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Q R S T U
VXY Mogiana em MG
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(1972-2001)
Coronel José Egídio-nova
Tambaú-nova
Santos Dumont-nova
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Tronco CM-1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2003
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Cia. Mogiana de Estradas de Ferro (1959-1971)
FEPASA (1971-1998)
TAMBAÚ-NOVA
Município de Tambaú, SP
Variante Tambaú-Bento Quirino - km 194,394 (1986)   SP-0295
Altitude: -   Inauguração: 28.12.1959
Uso atual: almoxarifado da Prefeitura (2015)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1959
 
 
HISTORICO DA LINHA: A variante construída pela Mogiana foi entregue parte entre 1948 e 1951, sendo trerminada somente em 1959. Começando na estação de Lagoa Branca, ela seguiu a oeste do tronco original e atingiu Baldeação, deixando na primeira fase as estações de Cocais, Papagaios, Casa Branca, Briaréu e Cel. Correa fora dos trilhos. Por outro lado, criou na variante três estações novas, Joaquim Libânio, Casa Branca e Cel. Correa. Em 1959, foi a vez das estações de Brejão, Baldeação, Cel. J. Egidio e Tambaú ficarem fora da linha, que passou pelo norte da linha original e se ligou à estação de Faveiro, ainda na linha antiga. Baldeação, por sua vez, ficou ligada por um curto ramal à estação de Cel. Correa-nova, até 1967, quando esse ramal desapareceu de vez. Cel. J. Egidio e Tambaú ganharam versões novas na variante.
 
A ESTAÇÃO: A linha nova entre Casa Branca e Tambaú estava sendo explorada e projetada desde 1924 e por ela os trens poderiam trafegar entre as duas estações sem passar pela Serra dos Arrependidos onde a cota era mais alta: 828 m, enquanto no projeto a cota era de 717 m (ref. Relatório da CMEF para o ano de 1924).

A estação de Tambaú-nova foi aberta em 1959, juntamente com a de Coronel José Egídio-nova. Construída fora da cidade, a estação substituiu a antiga, em pleno centro, desativada quando da abertura do trecho Coronel Correa-Tambaú, que completou a variante Lagoa-Tambaú.

A estação nova tem um estilo mais moderno e bonito; estava bem cuidada até a extinção da Fepasa, em 1998, apesar do abandono a que fora relegada.

De 1973 a 1980, Alarico Ramos do Prado foi chefe da estação, que fica. Está no limite da zona urbana da cidade, e para se chegar a ela, havia (pelo menos em 2003, quando lá estive pela última vez) de se trafegar por dois quarteirões de ruas não asfaltadas.

Era, conforme narrado no início do capítulo referente a este trecho da linha, um dos pontos de cruzamento de trens de passageiros. "Os trens PM1 (vindo de Campinas) e PM2 (de Araguari) cruzavam lá (em Tambaú-nova) e eu, enquanto esperava o cruzamento, dava uma voltinha a pé pela estação para ver aqueles antigos cofres, os aparelhos de staff, etc.. Na fachada, há um grande logotipo C.M. Perto dali, há o único túnel da linha. Antigamente, eles cruzavam em Ribeirão, Evangelina, São Simão, Cravinhos, Canaã, dependendo do atraso. Hoje, cruzam em lugar nenhum, foram cortados... já sabe, se privatizarem a Fepasa esse trem não volta, porque foi suprimido antes... era simpático. Havia duas composições. Uma tinha dois ou três carrinhos de aço-carbono, construídos pela C.M. em 61, e um restaurante, também desta data, e era também de aço-carbono. O outro trem era de aço-inox, com janelas ovais com dois ou três carros da Mafersa, de 1961, e um restaurante. Então, de Campinas saia um dia um trem, e um dia outro. Saía às 9 da manhã de Campinas e no domingo saía às 10, porque era o trem Bandeirante da Refesa, com leitos, etc. Dava para pegar o PP-1 na Luz e chegar a tempo, porque o Bandeirante só saía quando chegava o PP-1 em Campinas.

