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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Alfredo Maia
São Cristóvão
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Ramal para Ilha das Moças: Ilha das Moças
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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E. F. Central do Brasil - Linha Auxiliar (1902-1965)
E. F. Leopoldina (1965-1975)
RFFSA (1975-1997)
ALFREDO MAIA (antiga INICIAL)
Município do Rio de Janeiro, RJ
Linha Auxiliar - km 0 (1928)   RJ-1279
Altitude: 2,461 m   Inauguração: 07.01.1902
Uso atual: demolida   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1925
 
 
HISTORICO DA LINHA: A chamada E. F. Melhoramentos foi construída a partir de 1892. Em 1895 foi aberta a linha entre a estação de Mangueira e a da atual Honorio Gurgel. Em março de 1898 foi entregue o trecho até Paraíba do Sul. Até Três Rios foi logo em seguida e em 1911 alcançou Porto Novo do Cunha, anexando o ramal deste nome, que teve a bitola reduzida para métrica, a mesma da Auxiliar. O traçado da serra, construído em livre aderência e com poucos túneis, foi projetado por Paulo de Frontin, um dos incorporadores da estrada. Em 1903, a E. F. Melhoramentos já havia sido incorporada à E. F. Central do Brasil e passou a se chamar Linha Auxiliar. No final dos anos 1950, este antigo ramal foi incorporado à E. F. Leopoldina. A linha, entre o início e a estação de Japeri, onde se encontra com a Linha do Centro pela primeira vez, transformou-se em linha de trens de subúrbios, que operam até hoje; da mesma forma, a linha se confunde com a Linha do Centro entre as estações de Paraíba do Sul e Três Rios, onde, devido à diferença de bitolas entre as duas redes, existe bitola mista. A linha da Auxiliar teve o traçado alterado nos anos 1970 quando boa parte dela foi usada para a linha cargueira Japeri-Arará, entre Costa Barros e Japeri, ativa até hoje, bem como para trens metropolitanos entre o Centro e Costa Barros. Entre Japeri e Três Rios, entretanto, a linha está abandonada já desde 1996.
 
A ESTAÇÃO: A estação foi aberta em 7/1/1902, com o nome de Estação Inicial, quando se inaugurou também o trecho entre esta estação e a de Ilha das Moças, aumentando, portanto, a quilometragem da linha Auxiliar. Até então, a linha iniciava-se na estação da Mangueira, que agora passaria a ficar a cerca de 2,5 quilometros da futura estação de Alfredo Maia, ainda então conhecida por Inicial (cf. Max Vasconcellos, 1928).

Em 1905 ganhou o nome que homenageava o engenheiro Alfredo Eugênio de Andrade Maia, ministro da Viação entre 1900 e 1902 e também diretor da linha (cf. Max Vasconcellos, 1928).

Divergências na data de inauguração da estação:
Há uma notícia publicada no jornal "O Estado
de S. Paulo" de 23/12/1906, que diz que "na próxima quarta-feira (ou seja, dia 26/12/1906) será inaugurada, na linha Auxiliar da Central do Brasil, a estação Alfredo Maia, estabelecida na Praia Formosa". Seria aqui alguma inauguração oficial de uma estação que, embora já tivesse o nome de Alfredo Maia, somente agora estivesse pronta? Cita-se, também, como data de abertura o dia 7/1/1901.

Entre 1923 e 1925, a estação passou por uma grande reforma, quando da implantação da linha dupla da Auxiliar no seu primeiro trecho até a estação de São Matheus, com 27 km, estação esta que passou a se chamar Galdino Rocha homenageando o responsável pela direção deste empreendimento.

"A linha-tronco da Auxiliar começa na rua Figueira de Mello e junto à estação Lauro Muller, da linha de bitola larga. A sua primeira estação chama-se Alfredo Maia" (Max Vasconcellos, 1928).

De 1936 até 1941, a estação também serviu aos trens de bitola larga de passageiros de longa distância da Central (ver caixas abaixo) enquanto se construía a nova estação de D. Pedro II.

Nos anos 1950, a estação foi desativada, passando os trens a saírem da estação de Barão de Mauá, da Leopoldina, na mesma época em que esta assumiu o controle da Linha Auxiliar. Também saíam de Francisco Sá e de Pedro II, dependendo do horário. A estação de Alfredo Maia passou então a ser um depósito de material rodante, que mais tarde se tornou um cemitério de sucata ferroviária.

A estação propriamente dita foi demolida, sobrando já em 2003 somente alguns galpões em petição de miséria. "A estação de Alfredo Maia foi demolida durante os anos 1960 ou início dos 1970. Ela era vizinha de fundos da estação Barão de Mauá, da Leopoldina, só que com acesso pela praça da Bandeira. Ao fundo desta, podia-se ver a localização da estação Alfredo Maia, a estação de passageiros, a de cargas, e o depósito de locomotivas. Todo esse local foi transformado num pequeno abrigo de TUEs, que operavam a partir de Barão de Mauá, e hoje, apesar de também não haver mais operação de trens nesta última, as instalações deste abrigo ainda estão de pé. A linha da Auxiliar corria paralela à da Leopoldina, até a estação São Cristóvão, onde se juntavam à linha da Central.

