|
|
...
Gabriel Piza
São Roque-velha
Mairinque
...
Tronco EFS-1935
IBGE-1960
...
ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2008
...
|
|
|
|
|
E. F. Sorocabana
(1875-1892)
Cia. União Sorocabana e Ytuana (1892-1907)
Sorocabana Railway (1907-1919)
E. F. Sorocabana (1919-1929) |
SÃO
ROQUE-VELHA
Município de São Roque, SP |
Linha-tronco original - km 64,998 |
|
SP-2868 |
Altitude: 796 m |
|
Inauguração: 10.07.1875 |
Uso atual: escola (2015) |
|
sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
|
|
|
HISTORICO DA LINHA: A
E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha
foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922,
quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes,
porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos
e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época
à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia,
vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para
o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas
linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a
ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim
foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal
FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente
até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente
os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho
passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso
trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos
pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa
até hoje, para trens de carga. |
|
A ESTAÇÃO: A estação
de São Roque foi uma das estações originais
da Sorocabana, na abertura da linha, em junho de 1875.
Em 1928, com a construção de um novo prédio,
com a retificação da linha, o prédio da estação
velha foi desativado e depois adaptado como armazém.
Em 2015, ainda de pé, funcionava como escola. Os trilhos ainda
passavam não muito longe dela, pois a estação
e a linha nova ficam, de quem olha para a sua fachada, da rua, à
sua esquerda, a uns 600 metros.
(veja também SÃO ROQUE-NOVA)
OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO
E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS:
1926 - Extensão dos desvios para 400 m;
|
Pelo relatório do engenheiro-chefe,
em julho de 1873 estavam já prontos dois terços da linha, esperando
ele poder abrir o tráfego no ano seguinte. Em S. Roque o serviço
de avançamento continuava com energia, e por esse tempo iniciou-se
a construção da estação; foi esse serviço contratado por 11:800$
com o sr. João Martins de Melo, genro de d. Ana de Assiz, e
no começo do ano seguinte (1874) estava ele concluído. Surgiu
então a necessidade de resolver um problema, o qual suscitou
uma polêmica pela imprensa: refiro-me à construção da rua que
devia ligar a estação à cidade. Tinha-se para isso de abrir
um grande rasgo, fazer um aterro elevado, construir uma ponte;
e a Câmara, não podendo custear a despesa que foi orçada em
mais de 23 contos, pediu à Assembleia Provincial que autorizasse
o fornecimento daquela verba, levando-a à conta de capital da
Sorocabana. O advogado desta saiu a campo e num artigo sob o
sugestivo título Uma rua com garantias de juro! opunha-se
a essa concessão, entendendo que tal rua, de puro interesse
municipal, devia ser custeada pela Câmara de S. Roque. O barão
respondeu dizendo que a companhia se obrigara pelo contrato
a fazer passar a linha pela cidade, e como pelo capricho do
sr. Maylasky não cumpriu essa cláusula, a mesma devia custear
a estrada de ligação. Retrucou o advogado observando que a planta
fora apresentada pelo presidente e diretores, e sendo ele, barão,
membro da diretoria, devia ter então reclamado contra o traçado.
O barão treplicou esclarecendo que, "pelo seu estado valetudinário
nunca fora a Sorocaba", e nisso ficou a contenta; mas o
governo concedeu o auxílio pedido, e a rua foi feita por administração
do presidente da Câmara, que era o sr. Antônio Xavier de Lima.
E assim, quando se deu a inauguração oficial do tráfego, fato
que se realizou com a maior pompa e no me
io de indescritível
entusiasmo geral no dia 10 de julho de 1875, pôde a população
subir pela rua recém-construída (Joaquim Silveira Santos:
São Roque de outrora, edição Demétrio Vecchioli,
1ª edição, São Roque, Merlot Comunicação, 2010, p. 234) |
1875
AO LADO: Somente tres dias depois da abertura da linha, já havia bandidos tentando descarrilhá-la em São Roque (A Provincia de S. Paulo,, 20/07/1875). |
|
1875
AO LADO: Incendio em vagão de trem misto perto de São Roque (A Provincia de S. Paulo, 25/11/1875). |
|
ACIMA: Os horários, quase um mês após a inauguração da linha, assinalavam a existênvia de quatro paradas entre as de Sorocaba e São Paulo; São Roque era uma delas, no horário de 1° de agosto de 1875 (A Provincia de S. Paulo, 1/8/1875).
1875
AO LADO: Jogando de novo a culpa na construção da estação de São Roque - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA VÊ-LO INTEIRO (A Provincia de S. Paulo, 13/11/1875). |
|
1875
AO LADO: Apontando o erro de se ter aberto ao trafego provisorio primeiro a estação até Piragibu e não São Roque (A Provincia de S. Paulo, 14/12/1875). |
|
1880
AO LADO: Faltam vagões para carga para São Paulo em São Roque (A Provincia de S. Paulo, 15/1/1880). |
|
1882
AO LADO: Acidente em São Roque em São Roque (A Provincia de S. Paulo, 10/03/1882). |
|
1882
AO LADO: A resposta do diretor George Oeterer à notícia sobre o acidente em São Roque de dois dias antes (A Provincia de S. Paulo, 12/03/1882). |
|
1898/9
AO LADO: Movimento financeiro na estação de São Roque em 1898 (O Estado de S. Paulo, 2/4/1899). |
|
1900
AO LADO: Passagem sob o aterro em São Roque (O Estado de S. Paulo, 19/07/1900). |
|
1902
AO LADO: O chefe da estação na época, Francisco de Andrade, parecia ser muito querido pelos usuários em São Roque (O Estado de S. Paulo, 2/4/1902). |
|
1902
AO LADO: Choque de trens em São Roque (O Estado de S. Paulo, 12/4/1902). |
|
1918
AO LADO: O problema
do embarque de passageiros em 1918 na estação (O Estado de S. Paulo, 22/6/1918).
|
|
1921
AO LADO: Água para a estação (O Estado de S. Paulo, 18/6/1921). |
|
ACIMA: Pátio de São Roque-velha no final dos anos 1920,
próximo à sua desativação; notar que havia
um desvio desde a estação até um armazém
(Arquivo Publico do Estado de São Paulo).
ACIMA: Vista do alto, a estação
velha, em 2010 quase à beira do contorno rodoviário
da cidade, entregue por volta de 2007 (Foto Milton Diniz).
(Fontes: Adriano Martins;
Milton Diniz; O Estado de S. Paulo, 1918; Prefeitura Municipal
de São Roque; Arquivo Publico do Estado de
São Paulo; Joaquim Silveira Santos: São Roque de outrora,
Merlot Comunicação, 2010; Relatórios oficiais da Sorocabana,
1872-1930; IBGE, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
|
|
|
A estação, provavelmente anos 1910. Acervo Prefeitura
de São Roque |
Estação de São Roque-velha (fachada), em
2001. Foto Adriano Martins |
A estação, lado da plataforma, em 9/2009. Foto
Adriano Martins |
A estação velha em 2016. Foto Fernando Marietan |
|
|
|
|
|
|
Atualização:
25.11.2021
|
|