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Cervinho
Cardoso de Almeida
Paraguassu Paulista
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Tronco EFS - 1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2010
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E. F. Sorocabana
(1915-1971)
FEPASA (1971-1998) |
CARDOSO
DE ALMEIDA
(antiga CARAMURU)
Município de Paraguassu Paulista, SP |
Linha-tronco original - km 641,473 (1924);
km 628,489 (1931) (*); km 580,556 (1960) (**) |
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SP-1091 |
Altitude: 450 m |
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Inauguração: 03.09.1915 |
Uso atual: demolida nos anos 1990 |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
(*) As quilometragens
foram alteradas em 1928, devido às retificações
feitas entre São Paulo e Iperó neste ano e em 1953,
(**) devido às retificações feitas entre Conchas
e Manduri neste ano.
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HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana
foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875,
até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu
Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS
construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em
1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência.
Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo
paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival
Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas
pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa
da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando
a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho
inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno,
desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio.
Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado
por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco
até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban,
sucessora da Fepasa. A linha está ativa até hoje, para trens de carga. |
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A ESTAÇÃO: A estação
foi inaugurada em 1915 com o nome de Caramuru, permanecendo
como ponta de linha até março de 1916, quando foi aberto o prolongamento.
Outra data de inauguração da estação, desta vez com autoridades estaduais, foi 1916 (ver caixa abaixo, de 1916).
Seu nome logo em seguida foi alterado para Cardoso de Almeida.
Há relatos de antigos moradores da vila ferroviária: "Nesta
casa de turma (foto abaixo) nasceu um tio meu, Pedro Figueiredo,
já falecido. O pai dele, João Figueiredo, era ferroviário, e meu tio
veio a ser telegrafista da ferrovia. Um pouco antes da morte do Tio
Pedro, meus primos o levaram
para Cardoso de Almeida, e ele reconheceu a casa como sendo a da sua
família" (Douglas Razaboni, 01/2003).
A estação permaneceu de pé pelo menos até
1991. Em 2001 já havia sido demolida. "A estação foi demolida,
sobrando apenas o armazém. O lugar todo está abandonado. Não se vê
uma alma viva ou se ouve voz nenhuma. No local existe um casarão enorme,
totalmente abandonado. Pela sua imponência, imagino que o local já
foi bem movimentado. Somente depois de quase uma hora apareceu um
sujeito dizendo ser o dono do local, meio desconfiado, e lhe perguntei
sobre o casarão e a estação. Ele confirmou a demolição da estação,
e o casarão disse que pertenceu ao avô dele e que havia sido atacado
na Revolução de 24, tendo ficado abandonado desde então. Fui embora
sem ir ao local onde ficava a estação. Ainda deu tempo de ver que
dentro da casa ele guardou a placa de quilometragem e de altitude"
(Fábio Vasconcelos, Marília, 14/07/2002).
Estive (o autor
deste site) em Cardoso de Almeida no final de dezembro de 2010.
Uma parte do casarão havia ruído, mas aparentemente
estava sendo reconstruído. Realmente, a velha estação
havia sido demolida, mas pelo menos uma parte da antiga vila ferroviária,
em volta do armazém, ainda existia em mau estado.
Saiba
mais sobre Cardoso de Almeida.
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1916
AO LADO: Inauguração da estação de Cardoso de Almeida - CLIQUE SOBRE O TEXTO PARA LER TODA A REPORTAGEM (O
Estado de S. Paulo, 12/11/1916). |
ACIMA: Terenos à venda em Cardoso de Almeida em 1921 (O Estado de S. Paulo, 17/7/1921).
OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO E SEU
PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS: 1926
- Extensão dos desvios para 144 m
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"Morei em Cardoso de Almeida de 1987
a 1994. Ainda me lembro dos locais nas fotos, morei numa casa
da EFS. Meu pai trabalhou 35 anos, iniciou como guarda-cancela
e se aposentou como manobrista da FEPASA. No casarão eu morria
de medo de entrar, na igreja então... nossa, que medo daquelas
imagens!!! Brinquei muito no rio, chamávamos de "corguinho",
e no final do ano íamos buscar pinheiros para o natal e comíamos
gabirobas. Tinha um lugarejo "Supapo" com uma capela, íamos
a noite na missa de carroça, os meninos iam pelo mato e correndo
pelo caminho, tinha festa de Junina com todo tipo de comida,
brincadeiras, música, todas as famílias participavam" |
AO LADO: Relato de Talita Ameduri, 26/1/2013. |
ACIMA: O casarão de Cardoso de Almeida em 2007. A cerca
de 150 metros da estação, ele estava abandonado
desde que foi invadido e incendiado pelos revoltosos que deixaram
São Paulo depois da revolução de 1924 e que seguiram
pela Sorocabana até o rio Paraná, roubando e saqueando
cidades e estações uma a uma, principalmente as que
ficam após Boticatu. Cardoso era uma delas. O casarão
pertencia então à família Giorgi, cujo chefe,
na época, abandonou a casa, desgostoso. Veja
muito mais sobre a fazenda e o casarão (Foto Diário
de Avaré, 27/1/2007).
(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local; Valdemar
Bicudo; Talita Ameduri; Fábio Vasconcellos; Adriano Martins; FEPASA:
Relatório de Instalações Fixas, 1986; E. F. Sorocabana: relatórios
anuais, 1900-69; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Estação de Cardoso de Almeida em 1986. Foto do
Relatório de instalações fixas da Fepasa,
1986 |
A estação em 1991. Foto Valdemar Bicudo |
O armazém foi tudo que sobrou em 2002. Foto Fábio
Vasconcellos |
O armazém foi tudo que sobrou em 2002. Foto Fábio
Vasconcellos |
O armazém foi tudo que sobrou em 2002. Foto Fábio
Vasconcellos |
A plataforma da estação, em 01/2003. Foto Adriano
Martins |
Casa de turma junto à estação, em 01/2003.
Foto Adriano Martins |
Placa da estação, em 01/2003. Foto Adriano Martins
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O armazém, em 01/2003. Foto Adriano Martins |
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Atualização:
01.07.2022
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