório de instalações
fixas da Fepasa desse ano. Quando lá estive em 16/09/2000, a estação
já estava completamente abandonada e depredada. O próprio acesso a
ela estava em péssimo estado, uma picada
de terra num lugar ermo que sai da rodovia asfaltada que liga Dobrada
à rodovia Faria Lima. "Ao verificar a fotografia
no (seu) site pude verificar o descaso das autoridades locais com
tal patrimônio ao longo dos anos. A pequena estação ora se apresenta
apenas como ruína. Sem história, sem alma para quem a vê pela primeira
vez. É uma pena. Pois, para mim, aquela estação sempre vai estar viva
e intacta. Apesar de inativa há vários anos, porém com as estruturas
conservadas, ali nós acostumávamos aventurar longas tardes, no início
da década de 1980, em pé, sentados ou mesmo deitados na sombra daquela
longa plataforma ainda intacta, descansando, pois
ACIMA: A fotografia acima foi tomada do viaduto sobre
a linha na rodovia, mostrando a estação à esquerda
e o armazém à direita, ambos abandonados há mais
de uma década. O acesso à estação pode
ser feito somente a pé, partindo da rodovia (Foto Darlei Teixeira
em 2012).
subíamos de bicicleta quase três quilômetros para chegar lá,
à espera das máquinas que ali passavam para entortar as moedas
que colocávamos nos trilhos, além de instigar de modo positivo o maquinista
e os passageiros da composição. Nas férias escolares, era freqüente
nossa permanência naquela estação, toda a molecada, porque, por ser
afastada do centro da cidade, localizada na zona rural mesmo, o silêncio
imperava e ouvíamos apenas os sons da mata e dos pássaros (enquanto
não surgia o trem, lógico) e podíamos explorar cada milímetro de solo
e construção, imaginado as histórias de cada uma das pessoas que por
ali embarcaram ou desembarcaram, quem construiu a estação, quem ali
trabalhou e etc. Para mim era como se fosse um retiro espiritual aqueles
momentos que ali permanecíamos, mesmo sem saber (pela tenra idade)
o que isso significava. Inesquecíveis como pode perceber. Mas, infelizmente
hoje a pequena estação de Dobrada está lesada em toda sua estrutura,
permanecendo, ainda, apenas algumas peças mais resistentes ao tempo
e ao descaso" (Paulo da Silveira Leite, Matão, SP, em
03/2006). (Veja também DOBRADA)
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Darlei
Teixeira; Paulo da Silveira Leite; Douglas Razaboni; Rafael Corrêa;
Relatórios oficiais da EFA, 1930-60; Guia Geral de Estradas
de Ferro do Brasil, 1960; IBGE, 1956; Mapas - acervo Ralph M. Giesbrecht)
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Entrada da estação, em 16/09/2000. Foto Ralph
M. Giesbrecht |
Plataforma (16/02/2000). Foto Ralph M. Giesbrecht |
Armazém (16/09/2000). Foto Ralph M. Giesbrecht |
Em 01/2005, a estação já bem mais depredada
do que em 2000. Foto Douglas Razaboni |
Em 01/2005, também o armazém, bem mais depredado
do que em 2000. Foto Douglas Razaboni |
A estação em 2/3/2009. Foto Rafael Corrêa |
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Atualização:
15.12.2012
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