A ESTAÇÃO: Em 1929, uma retificação do trecho Itirapina-Jaú deslocou a linha do ramal de Jaú para o leito atual, e a nova estação de Brotas, a terceira desde 1885 em um ponto diferente, foi construída fora da cidade, nos limites da zona urbana. A
Paulista, desta vez, construiu uma rua pavimentada para atingir a estação. Essa foi a terceira estação da cidade, em três pontos diferentes, aberta exatamente no dia 20 de julho de 1929. A prefeitura e a população não gostaram, como se pode ver pela nota de 1926 - veja caixa abaixo.

Em 1941, a abertura dos trilhos de bitola larga e da eletrificação da linha que agora chegava diretamente a Bauru sem mudança de linha aumentou o movimento da estação.

Esteve em estado de abandono durante muitos anos. Recentemente foi reformada pela Prefeitura.

"Eu gostava mais de ir a Brotas antigamente. Eu passei a minha infância indo e vindo de São Paulo para lá, sempre de trem, isto no fim dos anos 1950, e durante os 1960. Era tudo muito diferente. A gente descia na estação, ainda bem cuidada, e tomava aqueles táxis, na maioria Fordinhos 1929, ainda muito comuns no interior nessa época. O taxi que mais nos levava era de um senhor chamado Miguel Osti. Dali íamos para a fazenda Três Saltos, da família. Cruzávamos a cidade e daí pegávamos a estrada, de terra, cheia de curvas e estreita, no meio do mato. Era lindo, não tinha a estrada de asfalto que tem hoje e vai para Jaú. Tudo mudou, não tem mais graça..." (Andreas José de Albuquerque Schmidt, julho/2000).

Em 2022, a estação servia como escritório e o armazém, como depósito, tudo da Prefeitura. Em 2022, estava servindo como moradia. Victor Silva afirma que é conversando com moradores que nela estavam, disseram que lamentável o estado deteriorado da estação.

(Veja também: BROTAS-ORIGINAL; BROTAS-VELHA)

CLIQUE AQUI PARA VISUALIZAR A ESTAÇÃO VISTA DO SATELITE (gentileza Antonio Carlos Mussio)

ACIMA: Novos horários de trens com a abertura da variante de Brotas em 1929; dias antes, era aberta a nova estação de Brotas (O Estado de S. Paulo, 23/7/1929).

ACIMA: Acidente (desabamento de uma ponte ferroviaria) na linha nova ainda em construção (ou teria sido na linha velha?) em Brotas: seis mortos (Emilio Belotto, João Barros, João Trentini, Manoel Martinho de Oliveira, Paschoalç Montanare e Manuel dos Santos Gabriel). "O referido acidente ocorreu em 15 de outubro de 1929, pois além de pesquisas em jornais da época, consegui, através do cartório de Brotas, os atestados de óbitos de 5 dos operários mortos, cujo declarante foi meu avô paterno, João Arlanch. Na página a que o link acima conduz, há uma nota do Chefe do Escritório Central da Companhia Paulista de Estradas de Ferro, Sr. Heitor Freire de Carvalho, dando conta que a nova estação de Brotas entraria em operação em 20 de julho de 1929, portanto, antes que a tal ponte estivesse concluída" (Texto: Rogério Arlanch Filho, em 2022; Foto Giannini em 29/9/1929).

ACIMA: A locomotiva elétrica V-8 da Fepasa e que um dia foi da Companhia Paulista chegava a Brotas, vinda de Espraiado e seguiria para São Paulo levando passageiros! Parece mentira, mas esses tempos existiram, como este dia 16 de junho de 1979. Pátio limpo, estação limpinha, cabine de controle funcionando... (Foto Andreas José de A. Schmidt).

ACIMA: Casas da vila ferroviária em Brotas. Elas ficam num nível elevado em relação à estação, atrás dela, e são alcançadas a partir desta por uma escadaria de alvenaria (Fotos Julio Cesar de Paiva, 30/10/2008).

ACIMA: A bela cobertura de ferro da entrada da estação pode ser bem vista aqui nesta foto de 2014 (Autor: Roberto Garcia).

ACIMA: Estação e armazém em 29/12/2015 (Foto Wilson de Santos Jr.)

ACIMA; Em primeiro plano, a antiga casa de chaves. Ao fundo, a estação (Foto Victor Hugo Silva em 29/5/2011).