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VXY Mogiana em MG

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Domingos de Morais
imperatriz Leopoldina
Presidente Altino
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Saída para o ramal de Jurubatuba (1957-1979): Parada Jaguaré
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Tronco EFS-1935

Guia SP-1995
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2017
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E. F. Sorocabana (1931-1971)
FEPASA (1971-1994)
CPTM (1994-)
IMPERATRIZ LEOPOLDINA
(antigo ARMAZÉM REGULADOR e KM 11)
Município de São Paulo, SP
Linha-tronco - km 11,000 (1934); km - 12.000 (1960) (*)   SP-2021
Altitude: -   Inauguração: 1931
Uso atual: estação de trens metropolitanos   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1979
(*) As quilometragens foram alteradas em 1928, devido às retificações feitas entre São Paulo e Iperó neste ano
 
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga.
 
A ESTAÇÃO: Qual teria sido a origem da estação do km 11, hoje Imperatriz Leopoldina? Durante muitos anos, no início do século XX, atendeu atendeu ao recebimento de cargas, com o nome de Armazém Regulador, um tipo de função que se destinava a descongestionar o pátio da estação de Barra Funda, onde se concentrava o grande armazenamento de café que a Sorocabana recebia e trazia para São Paulo, ou para consumo da capital ou para depois seguir viagem para o porto de Santos. O pátio desse armazém ficava no lado oposto da linha em relação à frente da estação, que dava, como hoje, para a rua Guaipá.

É possível que houvesse uma parada simples ali por muitos anos, sendo impedida de atender o público por estar na zona privilegiada da SPR - São Paulo Railway, depois E. F. Santos a Jundiaí.

Em 1931, passou a constar na listagem de estações e paradas da Sorocabana com o nome de km 11 (esta foi a data que pus como a de inauguração), mas isso não significa que já não atendesse a passageiros eventuais, que, aliás, deveriam ser raros, pois o bairro tinha ainda baixa população nessa época. passou a receber também passageiros.

Porém, curiosamente, quando o bairro de Villa Leopoldina foi loteado, no ano de 1894, o loteador previu a construção de uma estação com o nome de Villa Leopoldina, ou seja, o nome do bairro. O prédio, aqui reproduzido, jamais foi construído, assim como não se sabe quando teria sido construído o primeiro edifício para bilheteria e para abrigar passageiros na espera e desembarque nos trens. Teria sido somente o prédio de 1966?

Em 1957, o pátio da estação passou a ser o ponto de saída de trilhos para os trens do ramal de Jurubatuba, aberto em 25 de janeiro desse ano.

Para receber os passageiros dos trens de subúrbio mais adequadamente, em 1966 foi construído um prédio para a parada, que sobreviveu cerca de 12 anos, até a construção da atual estação, aberta em 1979. E é somente a partir deste ano que se encontra o nome da estação, não somente como sendo Imperatriz Leopoldina, mas também como ponto de parada: guias Levi, por exemplo, não citam nenhuma vez essa estação até esse ano de 1979.

O guia de 1953 da EFS não a cita, bem como o Guia Geral das Ferrovias do Brasil de 1960. Devia ser uma parada apenas eventual quando houvesse embarque ou desembarque em trens de subúrbios.

Hoje, a estação serve aos trens metropolitanos da CPTM. Ainda funcionou como armazém de cargas para a FEPASA por muito tempo. A estação está situada no final da avenida Imperatriz Leopoldina, na esquina com a rua Guaipá, no Jaguaré, e foi aberta em 25/01/1979.


ACIMA: Projeto para a estação de Villa Leopoldina em 1894. O desenho é desse ano e consta do documento do loteamento. O prédio jamais foi construído, ou por falta de interesse da Sorocabana ou por não ter sido autorizado pela SPR. Notar que o desenho foi reproduzido já bastante remendado (Reproduzido de: Manoel Rodrigues Lobo Junior: Vila Leopoldina, como te viram e como te vêem, edição do autor, 2 de outubro de 1986).
1917
AO LADO:
Os problemas do bairro de Vila Leopoldina com a "zona privilegiada" da São Paulo Railway. O problema perdurou ainda por muitos anos (O Estado de S. Paulo, 25/3/1917).
1920
AO LADO:
Os bairros pedem uma estação (O Estado de S. Paulo, 8/7/1920).
1926
AO LADO:
Agora são os vereadores que pedem a estação (O Estado de S. Paulo, 17/1/1926).

ACIMA: Grande desastre na estação em 1926 - CLIQUE SOBRE O ARTIGO PARA VER O ARTIGO INTEIRO (O Estado de S. Paulo, 13/10/1926).

OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS: 1926 - Extensão dos desvios para 500 m


ACIMA: A estação nos anos 1930; Seria o prédio da direita ou o da esquerda? De qualquer forma, era bem diferente do atual. "Nota-se a bitola mista. Ela era necessária devido à zona de privilégio da SPR. Por isso se tem a bitola mista entre a Água Branca e complexo do Jaguaré, saindo de Altino (essa bitola mista ia até a Cobrasma em Osasco). Já pude ver imagens de vagões EFSJ em Altino, mas nunca vi locomotivas, embora já tenha escutado relatos de maquinistas de English e Lambreta irem até Altino e/ou na Cobrasma, nunca vi uma imagem dessa operação. A bitola mista ainda chega hoje até Carapicuíba. A verdade é que até os anos 1960, pelo menos, e provavelmente por causa do quartel de Quitaúna, ainda havia bitola mista até esse ponto (Texto Thomas Correa e Wil Uon, 2015. Foto de autor desconhecido, acervo Thomas Correa).
ACIMA: Em 1963, a coisa esquentou na estação por causa da demora do "subúrbio" (Folha de S. Paulo, 12/3/63).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Paulo Vinicius; Alberto H. Del Bianco; O Estado de S. Paulo, 1917; Manoel Rodrigues Lobo Junior: Vila Leopoldina, como te viram e como te vêem, edição do autor, 2 de outubro de 1986; E. F. Sorocabana: relatórios anuais, 1875-1969; Guia SP, 1995; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

Pátio da estação antiga de Imperatriz Leopoldina, provavelmente anos 1970. Foto Alberto H. Del Bianco

Plataforma da estação, nos anos 1990. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação da CPTM, em 02/10/1998. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação da CPTM, em 02/10/1998. Foto Ralph M. Giesbrecht

Plataforma da estação em 02/2007. Foto Paulo Vinicius
 
     
Atualização: 29.09.2021
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.