Mais à frente, próximo ao morro da Mangueira, ambas seguiam até Triagem, de onde seguiam seus caminhos separados. Nos anos 1960, iniciou-se a modificação das bitolas da Auxiliar e Leopoldina para 1,60m, eletrificadas, sendo suprimida a operação das locomotivas a vapor nessas linhas de subúrbio, e por conseqüência, da estação Alfredo Maia. Na linha Auxiliar foi inicialmente mantida a bitola mista para a operação de trens cargueiros. A linha Auxiliar seguia um traçado mais ou menos paralelo ao da Central através dos subúrbios, até se encontrarem em Japeri.

De lá, ela seguia por um vale vizinho ao da Central, subindo a serra a partir de Conrado, atingindo o alto da serra em Governador Portela. Daí seguia por Miguel Pereira, Paty do Alferes, Avelar e Paraíba do Sul. Durante a reorganização realizada pela Rede a partir de 1957, e com a supressão das linhas de Nova Friburgo e Petrópolis, esta linha passou a ser operada pela Leopoldina. Todo este trecho foi abandonado pela FCA em 1995 ou 96, sendo que aparentemente não existe nenhuma intenção de reativá-lo. As instalações de oficinas de Governador Portela foram demolidas no começo de 2002, e a depredação em todo o trecho é bem visível
" (relato de Juan e Christoffer Ray, 2002).

1917
AO LADO:
Mudança de chefe na estação de Alfredo Maia; outras estações da linha também passam pelo processo (O Estado de S. Paulo, 24/01/1917)
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ACIMA: Cortejo fúnebre (... de quem?) na estação de Alfredo Maia (Revista da Semana, 1918).

ACIMA: A estação em 1918 (A Rua, 9/6/1918).

1924
AO LADO:
O movimento de bilhetes (passagens para os trens) na estação de Alfredo Maia (O Estado de S. Paulo, 28/5/1924)
.


ACIMA: Na estação de Alfredo Maia, o carro-administração da Central sai com o Engenheiro Carvalho Araújo para inaugurar a linha duplicada até Honório Gurgel na Auxiliar (O Malho,
23/8/1924).

1926
AO LADO:
Descarrilamento em Alfredo Maia (O Estado de S. Paulo, 15/9/1926)
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1927
AO LADO: Controle de passageiros nas estações da Auxiliar (O Estado de S. Paulo, 5/10/1927).

1928
AO LADO:
O movimento de bilhetes (passagens para os trens) na estação de Alfredo Maia em 1928 (Folha da Manhã, 28/3/1928)

1931
AO LADO: Acidente próximo à estação de Alfredo Maia (O Estado de S. Paulo, 9/4/1931).

1934
AO LADO: Acidente em Alfredo Maia (O Estado de S. Paulo, 14/1/1934).


ACIMA: Alfredo Maia - provav. anos 1920.
1936
AO LADO:
Durante os anos 1930, a estação substituiu a Dom Pedro II para saída dos trens de bitola larga devido às obras da nova estação (Jornal do Brasil, 8/12/1936).

1938
AO LADO:
Acidente na estação de Alfredo Maia (O Estado de S. Paulo, 26/10/1938)

1940
AO LADO:
Tombamneto de vagão na estação de Alfredo Maia (O Estado de S. Paulo, 16/1/1940)

1941
AO LADO:
Incêndio de vagão na estação de Alfredo Maia (O Estado de S. Paulo, 19/2/1941)

1941
AO LADO:
Seria o fim da linha para a estação de Alfredo Maia? (O Estado de S. Paulo, 15/6/1941)
ACIMA: Em 2010, carros ferroviários em Alfredo Maia somente existiam em forma de sucata (Foto Antonio Pastori).

(Fontes: Benício Guimarães; Anderson Silva; Antonio Pastori; Juan __; Christoffer Ray; A Rua, 1918; O Estado de S. Paulo, 23/12/1906, 1924, 1926 e 1938; EFCB: Relatório anual, 1925; Folha da Manhã, 1928; O Malho, 1924; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

Pátio de Alfredo Maia em 1908. Foto cedida por Christoffer Ray

Pátio de Alfredo Maia em 1908. Foto cedida por Christoffer Ray

A estação. Foto publicada em A Rua, de 24/3/1919

O pátio da estação em 1925, depois da reforma. Foto do relatório da EFCB de 1925.

Oficinas de Alfredo Maia, anos 1990. Foto Benício Guimarães

As oficinas em 1998. Foto Benício Guimarães

Casa ferroviária que restou em Alfredo Maia. Foto Anderson, 03/2007

Casa ferroviária que restou em Alfredo Maia. Foto Anderson, 03/2007

Este portão era a saída dos passageiros da estação. Por sobre ela, está o elevado das linhas para a Central, construído em 1906. Daqui sai o acesso para a Praça da Bandeira.

A estação em 2010. Logo depois foi demolida. Foto Antonio Pastori

Plataforma da estação em 2010. Foto Antonio Pastori
 
     
Atualização: 10.07.2023
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.