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VXY Mogiana em MG
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Vila São Paulo
Mongaguá
Vila Atlântica
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ramal de Juquiá-1980

IBGE-1960
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ESTIVE NO LOCAL: SIM
ESTIVE NA ESTAÇÃO: SIM
ÚLTIMA VEZ: 2005
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São Paulo Southern Railway (1913-1927)
E. F. Sorocabana (1927-1971)
FEPASA (1971-1998)
MONGAGUÁ (antiga PRAIA GRANDE)
Município de Mongaguá, SP
Ramal de Juquiá - km 130,176 (1960)   SP-2488
Altitude: 1 m   Inauguração: 21.12.1913
Uso atual: cantina (2009)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: c.1930
 
 
HISTORICO DA LINHA: O ramal foi construído pelos ingleses da Southern São Paulo Railway, entre 1913 e 1915, partindo de Santos e atingindo Juquiá. Em novembro de 1927, o Governo do Estado comprou a linha e a entregou à Sorocabana, já estatal, no mês seguinte. O trecho entre Santos e Samaritá foi incorporado à Mairinque-Santos, que estava em início de construção no trecho da serra do Mar, e o restante foi transformado no ramal de Juquiá. A partir daí, novas estações foram construídas, e em 1981, o ramal foi prolongado pela Fepasa, já dona da linha desde 1971, até Cajati, para atender as fábricas de fertilizantes da região. O transporte de passageiros entre Santos e Juquiá foi suspenso em 1977 e restaurado em 1983, parando porém definitivamente em 1997. A linha seguiu ativa para trens de carga que passavam quase diariamente, transportando enxofre do porto para Cajati, até o início de 2003, quando barreiras caíram sobre a linha na região do Ribeira. O transporte foi suspenso e a concessionária Ferroban desativou a linha, que o mato cobriu rapidamente.
 
A ESTAÇÃO: Construída ainda pela Southern São Paulo Railway, em 1913, recebeu o nome de Praia Grande, estando originalmente no município de Itanhaém, com a quilometragem original 38,069. O seu nome provinha do fato de a vila ter sido criada pela Companhia de Melhoramentos da Praia Grande.

Em 1949, o nome foi alterado para Mongaguá. Este se tornou município, separando-se de Itanhaém em 1959.

Em 2003, com o desaparecimento dos trens de enxofre que vinham de Santos para Cajati, o mato tomou conta do antigo pátio, já sem os desvios (Informação: Antonio A. G. Mieto).

"Lembro-me que meu pai despachava nossas compras através da ferrovia para nossas viagens até Mongaguá com uma semana de antecedência. Saíamos de Sorocaba de madrugada onde logo desembarcávamos na cidade de Mairinque, onde então descíamos a serra até chegarmos na estação de Samaritá. Aguardávamos o trem que vinha de Santos com destino a Juquiá, logo então pela janela do trem podíamos ver o mar, já que este ramal passa por muitos quilômetros em cidades praianas" (Luiz Carlos, 08/2005).

A estação ainda tem nela instalada, em 2012, uma cantina que, na verdade, é um boteco. "Em janeiro de 1978, quando passei férias lá, o boteco já era a única coisa que funcionava na estação..." (A. Gorni, 01/2009). Em 2016 ainda estava em pé, pintada de amarelo.

OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS: 1934 - Construção de desvio na pedreira (que se chamava Mongaguá na época; a estação ainda era Praia Grande); construção de caixa d'água; prolongamento de desvios


ACIMA: Esperando pelo trem na estação de Praia Grande (anos 1940 - autor desconhecido).

ACIMA: Esperando pelo trem na estação de Mongaguá (anos 1950 - autor desconhecido).

ACIMA: Como diversas outras estações do ramal de Juquiá, Mongaguá também usou o trem da Sorocabana como alavanca de venda para terrenos na cidade. Na época e estação se chamava ainda Praia Grande e a localidade ainda não havia sido elevada a município. CLIQUE SOBRE A IMAGEM PARA VÊ-LA EM TAMANHO MAIOR (Folha da Manhã, 15/10/1950).
ACIMA: Composição de passageiros chegando à estação de Mongaguá e cruzando a avenida em 1957. (Autor desconhecido).
ACIMA: Vista da saída da estação de Mongaguá nos anos 1960 (Acervo Luiz Carlos Gomes da Silva).

ACIMA: Vista da aproximação do trem à estação de Mongaguá, vindo de Santos, no início dos anos 1960. As obras à esquerda da linha são da construção da rodovia Manoel da Nóbrega (Foto Hinuy Mitegui)..

ACIMA: Vista aérea da cidade de Mongaguá em 1973. A rodovia Manuel da Nóbrega passa no centro, sendo provavelmente a única rua asfaltada então; um pouco para baixo, paralela a ela, a linha Santos-Juquiá. À esquerda do eixo da rua principal, a estação e a saída do desvio para a pedreira, que faz uma curva e cruza a rodovia, seguindo para a pedreira, ao fundo, fazendo uma curva para a direita (Acervo Wanderley Duck).

ACIMA e ABAIXO: Duas fotografias da pedreira com vagões da FEPASA carregados de brita em 1984 (Fotos Nilson Rodrigues).


ACIMA: O trem da FEPASA passa por sobre a ponte em Mongaguá, em 1986, próximo à estação (Autor desconhecido).

ABAIXO: A mesma ponte, sem função em janeiro de 2009 (Foto Tiago).

TRENS - Os trens de passageiros pararam nesta estação de 1913 a 1977 e de 1983 a 1997. Na foto, trem do ramal em Suarão (1956). Clique sobre a foto para ver mais detalhes sobre esses trens. Veja aqui horários em 1963 (Guias Levi).
(Fontes: Ralph Giesbrecht: pesquisa local; Nilson Rodrigues; Rodrigo Campos Corrêa; Adriano Martins; Luiz Carlos; Antonio A. G. Mieto; Tiago __; Wanderley Duck; E. F. Sorocabana: Relatórios anuais, 1920-69; Guia Geral das Estradas de Ferro do Brasil, 1960; IBGE, 1960; Mapa - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação de Mongaguá em 1978. Autor desconhecido

Plataforma da estação, em 18/02/1998. Foto Ralph M. Giesbrecht

Plataforma da estação, em 18/02/1998. Foto Ralph M. Giesbrecht

A estação, em 2003, já sem desvio algum e com os trilhos da via principal tomados pelo mato, imperceptíveis. Foto Rodrigo Campos Corrêa

A estação, cada vez pior, em 01/2007. Foto Adriano Martins

A cantina na estação, em 01/2009. Foto Gilberto B. Romero

A estação em 2015; Foto Fernanso Marietan
   
     
Atualização: 09.04.2019
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.