|
|
Cia. Mogiana de
Estradas de Ferro (1959-1971)
FEPASA (1971-1998) |
TAMBAÚ-NOVA
Município de Tambaú, SP |
Variante Tambaú-Bento Quirino
- km 194,394 (1986) |
|
SP-0295 |
Altitude: - |
|
Inauguração: 28.12.1959 |
Uso atual: almoxarifado da Prefeitura (2015) |
|
com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1959 |
|
|
|
HISTORICO DA LINHA: A variante
construída pela Mogiana foi entregue parte entre 1948 e 1951, sendo
trerminada somente em 1959. Começando na estação de Lagoa Branca,
ela seguiu a oeste do tronco original e atingiu Baldeação, deixando
na primeira fase as estações de Cocais, Papagaios, Casa Branca, Briaréu
e Cel. Correa fora dos trilhos. Por outro lado, criou na variante
três estações novas, Joaquim Libânio, Casa Branca e Cel. Correa. Em
1959, foi a vez das estações de Brejão, Baldeação, Cel. J. Egidio
e Tambaú ficarem fora da linha, que passou pelo norte da linha
original e se ligou à estação de Faveiro, ainda na linha antiga. Baldeação,
por sua vez, ficou ligada por um curto ramal à estação de Cel. Correa-nova,
até 1967, quando esse ramal desapareceu de vez. Cel. J. Egidio e Tambaú
ganharam versões novas na variante. |
|
A ESTAÇÃO: A linha nova entre Casa Branca e Tambaú estava sendo explorada e projetada desde 1924 e por ela os trens poderiam trafegar entre as duas estações sem passar pela Serra dos Arrependidos onde a cota era mais alta: 828 m, enquanto no projeto a cota era de 717 m (ref. Relatório da CMEF para o ano de 1924).
A estação
de Tambaú-nova foi aberta em 1959, juntamente com a de Coronel
José Egídio-nova. Construída fora da cidade,
a estação substituiu a antiga, em pleno centro, desativada
quando da abertura do trecho Coronel Correa-Tambaú,
que completou a variante Lagoa-Tambaú.
A estação
nova tem um estilo mais moderno e bonito; estava bem cuidada até
a extinção da Fepasa, em 1998, apesar do abandono a
que fora relegada.
De 1973 a 1980, Alarico Ramos do Prado foi
chefe da estação, que fica. Está no limite da zona urbana da cidade,
e para se chegar a ela, havia (pelo menos em 2003, quando lá
estive pela última vez) de se trafegar por dois quarteirões
de ruas não asfaltadas.
Era, conforme narrado no início do capítulo referente a este trecho
da linha, um dos pontos de cruzamento de trens de passageiros. "Os
trens PM1 (vindo de Campinas) e PM2 (de Araguari) cruzavam lá (em
Tambaú-nova) e eu, enquanto esperava o cruzamento, dava uma voltinha
a pé pela estação para ver aqueles antigos cofres, os aparelhos de
staff, etc.. Na fachada, há um grande logotipo C.M. Perto dali, há
o único túnel da linha. Antigamente, eles cruzavam em Ribeirão, Evangelina,
São Simão, Cravinhos, Canaã, dependendo do atraso. Hoje, cruzam em
lugar nenhum, foram cortados... já sabe, se privatizarem a Fepasa
esse trem não volta, porque foi suprimido antes... era simpático.
Havia duas composições. Uma tinha dois ou três carrinhos de aço-carbono,
construídos pela C.M. em 61, e um restaurante, também desta data,
e era também de aço-carbono. O outro trem era de aço-inox, com janelas
ovais com dois ou três carros da Mafersa, de 1961, e um restaurante.
Então, de Campinas saia um dia um trem, e um dia outro. Saía às 9
da manhã de Campinas e no domingo saía às 10, porque era o trem Bandeirante
da Refesa, com leitos, etc. Dava para pegar o PP-1 na Luz e chegar
a tempo, porque o Bandeirante só saía quando chegava o PP-1 em Campinas.
"Eu peguei muito este trem, e descia em Evangelina, onde residem meus
parentes. Lembro-me de um dia em que eu estava almoçando no carro-restaurante,
quando o trem adentrou a estação de Aguaí. Naquele momento, tive uma
premonição: um dia isso vai acabar. Dito e feito. Ultimamente, um
carro era reservado para carregar a miséria para cima e para baixo.
