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Q R S T U
VXY Mogiana em MG
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Sampaio Vidal
Trabiju
Boa Esperança do Sul
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Saída para o ramal de Dourado (1910-1966): Santa Clara
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Saída para o ramal de Bariri (1910-1966):
Major Novaes
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Ramal de Rib. Bonito-1950

IGGSP - 1928
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2010
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C. E. F. do Dourado (1903-1949)
Cia. Paulista de Estradas de Ferro (1949-1969)
TRABIJU
Município de Trabiju, SP
Tronco CEFD - km 33,995 (1929) (*ver texto abaixo)   SP-2917
Ramal de Ribeirão Bonito - km 60,420   Inauguração: 09.05.1903
Uso atual: sede da Prefeitura (2008)   sem trilhos
Data de construção do prédio atual: 1910
 
 
HISTORICO DA LINHA: Em maio de 1894, foi entregue o ramal de Ribeirão Bonito pela Cia. Paulista, saindo da estação de São Carlos, no tronco, e com ponto terminal em Ribeirão Bonito, em bitola métrica. Em 1900, a Cia. E. F. do Dourado (Douradense) abriu uma linha que unia Ribeirão Bonito a Dourado, com bitola de 60 cm. Em 1910, o tronco da Douradense atingiu Ibitinga e sofreu modificações, aumentando-se a bitola para métrica e alterando a ligação Ribeirão Bonito-Trabiju, colocando a estação de Dourado como ponta de um curto ramal. Somente em 1939 a Douradense prolongou a linha, chegando até Novo Horizonte. Em 1949, a Paulista adquiriu a Douradense, adicionando a sua linha-tronco ao ramal de Ribeirão Bonito, que agora ligaria São Carlos a Novo Horizonte diretamente. Em 1966, a linha entre Ibitinga e Novo Horizonte foi suprimida, e em 3 de janeiro de 1969, todo o ramal de Ribeirão Bonito foi desativado. Os trilhos foram retirados pouco tempo depois
 
A ESTAÇÃO: Há controvérsias quanto à data de inauguração de Trabiju, aberta pela E. F. Dourado. Algumas fontes afirmam ter sido em dezembro de 1900, outras (Cia. Paulista), em 1903. Esta última é a data mais provável, pois a linha chegou a Dourado no final de 1900 e somente em maio de 1903 foi aberto o prolongamento que passava por Trabiju e chegava a Boa Esperança.

O nome teria vindo da expressão muito usada por engenheiros franceses da ferrovia, "tres bijou" (muito bonito).

De qualquer forma, 1900/1903 teria sido a data da inauguração da estação original, visto que, em 1910, a estação, com o aumento de bitola e remanejamento da linha que vinha de Dourado, teve o seu local alterado e um novo prédio teve de ser construído. Trabiju passou a abrigar as oficinas da Douradense.

"A estação de entroncamento em Trabiju, um edifício bem acabado, e com cômodos para Hotel-restaurante está pronta e vai servir desde já (...) A antiga estação de Trabiju, foi transformada em moradia de empregados e o armazém em depósito de materiais de locomoção" (Relatório da CD, de 31/05/1910, p. 7).

Da estação primitiva, demolida, somente sobrava em 2003 uma caixa d'água subterrânea. A partir de 1920, a estação passou a ser também o ponto de saída dos ramais de Dourado e de Bariri.

A estação de Trabiju tinha duas quilometragens, nos livros da Dourado: uma (33,995), era a original e correspondia, até pelo menos 1933, ao trajeto feito via Ferraz Salles, Dourado e Santa Clara, para chegar a ela, mesmo que, a partir de 15/11/1924, com o alargamento da bitola de 60 cm para métrica no trecho entre Dourado e Trabiju, a linha tivesse bitola diferentes para esse trajeto. Realmente, bastante confuso.

A outra quilometragem considerava o trecho Ribeirão Bonito-Sampaio Vidal-Trabiju, e correspondia a 20,177. (Relatório da CEFD, 1929).

Em Trabiju foi construído em 1929 um armazém regulador de café.

Em 1949, a estação passou a integrar a rede da Cia. Paulista.

A estação de Trabiju foi desativada no início de 1969, embora os dois ramais que saíam dela já houvessem sido extintos três anos antes.

Em 1997, Trabiju tornou-se município. O prédio da estação em 2008 abrigava a Prefeitura, o Correio e a Câmara Municipal. Já o velho armazém, do outro lado da rua, depois de servir como clube, desabou.

1920
AO LADO:
Assalto na linha em Trabiju (O Estado de S. Paulo, 30/5/1920).

1921
AO LADO:
Projeto para a ampliação de bitola da linha-tronco da Dourado (O Estado de S. Paulo, 20/1/1921).

ACIMA: Trabiju, em vista aérea de 1939. Cruzando a fotografia, a linha tronco da E. F. do Dourado. Saindo para a esquerda, mais para o alto da foto, o ramal de Dourado. Diversas composições estão paradas nas linhas de desvio. A estação é o prédio comprido no centro da foto, tendo à sua esquerda o armazém (Foto Instituto Geográfico e Geológico, USP).

(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Alberto del Bianco; Filipe Giesbrecht; Adriano Martins; C. E. F. Dourado: relatórios anuais, 1903-48; Cia. Paulista: relatórios anuais, 1949-69; IGGSP, 1928; Mapas - acervo R. M. Giesbrecht)
     

Trabiju em 1919. Foto cedida por Alberto Del Bianco

A estação em 1950. Foto cedida por Alberto del Bianco

Pátio da estação de Trabiju, com a locomotiva RSD-8 da Paulista, provavelmente anos 1960. Foto cedida por Alberto Del Bianco

Trabiju c. 1990. Foto de Alberto Del Bianco, do encarte da Revista Frateschi, 1990

A estação em 15/07/2000. Foto Filipe Giesbrecht

A estação em 15/07/2000. Foto Filipe Giesbrecht

A estação em 28/12/2008. Foto Adriano Martins
   
     
Atualização: 11.10.2018
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.