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Paula Souza
Miranda Azevedo
Lobo
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Saída do ramal de Itatinga: Itatinga-velha
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Tronco EFS - 1935
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2001
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E. F. Sorocabana
(1920-1953) |
MIRANDA
AZEVEDO (antiga KM 345)
Município de Itatinga, SP |
Linha-tronco original - km 343,788
(1924); km 331,024 (1934) (*) |
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SP-2415 |
Altitude: 752 m |
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Inauguração: 01.08.1914 |
Uso atual: demolida |
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sem trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1926 |
(*) As quilometragens
foram alteradas em 1928, devido às retificações
feitas entre São Paulo e Iperó neste ano |
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HISTORICO DA LINHA: A
E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha
foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922,
quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes,
porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos
e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época
à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia,
vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para
o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas
linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a
ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim
foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal
FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente
até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente
os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho
passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso
trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos
pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa
até hoje, para trens de carga. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Miranda Azevedo foi inaugurada em 1914 com o nome de km
345 para ser o posto de saída para
o curto ramal de Itatinga. Esta escolha de saída foi
feita apenas dois meses antes da inauguração do ramal,
de acordo com nota publicada no jornal O Estado de S. Paulo
de 11/6/1914 e por motivos não esclarecidos - provavelmente
topografia.
Pouco depois desta inauguração, a quilometragem baixou
para 343 na estação, por causa de um rearranjo na linha
próximo a São Paulo. O nome do posto, no entanto, manteve-se
como km 345 até o nome definitivo em 1920, tal qual se vê
abaixo.
A quilometragem baixaria mais ainda em 1928, com o término
da duplicação da linha (entre São Paulo
e Santo Antonio, atual Iperó) neste ano.
Em 1920, segundo nota publicada mais abaixo, o posto passou a receber
o trem do ramal de Itatinga, que vinha da cidade, parava ali
e voltava. A população de Lobo revoltou-se, como
publicado, já que o bairro estava a cerca de 2 quilômetros
do posto. Esta situação parece ter durado até
o final do ramal (1953), de acordo com diversos horários consultados
durante os 33 anos de existência da linha.
Em 1o de outubro de 1920 o posto recebeu o nome de Miranda
Azevedo.
Em 1926, foi construído um novo edifício (aprovado por orçamento
em 1924, ver caixa abaixo), o que aparece na fotografia desta página.
Em 1934, foi classificada como posto telegráfico de categoria
A (*).
Finalmente, foi desativada em 1953, quando da entrada em operação
da variante Rubião Junior-Juca Novaes. A estação
de Itatinga, por sua vez, passou a fazer parte da linha-tronco,
e o ramal, obviamente, suprimido. Uma nova estação, no tronco novo,
foi batizada também como Miranda Azevedo (nova).
"Eu e o Adriano fomos procurar a estação, em
2/11/2001, saindo de carro de Lobo e percorrendo pelo antigo leito
cerca de 1,5 km sem achar nada. Paramos o veículo, descemos
e seguimos a pé, pois dali não dava para continuar de
carro. Andamos por cerce de quarenta minutos, numa estrada cheia de
mato que abrigava os trilhos até 1953, e que, à direita,
tinha mata fechada, e, à esquerda, um enorme pasto com algumas
vacas, que tinha ao fundo, sem se poder enxergá-lo,
o rio das Pedras. Uma paisagem lindíssima. Vimos que o rio
se aproximava do leito à medida em que avançávamos.
Por fim, a ponte sobre ele: ele passava numa garganta bem abaixo de
nós, enquanto a ponte dava até medo de pisar,
com algumas e madeiras soltas e outras
aparentemente podres, com mato sobre ela e marcas de trilhos nas madeiras.
