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VXY Mogiana em MG
Indice - estações da linha
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Itatiaia
Nhangapi
Engenheiro Passos
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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E. F. Dom Pedro II (1874-1889)
E. F. Central do Brasil (1889-1975)
RFFSA (1975-1996)
NHANGAPI (antiga ITATIAIA)
Município de Itatiaia, RJ
Ramal de São Paulo - km 211,108 (1928)   RJ-4022
Altitude: -   Inauguração: 02.01.1874
Uso atual: demolida   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1874?
 
 
HISTORICO DA LINHA: Em 1869, foi constituída por fazendeiros do Vale do Paraíba a E. F. do Norte (ou E. F. São Paulo-Rio), que abriu o primeiro trecho, saindo da linha da SPR no Brás, em São Paulo, e chegando até a Penha. Em 12/05/1877, chegou a Cachoeira (Paulista), onde, com bitola métrica, encontrou-se com a E. F. Dom Pedro II, que vinha do Rio de Janeiro e pertencia ao Governo Imperial, constituída em 1855 e com o ramal, que saía do tronco em Barra do Piraí, Província do Rio, atingindo Cachoeira no terminal navegável dois anos antes e com bitola larga (1,60m). A inauguração oficial do encontro entre as duas ferrovias se deu em 8/7/1877, com festas. As cidades da linha se desenvolveram, e as que eram prósperas e ficaram fora dela viraram as "Cidades Mortas"... O custo da baldeação em Cachoeira era alto, onerando os fretes e foi uma das causas da decadência da produção de café no Vale do Paraíba. Em 1889, com a queda do Império, a E. F. D. Pedro II passou a se chamar E. F. Central do Brasil, que, em 1896, incorporou a já falida E. F. do Norte, com o propósito de alargar a bitola e unificar as 2 linhas. O primeiro trecho ficou pronto em 1901 (Cacheoira-Taubaté) e o trecho todo em 1908. Em 1957 a Central foi incorporada pela RFFSA. O trecho entre Mogi e São José dos Campos foi abandonado no fim dos anos 1980, pois a construção da variante do Parateí, mais ao norte, foi aos poucos provando ser mais eficiente. Em 31 de outubro de 1998, o transporte de passageiros entre o Rio e São Paulo foi desativado, com o fim do Trem de Prata, mesmo ano em que a MRS passou a ser a concessionária da linha. O transporte de subúrbios, existente desde 1914 no ramal, continua hoje entre o Brás e Estudantes, em Mogi e no trecho D. Pedro II-Japeri, no RJ.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Itatiaya (na nomenclatura antiga) foi inaugurada em 1874. Este nome se manteve até 1943, quando passou a chamar-se Nhangapi.

Neste mesmo ano, o nome de Itatiaia passou a nomear a estação do km 203, que era originalmente Campo Bello e depois passora a Barão Homem de Mello em 1919.

É o professor Marcos Cotrim de Barcellos quem explica (em 2019):
"Tivemos na região DUAS estações: a de Campo Bello (1874), que se chamou Barão Homem de Mello em 1919, e a de Itatiaya, que assim se chamou até 1943, quando passou a chamar-se Nhangapi. A confusão provém do fato que em 1943 o DISTRITO de Campo Bello, que ainda existia então, passou a chamar-se Itatiaia, continuando esta estação chamada de Barão Homem de Mello (pelo menos por algum tempo)".

Não tenho dados para confirmar o que escrevo agora, mas o Brasil deve ser o país no mundo que mais altera os nomes de localidades, prejudicando e dificuldando muito o estudo de sua história. Há muitas controvérsias sobre as trocas de nomes, de prédios e de datas no caso das estações de Nhangapi, Barão Homem de Mello e de Itatiaia. Não tenho dados para confirmar o que escrevo nas páginas destas estações neste site, mas o Brasil é provavelmente um dos países no mundo que mais altera os nomes de localidades, prejudicando e dificultando muito o estudo de sua história.

Veja também ITATIAIA.

1892
À ESQUERDA: Acidente na estação de Itatiaya da época, hoje Nhangapi (O Estado de S. Paulo, 21/5/1892).

1931 - ACIMA: Desastre ferroviário com o NP-4 (Noturno Paulista) entre as estações de Itatiaia (Nhangapi) e Homem de Mello (Itatiaia) em 1931 (Revista da Semana, 11/7/1931).

(Fontes: Carlos Latuff; Simone Viana; Juliana Luscher; Revista da Semana, 1931; Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Communicação, 1928; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

Da antiga estação de Nhangapi somente restou a plataforma coberta de mato, em 02/2008. Foto Carlos Latuff, para o estudo das arquitetas Simone Viana e Juliana Luscher para o IPHAN
     
Atualização: 16.08.2022
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.