"Eu peguei muito este trem, e descia em Evangelina, onde residem meus parentes. Lembro-me de um dia em que eu estava almoçando no carro-restaurante, quando o trem adentrou a estação de Aguaí. Naquele momento, tive uma premonição: um dia isso vai acabar. Dito e feito. Ultimamente, um carro era reservado para carregar a miséria para cima e para baixo. Mendigos com passe da prefeitura. Que contraste... Começou transportando a esperança de progresso, a riqueza, nossos imigrantes e terminou transportando o fracasso, a pobreza, a falta de perspectiva... O que fizeram com nossas ferrovias? Quando o trem passa pela linha nova, nas imediações de Cerrado e Santos Dumont, é perfeitamente possível ver a linha velha serpenteando paralelamente à nova. Pode-se ver lastro, dormentes e algumas estações antigas, já fora da linha atual. A linha nova cruzou o ramal de 0,60 que ali existia e existe ali uma estação (Cerrado), que fica perto da linha nova. Agora, só passando de carro para ver
". O texto, escrito por Rodrigo Cabredo em outubro de 1998, mostra o que era a Mogiana, na região de Tambaú, no final dos anos 1980 e até fins de 1997.

Desde 11 de setembro de 1997, data da extinção dos trens de passageiros na linha, somente trens de carga passam por ela.

Em fins de 2000 a estação foi invadida, vandalizada e incendiada. No trecho atual da linha, dali os trens seguem para Santos Dumont. No dia das fotos abaixo, alguns vagões de carga estavam estacionados em seus desvios, e pode-se ver, ao fundo, um vagão enferrujado, de passageiros. Em 2015, a estação era o almoxarifado da Prefeitura.

(Veja também TAMBAÚ)


ACIMA: Notícia da inauguração da variante Casa Branca-Tambaú (final da variante Lagoa-Tambaú) em 1959 - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA LER A REPORTAGEM TODA (O Estado de S. Paulo, 29/12/1959).

ACIMA: Esquema do pátio de Tambaú-nova em novembro de 1968 (Clique sobre a figura para ter maiores informações) (Acervo Museu da Companhia Paulista, Jundiaí, SP - Reprodução Caio Bourg).

ACIMA:
Em 1970, podemos ver no mapa as três linhas que existiam: uma vinha do sul do mapa, passava por dentro da cidade de Tambaú e se encontrava fora da cidade com a variante Lagoa-Tambaú, pronta desde o ano de 1959 e que aparece vindo do canto direito superior do mapa. Ela seguia então para o canto esquerdo superior no mapa e ali estava ainda em operação; logo ao sul dela, a variante Tambaú-Bento Quirino, ainda em construção para ser entregue em 1971. A estação de Tambaú-nova aparece ao norte da cidade e também funcionava desde 1959. Já a estação velha, dentro da cidade e junto à linha da Mogiana já abandonada e já não funcionava como tal (IBGE).
ACIMA
: Patio da estação de Tambaú-nova, foto de 2013 (Foto Carlos Roberto de Almeida, em 15/12/2013).

ACIMA: Estação de Tambaú-nova, fachada, foto de 1/2/2015 (Foto Luiz Claudio Vieira Lopes).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Weder Teixeira; Luiz Claudio Vieira Lopes; Antonio A. Gorni; Paulo Cury; Elly Roberto de Oliveira Jr.; Carlos R. Almeida; O Estado de S. Paulo, 29/12/1959).
     

A estação, sem data, com o trem da Mogiana. Foto cedida por Antonio A. Gorni

A estação em 1985. Foto Paulo Cury

Vista da estação ao longe (24/05/1999). Foto Ralph M. Giesbrecht

Estação de Tambaú-nova (24/05/1999). Foto Ralph M. Giesbrecht

Tambaú-nova vista da plataforma (24/05/1999). Foto Ralph M. Giesbrecht

Pátio de Tambaú-nova, em 2001. Foto Elly Roberto de Oliveira Jr.

A estação em 15/12/2013. Foto Carlos R. Almeida

A estação em 28/8/2018. Foto Silvio Rizzo

A estação (fachada) em 28/8/2018. Foto Silvio Rizzo
     
Atualização: 12.07.2022
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.