Chegamos com dificuldade do outro lado, onde, ali, não dava
para prosseguir nem a pé: o mato estava altíssimo. Por
ali se chegaria a Paula Souza, provavelmente
uns 3-4 km à frente. Voltamos pelo mesmo caminho,
admirando a paisagem maravilhosa de um dia de sol. Quando chegamos
ao carro, verificamos que, pela quilometragem de nosso mapa, era exatamente
ali que deveria ficar a antiga estação de Miranda de
Azevedo; inclusive, havia uma outra estrada que partia para o sul,
exatamente o leito do antigo ramal de Itatinga. Falta de atenção,
mas, se não fosse ela, não teríamos visto a beleza
quie vinha à frente. Procuramos e achamos restos da antiga
plataforma e alguns tijolos da estação demolida há
anos" (Ralph Giesbrecht, 11/2001).
(Ver também MIRANDA AZEVEDO-NOVA)
1920
AO LADO: Foi estabelecida a parada do trem na estação
de Miranda Azevedo (o nome não é citado na reportagem),
o que revoltou a população do bairro de Lobo
(O Estado de S. Paulo, 13/2/1920)..
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1924
AO LADO: Orçamento
para construção de desvios e posto telegráfico
na estação (O Estado de S. Paulo, 23/2/1924)
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OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO
E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS:
1926 - Extensão dos desvios para 480 m
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1926
AO LADO: O prédio do posto estava pronto(O Estado de S. Paulo, 23/2/1924) |
ACIMA: Mapa mostrando a linha nova e a velha
da Sorocabana na região de Botucatu e de Avaré. Por
ele dá para se ter uma idéia de como Miranda Azevedo
e outras saíram da linha e ficaram isoladas. A linha nova (estilizada,
pois não mostra todas suas curvas) é a que está
com barras (Acervo Ralph M. Giesbrecht).
ACIMA: A estação
de Miranda Azevedo, no centro-alto no mapa, em 1945. Dela saía
o ramal de Itatinga, para o sul . A meio caminho de Itatinga, o horto
florestal da Sorocabana, à direita do ramal (Mapa do IGGESP,
Acervo Ralph Mennucci Giesbrecht).
2001 - ACIMA: O antigo leito da Sorocabana passava
por aqui, até 1952: para a frente, a ponte sobre o rio das
Pedras e, depois, Paula Souza. Atrás,a cerca de 1 km, a estação
de Miranda de Azevedo. Mata fechada na época das locomotivas
a vapor e mata fechada ainda hoje (Foto Ralph M. Giesbrecht, 2001).
2010 - ACIMA: Leito do antigo ramal entre Miranda Azevedo e Itatinga,
hoje estrada asfaltada (Foto Adriano Martins).
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1960
AO LADO: A vida do homenageado, de acordo com artigo da
Folha de S. Paulo nos anos 1960.
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* Segundo o Relatório Anual de 1934 da
EFS, "À categoria A ficaram pertencendo os
diversos postos que funccionavam como si fossem estações
de 4a classe, isto é, onde, além do serviço
de trens, havia venda de bilhetes, despachos de encommendas,
bagagens, mercadorias, animaes, valores e serviços
telegraphico, em trafego proprio e mutuo, com os fretes calculados
pela propria distancia".
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(Fontes: Ralph M. Giesbrecht, pesquisa local;
Adriano Martins; Thomas Correa; Nossa Estrada, 1939; Folha de S. Paulo,
10/10/1962; O Estado de S. Paulo, 1920 e 1924; IGGESP; E. F. Sorocabana:
relatórios anuais, 1900-55; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht) |
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Na plataforma da estação, em 1939, funcionários
da EFS posam orgulhosos. Notar a placa de baldeação
de Itatinga. Foto da revista Nossa Estrada, nº 8, fevereiro
1939, acervo Thomas Corrêa |
Seguindo para a direita, o leito do antigo ramal de Itatinga.
Para a esquerda, o leito da Sorocabana (02/11/2001). Foto Ralph
M. Giesbrecht |
À direita, os restos da plataforma da estação,
em 02/11/2001. À frente, o leito da antiga Sorocabana,
sentido Paula Souza. Foto Ralph M. Giesbrecht |
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Atualização:
18.07.2018
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