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Cie. Auxiliaire
des Chemins de Fer au Brésil (1910-1920)
V. F. Rio Grande do Sul (1920-1975)
RFFSA (1975-1996) |
BARRETO
Município de Triunfo, RS |
Linha Porto Alegre-Uruguaiana -
km 787,007 (1960) |
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RS-2811 |
Altitude: 15 m |
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Inauguração: 10.05.1910 |
Uso atual: moradia (2015) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1938 |
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HISTORICO DA LINHA: A
E. F. Porto Alegre-Uruguaiana foi aberta como empresa federal em 1883,
ligando Santo Amaro (Amarópolis) a Cachoeira (Cachoeira do
Sul). Para se ir de Santo Amaro a Porto Alegre utilizava-se a navegação
fluvial no rio Jacuí. Em 1898 foi encampada pela Cie. Auxilaire,
empresa belga, e em 1905 passou a ser a linha-tronco da VFRGS, ainda
administrada pelos belgas. Em 1907, os trilhos atingiram finalmente
Uruguaiana, na fronteira com a Argentina. Somente em 1911, a construção
da linha Santo Amaro-Barreto-Montenegro possibilitou a ligação
da longa linha com a Capital, utilizando-se parte da antiga linha
Porto Alegre-Novo Hamburgo. Em 1920, a linha tornou-se estatal novamente.
Em 1957 foi encampada pela RFFSA. Durante os seus anos de operação
foram construídas algumas variantes, para encurtar tempos e
distâncias, eliminando algumas estações de sua
linha original. Em 1938, a variante Diretor-Pestana-Barreto diminuiu
a linha em 50 km. Em 2 de fevereiro de 1996, deixaram de rodar os
trens de passageiros pela linha, que, hoje transporta os trens cargueiros
da concessionária ALL desde esse mesmo ano. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Barreto foi inaugurada em 1910, no dia em que se completou
a ligação entre esse ponto e a estação
de Montenegro, na antiga linha Porto Alegre-Novo Hamburgo.
No ano seguinte, a linha Barreto-Ligação
(General Câmara) seria aberta e a linha Porto
Alegre-Uruguaiana finalmente chegaria a Porto Alegre. Acabariam
então em 1911 as viagens por via fluvial no rio Jacuí.
O nome da estação era uma homenagem a Luiz José
Ribeiro Barreto, médico nascido em Santo Antonio da
Patrulha (1808-1888). Viveu em Triunfo, próximo
a Barreto, e de sua casa ainda existiam ruínas, próximas
à linha férrea, em 1962.
Em 1938, uma nova variante saindo de Barreto diminuiria o percurso
dali para Porto Alegre em 50 km. Essa nova linha fez
com que a estação original de Barreto fosse demolida
nesse mesmo ano, dando lugar a uma nova, situada um pouco à
frente da antiga.
O trecho Barreto-Montenegro ainda teria trens de passageiros
e ficaria aberto até pelo menos 1962. Em 1965, já não
estava mais ativo.
Outra abertura de variante, a Barreto-Ramiz Galvão,
em 1962, eliminou várias estações da linha principal,
mas mantiveram-se os trilhos entre Barreto e General
Câmara, de forma que, pelo menos até 1978, havia
um trem de passageiros que saía de Porto Alegre especialmente
para essa estação, uma vez ao dia. Isso pode ser explicado
provavelmente pela importância do arsenal em General Câmara.
Hoje esse ramal já não mais existe.
A estação de Barreto estava em 2015 com má
conservação e sendo utilizada, pelo menos parcialmente,
como moradia.

ACIMA: Ponte sobre o rio Taquari, bastante
próxima à estação de Barreto. Note-se
o cargueiro cruzando-a (Foto Rodrigo Daudt, 2015).
(Fontes: Vitor Hugo Langaro; Chester Santos;
Bernardo Cerentini; Rodrigo Sehn; P. N. Carvalho; IPHAE: Patrimônio
Ferroviário do Rio Grande do Sul, 2002; Ariosto Borges Fortes:
VFRGS, suas estações e paradas, 1962; Guia Geral das
Estradas de Ferro do Brasil, 1960; Guias Levi, 1940-81; Mapa - acervo
R. M. Giesbrecht) |
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A estação de Barreto em 1938. Acervo P. N. de
Carvalho |

A estação, ainda operacional, em 1984. Foto Chester
Santos |

A estação,
c. 2000. Foto do livro Patrimônio Ferroviário
do Rio Grande do Sul, IPHAE, p. 184 |

Estação de Barreto em 27/7/2009. Foto Bernardo
Cerentini |

Estação de Barreto em julho de 2015. Foto Vitor
Hugo Langaro |
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Atualização:
03.06.2017
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