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Cia. Mogiana de
Estradas de Ferro (1898-1971) |
FAVEIRO
Município de Tambaú, SP |
Linha-tronco original - km 215,079 |
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SP-0821 |
Altitude: 824 m |
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Inauguração: 1898 |
Uso atual: moradia (2016) |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1901 |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha-tronco da Mogiana teve o primeiro trecho inaugurado em 1875,
tendo chegado até o seu ponto final em 1886, na altura da estação
de Entroncamento, que somente foi aberta ali em 1900. Inúmeras retificações
foram feitas desde então, tornando o leito da linha atual diferente
do original em praticamente toda a sua extensão. Em 1926, 1929, 1951,
1960, 1964, 1971, 1973 e 1979 foram feitas as modificações mais significativas,
que tiraram velhas estações da linha e colocaram novas versões nos
trechos retificados. A partir de 1971 a linha passou a ser parte da
Fepasa. No final de 1997, os trens de passageiros deixaram de circular
pela linha. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Faveiro foi inaugurada em 1898.
Em 1904, por esta estação passou o comboio da Mogiana, proveniente de São Paulo com baldeação em Campinas, como parte da grande viagem de Cornelio Schmidt com a finalidade de reconhecimento parte das "terras desconhecidas e povoada por índios" do estado de São Paulo", conforme escrito a seguir:
"Aquém da estação de Faveiro torna-se a entrar nos cerrados, mas de areia e algumas manchas de café ruim e maltratado e assim continua-se até a estação de Sucuri, tendo ao lado da estrada alguns espigões mais elevados de terra boa e com café". (Anais do Museu Paulista, tomo XV, São Paulo, 1961 - Cornélio Schmidt: Diário de uma viagem pelo sertão de São Paulo, realizada em 1904, p. 353).
ACIMA: Em 1904, a estação de Faveiro é citada no texto de Cornelio Schmidt, publicado em seu Diario já citado anteriormente. A estação também é mostrada no canto nordeste no mapa o Estado, acima, como ponto de desembarque da ferrovia e posterior ponto de partida para a citada viagem a cavalo pelos desconhecidos terrenos e matas do interior desconhecido - CLIQUE SOBRE O MAPA PARA VÊ-LO EM TAMNHO MAIOR.
Com a abertura da variante Tambaú-Bento Quirino, em
1971, a estação ficou fora da nova linha. A estação foi, em seguida, invadida
e começou a ser depredada. Mas sobreviveu até que, em 1981, seus atuais
ocupantes, uma família simples, alugou-a da Fepasa e depois, arrematou-a
em leilão.
A estação é uma construção curiosa, onde as duas
casas, do armazém e da estação, eram separadas por um muro contínuo.
O aspecto externo não se alterou. De acordo com o morador, em 1999,
a estação de passageiros era o que então era a construção pintada
de branco; a que continuava de tijolinhos, seria o que foi o armazém.
Ainda achavam-se parafusos da linha pelo chão.
Em 2015, todas as casas do antigo vilarejo estavam em pé: a estação,
a casa do chefe, a do pessoal da conserva etc. e todas serviam como
moradia. O local era conhecido como Bairro Faveiro.
A foto de baixo, colorida, na qual aparece um caminhão estacionado,
mostra o lado da plataforma em 2015; árvores frutíferas estavam
plantadas onde um dia passaram os trilhos da Mogiana.
ACIMA: Em 1970, a estação de Faveiro aparece à direita no mapa, enquanto o sítio do mesmo nome aparece do outro lado. Junto a este, está a linha da variante Tambaú-Bento Quirino, ainda em construção; a linha original está junto à estação e fecharia çlogo depois (IBGE).
ACIMA: Capela e poço com um sino junto
ao antigo pátio da estação de Faveiro (Foto Luiz
Claudio Vieira Lopes em fevereiro de 2015).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht - pesquisa
local; Luiz Claudio Vieira Lopes; Antonio C. Britto; Cesar Sacco;
Mogiana: Relatórios oficiais, 1875-1969 e especialmente o relatório
para 1898, de 15/6/1899; Mogiana: Listagem oficial de estações,
1937; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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A estação, c. 1910. Foto cedida por César
Sacco. |
O pomar no pátio de Faveiro (24/04/1999). Foto Ralph
M. Giesbrecht |
A fachada (24/04/1999). Foto Ralph M. Giesbrecht |
A estação (24/04/1999). Foto Ralph M. Giesbrecht |
A estação (24/04/1999). Foto Ralph M. Giesbrecht |
O conjunto estação-armazém, em 04/2009.
Foto Antonio C. Britto |
A antiga estação em 2/2015. A outra parte da estação
está ao fundo, escondida pela cerca em primeiro plano.
Foto Luiz Claudio Vieira Lopes |
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Atualização:
01.07.2022
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