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E. F. Vitória
a Minas (1904-1969) |
JOÃO
NEIVA
Município de Ibiraçu (1946-1989)
Município de João Neiva (1989-), ES |
EFVM - km 76 |
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ES-3108 |
Altitude: 59 m |
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Inauguração: 20.12.1905 |
Uso atual: demolida |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: n/d |
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HISTORICO DA LINHA: A E. F. Vitoria
a Minas foi aberta em 1904 num pequeno trecho a partir do porto de
Vitória e tinha como objetivo principal transportar as culturas
da região ao longo do Rio Doce, especialmente a produção
de café. Com enormes dificuldades ela foi avançando
no sentido da cidade mineira de Diamantina; em 1910, empresãrios
ingleses a compraram para eletrificá-la e transportar minério
da região de Itabira. O seu objetivo pasava a ser agora atingir
Itabira e se encontrar com a futura linha da EFCB que partindo de
Sabará atingiria São José da Lagoa (Nova Era).
Em 1919 o empresário americano Percival Farquhar a comprou
e depois de inúmeras reviravoltas políticas, a estrada,
afinal nunca eletrificada, foi encampada pela recém-fundada
Cia. Vale do Rio Doce (CVRD) em 1942, a qual maneja a ferrovia até
hoje. Modernizou-a nos anos 1940, alterando o traçado acidentado
na região de Vitória, isto depois de a linha ter finalmente
se ligado à EFCB em Nova Era em 1937, Em 2002, o antigo ramal
de Nova Era foi totalmente modificado e a EFVM passou a comandar a
linha desde Vitória até a região de Belo Horizonte,
depois de passar por Itabira, região do minério de ferro.
É a ferrovia mais rentável do Brasil e uma das pouquíssimas
ferrovias a manter no País até hoje os trens de passageiros. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de João Neiva foi aberta nos primórdios da EFVM,
em 1905. O terreno para a realização da obra foi doado por Negri
Orestes. O nome homenageava o deputado baiano João Augusto
Neiva. A estação fez surgir o povoado.
A estação atendeu à linha principal da ferrovia até pelo menos 1947, quando foi fechada por não ter sido incluída nesta linha. Depois de um intervalo de pelo menos sete anos,
em 1954, passou a ser a ponta de um curto ramal que passou a existir entre ela e uma estação na linha-tronco, de nome Caboclo Bernardo.
Em 1954, este ramal começou a funcionar com trens mistos ida e volta (Guia Levi, 7/1960 e 11/1964, p. 100) às terças, quintas e sábados (veja no caixa abaixo os horários dos trens no ramal em 1960). O percurso entre as duas estações durava de seis a nove minutos.
Quando o ramal era utilizado, os horários levam-me a crer que os trens da linha tronco entravam pelo ramal, até João Neiva e logo em seguida voltavam para o tronco, onde seguiam pelo curso natural da linha principal.
A estação de João Neiva funcionou entre os anos de 1954 a 1969. Após isto, a estação foi desativada.
Havia uma oficina da EFVM na cidade. Um barracão de madeira com uma
Orenstein & Koppel dentro dela em 2009 deve ser o prédio da ferrovia (seg. Rodrigo Cabredo, 2009).
A estação não deveria existir mais em 2009, pelo menos não foi encontrada.
Seria o prédio o mesmo que foi inaugurado em 2004 ou durante a existência do ramal a estação foi alterada de local? Fica a dúvida.
ACIMA: Teria sido este o carro que transportava passageiros de Caboclo Bernardo para João Neiva pelo ramal entre as duas estações nos anos 1950 e 1960? (Autor e data desconhecidos).
ACIMA: Os trens do ramal de Caboclo Bernardo para João Neiva em julho de 1960 (Guia Levi 07/1960, p. 100).
ACIMA: Depósito de madeira que contém a locomotiva a vapor que outrora rodou pelo ramal em foto de 2009 (Autor: Rodrigo Cabredo).
(Fontes: Da Silva Jr.; Altair Malacarne; Guia Levi, diversas edições 1950-1960). |
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A estação, à direita, sem data. Acervo
Altair Malacarne |
A estação nos anos 1940. Autor desconhecido |
A estação, sem data. Autor desconhecido |
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Atualização:
23.08.2023
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