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          | The Porto Alegre 
            and New Hamburg Brazilian Ry. (1874-1905) Cie. Auxiliaire des Chemins de Fer au Brésil (1905-1920)
 V. F. Rio Grande do Sul (1920-1975)
 RFFSA (1975-1984)
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          |  SÃO 
            LEOPOLDO Município de São Leopoldo, RS
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          | Linha PA-Uruguaiana (até 1938) Linha de Caxias - km 33 (1960)
 |  | RS-0033 |   
          | Altitude: 10 m |  | Inauguração: 14.04.1874 |   
          | Uso atual: museu (2021) |  | sem trilhos |   
          | Data de construção do 
            prédio atual: 1874 |   
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          | HISTORICO DA LINHA: A linha Porto 
            Alegre-Caxias foi aberta no trecho entre a Capital e São Leopoldo 
            em 1874, como a primeira ferrovia do Estado. Em 1876 foi prolongada 
            até a estação de Novo Hamburgo. Em 1905, a Cie. 
            Auxiliaire assumiu a linha. Apenas em 1909 a linha teve continuação, 
            partindo de Rio dos Sinos, 7 km antes de Novo Hamburgo e chegando 
            até Carlos Barbosa, e, no ano seguinte, até Caxias (Caxias 
            do Sul). Em 1920 a linha foi assumida pela VFRGS. Foi desativada nos 
            anos 1980; o trecho até São Leopoldo foi retificado 
            e serve hoje ao sistema Trensurb da Grande Porto Alegre (trens metropolitanos); 
            entre Rio dos Sinos e Montenegro, a linha foi erradicada em 1963, 
            substituída por uma variante; para a frente, existem trilhos 
            ainda em alguns pedaços, mas oficialmente a ferrovia a partir 
            de Montenegro foi extinta em 1994 pela RFFSA. |   
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          | A ESTAÇÃO: A estação 
            de São Leopoldo foi inaugurada em 1874 como ponto final 
            da primeira ferrovia do Rio Grande do Sul, a The Porto Alegre and 
            New Hamburg Brazilian Railway. O prédio chegou pré-fabricado 
            da Inglaterra e foi montado no espaço a ele destinado. 
 Em 1876, a linha foi completada até Novo Hamburgo.
 
 No final do século XIX, a estação foi aumentada, 
            com a inclusão de mais um corpo que ganhou uma janela da então 
            recem-demolida estação original de Porto Alegre, 
            que era igual.
 
 Em 1905 foi assumida pela Cie. Auxiliaire, e, em 1920, pela VFRGS.
 
 Em 1907, a descrição de um livro desse ano referia-se 
            a ela como sendo "um edifício de madeira, sobre alicerces 
            de alvenaria, em forma de chalé com a área de 21,70 
            x 7,10 m, dando frente para o logradouro público, do qual tem 
            acesso por uma porta. Para a plataforma tem 3 portas cobertas por 
            alpendres. Está dividido em vestíbulo, sala para bilheteria, 
            idem para escritório e telégrafo e um buffet".
 
 A partir de 1909, a estação passou a servir às 
            linhas de Caxias e de Porto Alegre-Uruguaiana, até 
            1937, quando foi aberta a variante ligando Diretor Pestana 
            a Barreto, encurtando em 50 km a linha para Uruguaiana 
            e evitando a passagem pela estação, que passou a atender 
            apenas as linhas para Caxias e Canela.
 
 Em 1912, um ramal (desvio) de 11 km para a Pedreira São Borja, 
            da empresa João Correa e Filhos entraria em operação, 
            facilitando o envio de pedras para as construções de 
            Porto Alegre.
 