Mendigos com passe da prefeitura. Que contraste... Começou transportando
a esperança de progresso, a riqueza, nossos imigrantes e terminou
transportando o fracasso, a pobreza, a falta de perspectiva... O que
fizeram com nossas ferrovias? Quando o trem passa pela linha nova,
nas imediações de Cerrado e Santos Dumont, é perfeitamente possível
ver a linha velha serpenteando paralelamente à nova. Pode-se ver lastro,
dormentes e algumas estações antigas, já fora da linha atual. A linha
nova cruzou o ramal de 0,60 que ali existia e existe ali uma estação
(Cerrado), que fica perto da linha nova. Agora, só passando de carro
para ver". O texto, escrito por Rodrigo Cabredo
em outubro de 1998, mostra o que era a Mogiana, na região de Tambaú,
no final dos anos 1980 e até fins de 1997.
Desde 11 de setembro de 1997, data da extinção dos trens
de passageiros na linha, somente trens de carga passam por ela.
Em fins de 2000 a estação foi invadida, vandalizada
e incendiada. No trecho atual da linha, dali os trens seguem para
Santos Dumont. No dia das fotos abaixo, alguns vagões de carga
estavam estacionados em seus desvios, e pode-se ver, ao fundo, um
vagão enferrujado, de passageiros. Em 2015, a estação
era o almoxarifado da Prefeitura.
(Veja também TAMBAÚ)
ACIMA: Notícia da inauguração da
variante Casa Branca-Tambaú (final da variante Lagoa-Tambaú)
em 1959 - CLIQUE SOBRE A FIGURA PARA LER A REPORTAGEM TODA (O Estado
de S. Paulo, 29/12/1959).
ACIMA: Esquema do pátio de Tambaú-nova
em novembro de 1968 (Clique sobre a figura para ter maiores informações)
(Acervo Museu da Companhia Paulista, Jundiaí, SP - Reprodução
Caio Bourg).
ACIMA: Em 1970, podemos ver no mapa as três linhas que existiam: uma vinha do sul do mapa, passava por dentro da cidade de Tambaú e se encontrava fora da cidade com a variante Lagoa-Tambaú, pronta desde o ano de 1959 e que aparece vindo do canto direito superior do mapa. Ela seguia então para o canto esquerdo superior no mapa e ali estava ainda em operação; logo ao sul dela, a variante Tambaú-Bento Quirino, ainda em construção para ser entregue em 1971. A estação de Tambaú-nova aparece ao norte da cidade e também funcionava desde 1959. Já a estação velha, dentro da cidade e junto à linha da Mogiana já abandonada e já não funcionava como tal (IBGE).
ACIMA: Patio da estação
de Tambaú-nova, foto de 2013 (Foto Carlos Roberto de Almeida, em 15/12/2013).
ACIMA: Estação
de Tambaú-nova, fachada, foto de 1/2/2015 (Foto Luiz Claudio
Vieira Lopes).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Weder Teixeira; Luiz
Claudio Vieira Lopes; Antonio A. Gorni; Paulo Cury; Elly Roberto de
Oliveira Jr.; Carlos R. Almeida; O Estado de S. Paulo, 29/12/1959). |
|
|
|
A estação, sem data, com o trem da Mogiana. Foto
cedida por Antonio A. Gorni |
A estação em 1985. Foto Paulo Cury |
Vista da estação ao longe (24/05/1999). Foto Ralph
M. Giesbrecht |
Estação de Tambaú-nova (24/05/1999). Foto
Ralph M. Giesbrecht |
Tambaú-nova vista da plataforma (24/05/1999). Foto Ralph
M. Giesbrecht |
Pátio de Tambaú-nova, em 2001. Foto Elly Roberto
de Oliveira Jr. |
A estação em 15/12/2013. Foto Carlos R. Almeida
|
A estação em 28/8/2018. Foto Silvio Rizzo |
A estação (fachada) em 28/8/2018. Foto Silvio Rizzo |
|
|
|
|
Atualização:
12.07.2022
|
|