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VXY Mogiana em MG
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Barão de Rezende
Montana
Costa Pinto
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Saída para o ramal de Artemis: Artemis
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seção Ituana - 1935
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Mapa HRR, 1995/96
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IGGSP-1928
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 1998
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Cia. Ituana (1887-1892)
Cia. União Sorocabana e Ytuana (1892-1907)
Sorocabana Railway (1907-1919)

E. F. Sorocabana (1919-1966)
MONTANA (antiga CHAVE)
Município de Piracicaba, SP
Ramal de Piracicaba - km 244,366   SP-2485
Altitude: 483 m   Inauguração: 1887
Uso atual: demolida   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1908 (já demolido)
 
 
HISTORICO DA LINHA: O ramal de Piracicaba foi construído pela Cia. Ituana a partir de 1873, partindo da estação de Itaici, na linha, também da Ituana, entre Jundiaí e Itu. Em 1892, houve a fusão com a Sorocabana, formando a Cia. União Sorocabana e Ytuana (CUSY). Em 1893 o ramal chegou a São Pedro, ponto terminal, 58 km à frente de Piracicaba, onde havia chegado em 1877. A Ituana foi definitivamente incorporada pela Sorocabana em 1905, com a compra da CUSY pelo grupo americano de Percival Farquar. O ramal - algumas vezes chamado também de ramal de São Pedro - teve o trecho final, entre Piracicaba e São Pedro, suprimido para trens de passageiros em 1966 e seus trilhos foram retirados em 1980. Até esta época, ainda seguiam cargas para a Usina Costa Pinto e para a Dedini. O tráfego de passageiros entre Itaici e Piracicaba acabou em 15/2/1977, último dia de circulação e cinco dias antes do centenário da linha, enquanto trens de carga continuaram trafegando cada vez menos até meados dos anos 1980. Por volta de 1990, os trilhos, já abandonados, foram retirados pela agora FEPASA.
 
A ESTAÇÃO: Embora a estação de Chave apareça na relação de estações da Sorocabana apenas a partir de 1908, é sabido que já existia naquele ponto um posto desde vários anos antes, tanto que, em 1899, o pequeno prédio havia sido reconstruído.

A estação original parece ter sido construída quando da inauguração do ramal de João Alfredo (depois de Artêmis), em 1887, que começava exatamente aqui.

Em 1908, um novo prédio, maior, foi inaugurado.

Em 1934, foi classificada como posto telegráfico de categoria A (*).

Pela estação passava um ramal de bitola métrica, de cerca de 30 km, pertencente ao Engenho Central (que por sua vez era um dos seis engenhos existentes no Brasil da empresa francesa Societé Sucreries Bresiliennes), para o transporte de cana e derivados, e que se estendia desde a sede do Engenho Central, a oeste da ponte ferroviária e na margem direita do rio Piracicaba, margeando a linha da Sorocabana a leste desta, passando pela estação de Barão de Rezende e continuando paralela à linha principal até esta estação, onde fazia uma curva para a direita, para terminar mais à frente em terras ainda do Engenho Central.

Em 1953, o nome do posto foi alterado para Montana, depois de, por muitos anos, chamar-se somente Chave, derivado de Chave do Corumbataí, nome utilizado e encontrado pelo menos durante a segunda década do século (1919), devido ao fato de estar à beira deste rio e da ponte sobre ele, que era cruzada pelo ramal de João Alfredo (depois, de Artemis). O nome Montana teria sido dado em homenagem ao primeiro encarregado de via permanente no lugar, que tinha esse nome.

Em 1962, o ramal de Artêmis foi desativado. Montana foi finalmente desativada em 1966, com o fim das operações do trecho Piracicaba-São Pedro.

Foi demolida, e, no local onde ela estava, às margens do rio Corumbataí, existia em 1998 um descampado, cercado com arame, e algo que, visto de longe, poderia ter sido uma plataforma. A seguir, uma ponte metálica, ainda com alguns trilhos, cruzava o Corumbataí, sendo isso o que restava então do ramal de Artêmis. Na cabeceira dessa ponte, uma pequena favela.

* Segundo o Relatório Anual de 1934 da EFS, "À categoria A ficaram pertencendo os diversos postos que funccionavam como si fossem estações de 4a classe, isto é, onde, além do serviço de trens, havia venda de bilhetes, despachos de encommendas, bagagens, mercadorias, animaes, valores e serviços telegraphico, em trafego proprio e mutuo, com os fretes calculados pela propria distancia".

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; José Pinto Siqueira Jr.; O Estado de S. Paulo, 29/4/1919; E. F. Sorocabana: relatórios anuais, 1892-1969; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

Trilhos, ainda, ao lado de restos de plataforma, em 1980. Foto José Pinto Siqueira Jr.

Outro aspecto da desolação que era Montana em 1980. Foto José Pinto Siqueira Jr.

Restos do que um dia foi a estação de Montana (11/05/1998). Foto Ralph M. Giesbrecht
     
     
Atualização: 05.02.2017
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.