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Q R S T U
VXY Mogiana em MG
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Cavalcanti
Souzas
Joaquim Egídio
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: 2008
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Ramal Férreo Campineiro (1893-1912)
Cia. Campineira de Tração, Luz e Força (1912-1950)
Cia. Paulista de Força e Luz (1950-1952)
E. F. Sorocabana (1952-1960)
SOUZAS
(antiga ARRAIAL DOS SOUZAS)
Município de Campinas, SP
Linha-tronco - km 14,925 (1921); km 15 (1938)   SP-4030
Altitude: -   Inauguração: 15.12.1892
Uso atual: demolida   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d
 
 
HISTORICO DA LINHA: A Cia. Ramal Férreo Campineiro foi estabelecida em 1889, mas abriu seus serviços à população, no trecho entre a estação da Cia. Paulista e o bairro de Arraial dos Souzas (Souzas) em 1893, com uma bitola de 60 cm. Dali prosseguiu até a fazenda dos Laranjais, em 1894 (?) e ao bairro das Cabras. Em 1912, a empresa foi arrematada pela Cia. Campineira de Tração, Luz e Força, que tinha acabado de conseguir a autorização para linhas de bondes elétricos em Campinas. Em 17 de dezembro de 1917, foi aberta a linha com bondes elétricos até Joaquim Egídio (ex-Laranjais). Em 1950 a empresa passou para as mãos da CPFL para em 1952 ser entregue à Sorocabana. Esta imediatamente extinguiu o transporte de mercadorias e carga. Em 10 de fevereiro de 1960 os bondes de passageiros cessaram o tráfego e a linha começou a ser arrancada logo depois.
 
A ESTAÇÃO: A estação de Arraial dos Souzas foi inaugurada em 1892 como ponta de linha (ver caixas abaixo, de 1892)

A autorização para abrir o tráfego até a estação de São Luciano - que seria a estação de Joaquim Egídio logo depois, foi dada 6 meses depois (ver caixa abaixo, de 1893).

O bairro se desenvolveu muito com a ferrovia: em 1 de maio de 1909 foi inaugurada a iluminação elétrica no povoado.

A estação de Sousas da Cia. do Ramal Férreo Campineiro sempre foi onde estava localizada no mapa em questão (caixa abaixo de 1925) desde o tempo da tração a vapor e bitola de 0,60 cm, tendo funcionado até
fins de 1960, quando se encerraram os serviços.

Em 1932, durante a Revolução Constitucionalista, a ponte de Souzas foi dinamitada e ficou um bom tempo sem ser reconstruída (ver caixa abaixo, de 1933). A nova ponte parece ter sido reentregue em 24 de dezembro de 1933, quando os jornais anunciaram um novo horário para os trens para Cabras.

Em 1939, o nome havia sido alterado para Souzas (ato 1.084, de 3/4/1939). Depois disto, a estação serviu de escola de 1963 (Ginásio Estadual Dr. Manoel Alexandre Marcondes Machado) até 1972 e após a conclusão das obras definitivas do atual prédio dessa escola, foi tudo transferido para a escola Thomas Alves em outro local, ficando a estação vazia. Porém, no mesmo ano ocorreu uma das enchentes comuns a Sousas e os desabrigados foram colocados no prédio. Após a remoção das pessoas o sub-prefeito
do distrito disse "que estava cansado de abrigar indigentes" e demoliu a velha estação.

Hoje nesse local há uma imensa árvore daquelas "seringueiras falsas" na rua Dr. Antonio Prado, antes da escola Thomas Alves. Já a parada da rua Maneco Rosa, da qual há uma foto ao pé desta página, veio do tempo da Cia. do Ramal Férreo Campineiro para desembarcar açúcar a um antigo armazém que existia próximo à ponte e, quando chovia, o bonde parava ali para as pessoas desembarcarem para não tomar chuva já que a estação "seria demasiadamente longe" do centro de Sousas. Esta, pela fotografia, era uma parada com bancos - não se sabe, por exemplo, se a casa junto à ponte era da ferrovia, e o que seria. Da tal fotografia
, somente a ponte sobrevive até hoje - nada mais sobrou.

1892
AO LADO: O dia da inauguração da estação de Souzas (O Estado de S. Paulo, 15/12/1892).

1892
AO LADO: Confirmando a a inauguração da estação de Souzas no dia 15 (O Estado de S. Paulo, 17/12/1892).

1893
AO LADO: A estação de São Luciano seria logo depois chamada de Joaquim Egidio (O Estado de S. Paulo, 6/6/1893).

1916
AO LADO: O progresso vai chegando a Souzas e a ferrovia é um dos fatores do desenvolvimento (O Estado de S. Paulo, 4/2/1916).

1917
AO LADO: A chegada dos bondes para o Ramal Ferreo Campineiro em Souzas (O Estado de S. Paulo, 24/01/1917).

1920
AO LADO: Bondes especiais para a festa em Souzas (O Estado de S. Paulo, 17/1/1920).

ACIMA
: Mapa de 1925 mostra a estação de Sousas, bem como outras estações do RFC - CLIQUE SOBRE A IMAGEM PARA VÊ-LA MAIOR (Comissão Geografica e Geologica do Estado de São Paulo, 1925)

1933
AO LADO: A ponte sobre o rio caiu em Souzas e parou a ferrovia dali até Cabras (O Estado de S. Paulo, 3/2/1933).

1933
AO LADO: Demorou, mas reconstruiram a ponte (O Estado de S. Paulo, 26/11/1933).

1948
AO LADO: A população do bairro critica os bondes da linha (Folha da Manhã, 7/8/1948).

ACIMA: Planta da vila de Souzas em 1939 (CLIQUE SOBRE A FOTO PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR). A estação está mais ou menos no centro do desenho, a oeste do rio (IGC - Instituto Geografico e Cartografico, 1939).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Wanderley Duck; Henrique Anunziata; IGC - Instituto Geografico e Cartografico, 1939; E. F. Sorocabana: Relatórios anuais, 1950-64; O Estado de S. Paulo: Há Um Século, 1/5/2009; O Estado de S. Paulo, 1916 e 24/6/1921; Guias Levi, 1932-65; Ramal Férreo Campineiro: Relação oficial de estações, 1938)
     

A Parada da Rua Maneco Rosa em Souzas, em 1960, pouco antes de sua desativação. Autor desconhecido

A estação de Souzas depois de desativada. Autor desconhecido
 
     
Atualização: 09.07.2023
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.