 "Foi na estação de São Leopoldo, numa manhã de julho de 1959. 
            Eu estava na estação, lá pelas 7 da manhã. Ouvi o zum-zum: o Padre 
            Cláudio passa hoje por aqui. No desvio estava uma locomotiva 2-8-2, 
            cujo foguista, Ramon, me informou: O Padre Cláudio vai para Maquinista 
            Maura visitar a escola ferroviária de lá. O trem P-8, de Porto Alegre, 
            vai ser desdobrado aqui. A parte que vai para Taquara e Canela, minha 
            locomotiva vai levar até Taquara. Por que você não viaja conosco? 
            (...) Comprei uma passagem para Canela, muito além de Maquinista Maura. 
            Mais alguns minutos e o apito alegre de uma 4-8-2 anunciava a aproximação 
            do P-8. O freio a vácuo estacionou a "Mountain" e seu trem. Ferroviários 
            se apressaram para um carro de primeira. 'É lá', pensei eu, e também 
            fui ver. A familiaridade com que o padre conversava com os funcionários 
            do trem e da estação bastava para confirmar que não se tratava de 
            um padre qualquer. Era saudado com respeito pelos ferroviários, ao 
            que correspondia com sua cortesia, o padre viajante. (...) O trem 
            já havia sido dividido. A 4-8-2 (Mountain) apitou, acelerou e desapareceu. 
            A 2-8-2 de Ramon saiu do desvio, entrou na linha principal, deu marcha-a-ré 
            e engatou no trem. Silvou longamente, duas vezes, para avisar aos 
            funcionários da estação para que deixassem o trem. Um apito curto 
            e fomos nós para Rio dos Sinos, estação a 2 km adiante (...)" 
            (O Padre Ferroviário, Délio Araújo).
 
 Os trens de passageiros cessaram as atividades na estação 
            de São Leopoldo em 1982.
 
 A estação, de madeira, que abriga um museu ferroviário, 
            esteve ameaçada de ser desapropriada pela Trensurb nos anos 
            1980, mas foi salva pela comunidade. Foi reconstruída em suas 
            linhas originais, pois estava bastante descaracterizada depois de 
            mais de 100 anos atendendo à ferrovia. Uma nova estação, 
            próxima a esta, foi construída para a nova linha da 
            Trensurb. Ao lado da velha estação, as locomotivas e 
            carros que um dia andaram por ali estão hoje expostas. Não 
            há trilhos; os da Trensurb que vão para a estação 
            atual são elevados naquele trecho.
 
 Em 2021, o prédio estava em excelente estado.
 
 
  ACIMA: A linha passa por São Leopoldo em 
            1948. Hoje, o trem metropolitano da Trensurb segue aproximadamente 
            o mesmo leito (Revista Brasileira de Geografia, out-dez 1948).
 
  ACIMA: 
            Vista da estação, provavelmente nos anos 1950 (IBGE). 
  ACIMA: 
            Vista da estação em 2020. A cobertura da estação da Transurb pode ser vista, bem como parte das plataformas de embarque. A estação antiga tornou-se um museu, depois de restaurada (Autor desconhecido).
 
 (Fontes: Noé Gomes; Germano Oscar Moehlecke; Jorge 
            Luiz Stockler Jr; Carlos Latuff; Paulo Szabadi; Revista Ferroviária, 
            08/2000; J. R. Souza Dias: Caminhos de Ferro do Rio Grande do Sul, 
            1987; IPHAE: Patrimônio Ferroviário do Rio Grande do 
            Sul, 2002; __: Centro de preservação da história 
            da ferrovia no Rio Grande do Sul, São Leopoldo, RS, sem data; 
            Délio Araújo: O Padre Ferroviário; IBGE: Revista 
            Brasileira de Geografia, 1948; Guias Levi, 1940-81; Mapa - acervo 
            R. M. Giesbrecht)
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                |  A estação, sem data, ainda em sua forma original. 
                  Foto do livro Centro de preservação da história 
                  da ferrovia no Rio Grande do Sul,
 pág. 28
 
 |  A estação restaurada, em 2003, lado da plataforma, 
                  com os trilhos para o museu ferroviário com as locomotivas 
                  expostas. Foto Carlos Latuff
 |  Fachada da estação em 2003. Foto Carlos Latuff
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                |  A estação em 2003. Atrás, no alto, a estação 
                  da Trensurb. Foto Carlos Latuff
 |   Estação de São Leopoldo da Trensurb, em 
                  2003. Foto Carlos Latuff
 |  A estação em 11/2003. Foto Paulo Szabadi
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                |  Estação de São Leopoldo em 2010. Foto Noé 
                  Gomes
 |  Estação de São Leopoldo em 11/11/2021. Foto Luiza Alves
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          | Atualização: 
            11.11.2021 |  |