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VXY Mogiana em MG
Indice de estações
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Leitão da Cunha
Trajano de Morais
Doutor Loretti
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Saída para o ramal de Mendes de Morais (1896-1965): Santo Ignacio
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: N/D
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Cia. E. F. Barão de Araruama (1891-1890)
E. F. Leopoldina (1890-1963)
TRAJANO DE MORAIS
(antiga VENTANIA)
Município de Trajano de Morais, RJ
Ramal de Santa Maria Madalena - km 333,843 (1960)   RJ-1857
Altitude: 679 m   Inauguração: 17.08.1891
Uso atual: desconhecido   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: O ramal que ligava Entroncamento (Conde de Araruama) a Ventania (Trajano de Morais) teve a linha entregue em 1878 até Conceição e no ano seguinte até Triunfo (Itapuá) e Ventania, pela E. F. Barão de Araruama. Somente em 1896, já com as linhas de posse da Leopoldina, foi entregue a continuação até Visconde do Imbé e em 1897 a Manoel de Morais. Antes disso, em 1891, o engenheiro Ambrosino Gomes Calaça havia aberto uma linha entre Ventania e Santa Maria Madalena, estabelecendo outro ramal. Logo após a inauguração, a linha foi vendida À E. F. Santa Maria Madalena, e em 1907 à Leopoldina. Dependendo da época, a linha principal era Conde de Araruama-Madalena, ou Conde de Araruama-Manoel de Morais, com o outro trecho sendo o ramal, ou seja, passando por baldeação ou espera em Trajano de Morais. Em 31/08/1965, o trecho a partir de Triunfo foi suprimido, ou seja, o entroncamento de Trajano de Morais já não era alcançado. Os trens de passageiros ali já tinham sido suprimidos em 31 de março de 1963. Em 1966 ou 1967, o que restava do ramal acabou de vez. Ficou, entretanto, o trecho entre Conde de Araruama e Conceição de Macabu ainda funcionando para a Usina Victor Sence, até o início dos anos 1990. Com a sua desativação, os trilhos foram arrancados.
 
A ESTAÇÃO: A estação foi inaugurada com o nome de Ventania, em 1891.

Em 1892, passou a se chamar Trajano de Morais.

A última viagem no ramal, com a locomotiva partindo da estação de Santa Maria Madalena, foi relatada nove anos depois do fim por um escritor local: "Cheguei a participar da despedida do trem, em Trajano, bem como acreditar que um dia ele voltaria.... Hoje,sou um pequeno empresário no Rio de Janeiro, ainda passo por lá, sendo a última vez dia 13.11.2004, quando visitei meu tio Francisco, que mora em Doutor Loretti" (Elias de Toledo Pinto, 19/11/2004).

"Lembro-me bem do derradeiro dia em que o trem deixou a estação. Com sonoro e melancólico toque do sino é dada a saída precisamente às 6 horas e 20 minutos. Muita gente lá estava para a despedida. Vagarosamente vai deslizando pelos trilhos até a curva da chácara do Américo Lima. Aí faz uma paradinha, ouvindo-se um agudo e angustioso apito, fazendo de conta como se fosse um adeus para sempre. E lá se foi pela estrada afora, deixando uma baforada de fumaça que pouco a pouco foi desaparecendo. O carro misto de 1a e 2a classe estava todo ornamentado de hortênsias azuis e rosas, repleto de passageiros. Por onde ele passou, Loreti, Trajano de Moraes, Leitão da Cunha, o trecho da serra, vendo-se lá embaixo o rio Triunfo e o Conceição, as manifestações de despedida foram as mais sentidas e expressivas (...)" (Octavio Fajardo Rodrigues, 1975).

O dia da extinção do trem foi 31 de março de 1963.



ACIMA: Recepção ao interventor federal na época do Estado do Rio de Janeiro em Trajano de Moraes em 1923 (O Malho, 2/6/1923). ABAIXO: Idem, 1923 (Fon-fon, 9/6/1923).


ACIMA: O trem da Leopoldina em Trajano de Moraes, anos 1960. Não duraria muito ali (Acervo Ricardo Quintero de Mattos). ABAIXO: O último trem de passageiros em Trajano de Moraes, em 29/3/1963 (Acervo Mário Guimarães, de Santa Maria Madalena, RJ).


ACIMA: Carimbo de 1894 da estação de Trajano de Moraes, que então se localizava no município de São Francisco. Pertencia à E. F. Leopoldina e anteriormente à E. F. Barão de Araruama. As malas postais, permutadas diariamente, expedidas pela Administração Federal (do Rio de Janeiro), seguiam pelas Barcas da Companhia Leopoldina até o porto de Maruí, daí pela E. F. Leopoldina (Linha do Litoral) até Conde de Araruama, em seguida, pela mesma ferrovia, através do ramal de Barão de Araruama ao destino (Marcio Protzner, 12/7/2009).
(Fontes: Mário Guimarães; Octavio Fajardo Rodrigues; Ricardo Quintero de Mattos; Elias de Toledo Pinto; O Malho, 1923; Resumo Histórico da Leopoldina Railway, 1938; Revista da Semana, 1906; Jornal do Brasil, 1964; Fon-fon, 1923; Cyro Pessoa Jr.: Estudo Descritivo das Estradas de Ferro do Brasil, 1886; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1932-84; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação de Trajano de Moraes em 1906. Revista da Semana, 18/2/1906

A estação ainda funcionando. Foto sem data, cedida por Mário Guimarães, de Santa Maria Madalena, RJ

A estação ainda funcionando. Foto sem data, cedida por Mário Guimarães, de Santa Maria Madalena, RJ
 
     
Atualização: 14.08.2017
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.