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Q R S T U
VXY Mogiana em MG
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Bartira
Laranja Doce
Martinópolis
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Tronco EFS - 1935
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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Sorocabana Railway (1917-1919)
Estrada de Ferro Sorocabana (1919-1971)
FEPASA (1971-1998)
LARANJA DOCE
Município de Martinópolis, SP
Linha-tronco original - km 744,016 (1924); km 731,040 (1931) (*); 683,107 (**)   SP-2288
Altitude: 482 m   Inauguração: 01.07.1917
Uso atual: demolida   com trilhos
Data de construção do prédio atual: n/d (já demolido)
(*) As quilometragens foram alteradas em 1928, devido às retificações feitas entre São Paulo e Iperó neste ano e em 1953, (**) devido às retificações feitas entre Conchas e Manduri neste ano.
 
 
HISTORICO DA LINHA: A E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922, quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes, porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia, vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. Em 2006, a ALL ficou com a concessão da linha. A linha está ativa até hoje, para trens de carga.
 
A ESTAÇÃO: Inaugurada em 1º de junho - ou 1º de julho, existem as duas versões - de 1917, como posto telegráfico, Laranja Doce tinha, nos primeiros anos, movimento superior à estação de José Teodoro, que depois deu origem à cidade de Martinópolis.

Nos projetos da ferrovia, antes da instalação da estação, esta era chamada de João Teodoro, mas este nome acabou sendo dado à estação imediatamente adiante, hoje Martinópolis; o posto foi, portanto, aberto como Laranja Doce. Tais divergências de nomes podem facilmente ser comprovados pela quilometragem existente durante a construção da ferrovia, nos relatórios da EFS.

Muitas fazendas de gado embarcavam animais em Laranja Doce, sendo esta portanto uma estação bastante rentável para a Sorocabana.

É a vila em que nasceu o comediante Ary Toledo, em 1937, filho de ferroviário.

A estação já estava abandonada e em ruínas em 1986, de acordo com o Relatório de Instalações Fixas da Fepasa, deste ano. Foi demolida anos mais tarde e a vila desapareceu.

"Relatos de antigos moradores apontam a existência na estação de Laranja Doce, de várias residências de ferroviários, algumas casa de trabalhadores e proprietários rurais nas circunvizinhanças, além de uma escola e alguns botecos. Hoje lá nada mais existe, a não ser o cimentado da plataforma da antiga estação, totalmente invadido pelo mato, e vestígios de alicerces de algumas casas" (do livro de José Carlos Daltozo, Martinópolis, sua história e sua gente, 1999).


ACIMA: Construções no pátio da estação ainda existentes em 1986. Infelizmente, cópia de qualidade ruim (Relatório de Instalações Fixas - FEPASA, 1986).

TRENS - De acordo com os guias de horários, os trens de passageiros - pararam nesta estação de 1917 a 1999. Ao lado, um deles no pátio de Rancharia, em 1992. Clique sobre a foto para ver mais detalhes sobre esses trens. Veja aqui horários em 1968: SP-Botucatu e Botucatu-Pres. Epitacio e SP-Mairinque (Guias Levi).
(Fontes: José Carlos Daltozo; FEPASA: Relatório de Instalações Fixas, 1986; José C. Daltozo: Martinópolis, sua história e sua gente; E. F. Sorocabana: relatórios anuais, 1900-69; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação abandonada, em 1986. Extraído do Relatório de Instalações Fixas da Fepasa, 1986

A estação abandonada, em 1986. Extraído do Relatório de Instalações Fixas da Fepasa, 1986

Nos trilhos em frente à plataforma da estação demolida, passa um "limpa-trilhos", em agosto de 2000. Foto José C. Daltozo

Em agosto de 2000, a plataforma e a placa resistem ao tempo em Laranja Doce. Foto José Carlos Daltozo

As únicas duas casas da vila que restaram, em agosto de 2000. Foto José C. Daltozo
 
     
Atualização: 20.05.2020
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.