HISTORICO DA LINHA: O ramal de
Igarapava foi aberto em seu primeiro trecho, em 1899, até Jardinópolis,
a partir do local em que seria construída a estação de Entroncamento,
um ano depois. Em 1905, chegou a Igarapava, então ainda Santa Rita
do Paraizo. Em 1914, atingiria a linha do Catalão, já em Minas Gerais,
pouco antes de Uberaba. O ramal atravessava as melhore terras de café
do norte do Estado. Em fevereiro de 1979 foi fechado para cargas,
e em 10/05/1979 para os trens de passageiros, e substituído pela variante
Entroncamento-Amoroso Costa, que correria mais a oeste da linha velha
e se tornaria então a continuação do tronco retificado da ex-Mogiana.
Os trilhos foram retirados por volta de 1986, sobrando apenas as velhas
estações, abandonadas ou com outras funções. |
A ESTAÇÃO: Foi aberta em 1902 como São Joaquim.
A estação foi ampliada em 1909.
Em 1945, o CNG determinou
a mudança de nome para o atual.
Era uma estação com
grande movimento. Em 1955, havia 20 mil sacas de cereais armazenados,
aproveitando todo o espaço disponível. No vestíbulo,
pilhas de café beneficiado e só um corredor para movimentação
dos passageiros. Até na sala de espera havia cereais (Américo
Villani, chefe da estação em 1955).
As queixas
contra a estação, agora já no centro da cidade,
au-mentavam em julho de 1962: Guy Antonio Leonti, da Folha
Joaqui-nense, contava que "O comboio chegou na estação
procedente de Orlândia. A grande fila de vagões chega
a fazer curva lá em cima. Com isso as ruas 15 de Novembro,
Paraná e Bahia estão impedi-das. Todas elas têm
passagem de nível fechadas pelo trem. E a cidade fica dividida
em duas. (...) pedestres não se dão por venci-dos
(...) saltando ou passando sob os vagões. Enquanto isso,
os trabalhadores descarregam mercadorias do trem na estação."
A estação foi finalmente desativada em 1979 e substituída
por uma
outra, nova, do lado oeste e fora da cidade - do outro lado da via Anhanguera.
Os trilhos foram retirados
poucos anos depois, e, em 1985, a imprensa denunciava o "estado
deplorável em que se encontrava a estação da
Mogiana. No fundo as casas desativadas, antigas moradias de funcionários
da Companhia". O pátio dos trilhos ainda estava
abandonado, não havia
avenida. O leito da linha, que passava dentro da cidade, foi mais
tarde transformado numa avenida larga.
A estação em 2016 servia como uma espécie de Casa da Cultura, depois de ter abrigado por alguns anos um terminal de ônibus urbanos.
(Veja
também SÃO JOAQUIM DA
BARRA-NOVA)
CLIQUE
AQUI PARA VISUALIZAR A ESTAÇÃO VISTA DO SATELITE
(gentileza Francisco Rezende)
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1920
AO LADO: Queixas contra atrasos sos trens em São Joaquim e em Ribeirão Preto (O Estado de S. Paulo, 29/5/1920). |
ACIMA:
Estação de São Joaquim nos anos 1920 (Acervo
Lúcio Oliveira Falleiros).
ACIMA: Desastre em São Joaquim da Barra
em 1948 - pena que a foto é péssima (Folha de S. Paulo,
7/12/1948).
ACIMA: Antiga casa de turma no pátio de São
Joaquim da Barra (Foto Glaucio Henrique Chaves em 28/12/2015).
ACIMA: Esquema do pátio
de São Joaquim da Barra em novembro de 1968 (Clique sobre
a figura para ter maiores informações) (Acervo Museu
da Companhia Paulista, Jundiaí, SP - Reprodução
Caio Bourg).
ACIMA: A estação em julho de 2003, por André Galdino).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht,
pesquisa local, 1999; Glaucio H. Chaves, 2015; André Galdino, 2023; Caio Bourg; Museu da Cia. Paulista,
Jundiaí; Cia. Mogiana: relatórios anuais, 1875-1969;
Lúcio Oliveira Falleiros: Memórias de São Joaquim
- II, 1995; IBGE, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
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