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Rede Mineira de
Viação (1931-1965)
V. F. Centro-Oeste (1965-1975)
RFFSA (1975-1996) |
JURITI
Município de Varginha, MG |
Linha Cruzeiro-Juréia -
km 198,420 (1960) |
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MG-2758 |
Altitude: 821 m |
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Inauguração: 05.01.1931 |
Uso atual: demolida (2014) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d (já demolido) |
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HISTORICO DA LINHA: A
linha Cruzeiro-Tuiuti (depois Juréia) era originalmente parte
da E.F. Muzambinho, que iniciou as atividades em 1887, entre Três
Corações e Muzambinho, e parte da E. F. Minas e Rio,
que operava o trecho Cruzeiro-Três Corações desde
1884, e que em 1908 incorporou a Muzambinho. Em 1910, esta foi uma
das formadoras da Rede Sul-Mineira, que por sua vez formou a Rede
Mineira de Viação, em 1931. Em 1965 esta formou a Viação
Férrea Centro Oeste e foi finalmente transformada em divisão
da RFFSA em 1971. Na linha que unia a estação de Cruzeiro,
no ramal de São Paulo da EFCB, a Juréia, terminal do
ramal de Juréia, da Mogiana, o trecho final entre esta estação
e Varginha já não tem mais seus trilhos. Os trens de
passageiros foram suprimidos em 1966 entre Varginha e Juréia
e em 1983 entre Cruzeiro e Três Corações. De 1997
ao fim de 2001, operaram trens turísticos da ABPF a vapor entre
Cruzeiro e Passa-Quatro e hoje esses trens trafegam entre o túnel
(Estação Cel. Fulgencio) e Soledade de Minas. Cargueiros
da FCA utilizaram a linha Três Corações-Varginha
até cerca de 2010. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Juriti foi aberta em 1931.
Em 20 de março de 1978, o trem de passageiros entre Três
Corações e Varginha foi desativado definitivamente.
Em 2009, apenas a caixa d'água continuava intacta; também estavam
preservadas a represa que a abastecia, situada a algumas dezenas de
metros atrás da caixa, num morro, e a canalização que levava a água
até ela. A canalização foi interrompida num ponto e a caixa estava
aparentemente vazia. Quanto à estação, os únicos sinais visíveis eram
a plataforma de embarque e os trilhos que sustentavam a cobertura.
Até o início da década de 1970, quando se circulava de bicicleta por
lá, o prédio ainda existia.
No local que fica às margens do rio Verde, existiam inúmeras casas
e pequenas chácaras, que não podiam ser vistas nas fotos abaixo, encobertas
pelas árvores. Registros antigos informam como sendo Porto das
Farinhas o primeiro nome da localidade. O mecanismo que aciona
a saída da água, semelhante a uma imensa torneira, era impressionante.
Os trilhos estavam bem conservados. O trem de carga ainda chegava
até Varginha raramente em julho de 2012, trazendo insumos importados
por uma fábrica de fertilizantes. Em 2014 ainda se mantinha ao lado
dos restos da antiga estação uma caixa dágua,
que pode ser vista abaixo em foto de 2002.
ACIMA: Linha passando por Juriti. ABAIXO:
Torneira de escoamento da caixa d'água ainda existente no antigo
pátio ferroviário em Juriti (Fotos Afonso Henrique Paione
de Carvalho, 10/2009).
ACIMA: Fábrica da FERTIPAR, onde em
2012 estava o fim do percurso ferroviário em Varginha. O cargueiro
vindo de Três Corações carrega e descarrega na
fábrica (é possível ver-se vagões estacionados)
e volta, no sentido para a direita da fotografia. A partir dali, a
linha não tem uso. Entre a planta e o final da fotografia,
uma ponte ferroviária metálica, retratada na foto abaixo
(Google Maps, 8/7/2012). ABAIXO: Ponte ferroviária metálica
citada acima (Foto Ralph M. Giesbrecht, 5/7/2012).
ACIMA: A "estrada para Juriti"
mostra o caminho para a antiga estação hoje desaparecida
de Juriti. A distância desta para a fábrica da FERTIPAR
é de cerca de 1,5 km, sentido para a esquerda (Google Maps,
8/7/2012).
(Fontes: Carlos Cornwall; Afonso Henrique Paione
de Carvalho; Marco Giffoni; Correio do Sul, 28/3/1978; www.blogdomadeira.com.br;
Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960) |
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A estação de Juriti em 1906. www. blogdomadeira.com.br
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A estação, à direita, e a caixa d'água
em primeiro plano, em 1935. Foto cedida por Marco Giffoni |
A caixa d'água ainda resiste, mas, no meio da vegetação
que cresceu ao longo dos trilhos... |
... a estação de Juriti foi demolida, deixando
em 11/2002 apenas como lembrança a plataforma e as travas
da sua velha cobertura. Fotos Rodrigo Pereira, cedidas por Afonso
Henrique Paione de Carvalho |
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Atualização:
22.06.2017 |
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