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E. F. Dom Pedro
II (1874-1889)
E. F. Central do Brasil (1889-1975)
RFFSA (1975-1996) |
PARAIBUNA
Município de Simão Pereira,
MG |
Linha do Centro - km 225,742 (1928) |
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MG-1519 |
Altitude: 339 m |
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Inauguração: 28.09.1874 |
Uso atual: moradia (2019) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: Primeira
linha a ser construída pela E. F. Dom Pedro II, que a partir de 1889
passou a se chamar E. F. Central do Brasil, era a espinha dorsal de
todo o seu sistema. O primeiro trecho foi entregue em 1858, da estação
Dom Pedro II até Belém (Japeri) e daí subiu a serra das Araras, alcançando
Barra do Piraí em 1864. Daqui a linha seguiria para Minas Gerais,
atingindo Juiz de Fora em 1875. A intenção era atingir o rio São Francisco
e dali partir para Belém do Pará. Depois de passar a leste da futura
Belo Horizonte, atingindo Pedro Leopoldo em 1895, os trilhos atingiram
Pirapora, às margens do São Francisco, em 1910. A ponte ali constrruída
foi pouco usada: a estação de Independência, aberta em 1922 do outro
lado do rio, foi utilizada por pouco tempo. A própria linha do Centro
acabou mudando de direção: entre 1914 e 1926, da estação de Corinto
foi construído um ramal para Montes Claros que acabou se tornando
o final da linha principal, fazendo com que o antigo trecho final
se tornasse o ramal de Pirapora. Em 1948, a linha foi prolongada até
Monte Azul, final da linha onde havia a ligação com a V. F. Leste
Brasileiro que levava o trem até Salvador. Pela linha do Centro passavam
os trens para São Paulo (até 1998) até Barra do Piraí, e para Belo
Horizonte (até 1980) até Joaquim Murtinho, estações onde tomavam os
respectivos ramais para essas cidades. Antes desta última, porém,
havia mudança de bitola, de 1m60 para métrica, na estação de Conselheiro
Lafayete. Na baixada fluminense andam até hoje os trens de subúrbio.
Entre Japeri e Barra do Piraí havia o "Barrinha", até 1996, e finalmente,
entre Montes Claros e Monte Azul esses trens sobreviveram até 1996,
restos do antigo trem que ia para a Bahia. Em resumo, a linha inteira
ainda existe... para trens cargueiros. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Paraibuna foi inaugurada em 1874.
Está em território mineiro, muito próxima à
divisa com o Estado do Rio de Janeiro, e em 1928 descrevia Max
Vasconcellos: "Uma grande ponte de ferro, que outrora
dava passagem à linha de bondes para Três Ilhas, liga
a estação ao território fluminense, na outra
margem do rio, onde há um aglomerado de casas. Dois minutos
depois de Parahybuna passa o trem pela ponte Cachoeira do Inferno,
entrando de novo no Estado do Rio, cujo território ainda vai
percorrer por três mil metros (atingindo a estação
de Afonso Arinos), ora marginando o Parahybuna, ora o rio Preto, cujas
águas aí se lançam ao Parahybuna".
A situação era bem diferente no final de 2010, segundo
Gutierrez L. Coelho: "o prédio da estação lentamente
se vai, esquecido, sem manutenção e invadido. A decadência, infelizmente,
é um fato. Continuam tambem lá, sem assistência de qualquer tipo,
a caixa d'água em ferro fundido, uma triste e já longínqua lembrança
dos tempos da tração a vapor e o prédio majestoso da antiga aduaneira
dos tempos do império. Comparando com fotos antigas a realidade hoje
é realmente outra. Apenas a linha principal, não há mais desvios,
está presente, desfilando por ela os trens de retorno de minério,
uma serpente de gôndolas GDT vazias".
Em 2019 servia como moradia e estava em bom estado internamente.
ACIMA: Estação de Paraibuna em c. 1884 com o bonde para Três Ilhas (Foto Mark Ferrez, c. 1884).

ACIMA: Outra foto da estação antiga
de Paraibuna, também em cerca de 1884 (Acervo Instituto Moreira Salles).

ACIMA: (esquerda) Estação antiga
de Paraibuna, em 1920, em posição diferente da
atual. Ao fundo, o Registro de Paraibuna. A ponte devia ser a ponte
do bonde de Três Ilhas, citada abaixo (Foto Augusto Malta). (direita) A estação atual, em 02/2009. Ao
fundo, o Registro (Foto Jorge A. Ferreira).
1925
AO LADO: Acidente no tunel, próximo a Paraibuna
(O Estado de S. Paulo, 29/5/1925)
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1938
AO LADO: Acidente no km 226, próximo a Paraibuna
(O Estado de S. Paulo, 22/12/1938)
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ACIMA: A estação de Paraibuna,
já sem qualquer desvio, tendo ao fundo, à esquerda na
foto, um grande e belo casarão. (Foto Jorge A. Vicente, 2008).
veja mais
sobre o casarão

ACIMA: O "belo
casarão" na verdade é o prédio abandonado
do antigo Registro de Paraibuna (Foto Jorge A. Vicente, 2008).

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TRENS
- Os trens de passageiros pararam nesta estação
de 1874 até 1980. Ao lado, o trem Rio-Belo Horizonte,
que fazia esse percurso. Clique sobre a foto para ver mais detalhes
sobre esses trens. Veja aqui horários
em 1968. (Guias Levi). |
(Fontes: Fernando Marietan; Jorge A. Ferreira;
Gutierrez L. Coelho; Augusto Malta; Manoel Monachesi; Albino Esteves:
Álbum de Juiz de Fora de 1915; O Estado de S. Paulo, 1925 e 1938;
Max Vasconcellos: Vias Brasileiras de Comunicação, 1928) |
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Estação antiga de Paraibuna, em 1915. Álbum de
Juiz de Fora de Albino Esteves, 1915. Reeditado pela FUNALFA
em 1989. Acervo Manoel Monachesi |

Estação de Paraibuna, em 2000. Foto Jorge Alves
Ferreira |

A estação em 11/2002. Foto Jorge Alves Ferreira |

A estação em 2002. Foto Jorge Alves Ferreira |

A estação em 27/12/2010. Foto Gutierrez L. Coelho |

A estação em 7/9/2014. Foto Fernando Marietan |

A estação em 01/2019. Foto Julio Alves
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Atualização:
30.05.2023
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