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VXY Mogiana em MG
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(1952-2001)
Juquiratiba
Pirambóia-nova
Engenheiro Calixto-nova
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Tronco EFS - 1935
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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E. F. Sorocabana (1952-1971)
FEPASA (1971-1998)
PIRAMBÓIA-NOVA
Município de Anhembi, SP
Variante Juquiratiba-Botucatu - km 224,926   SP-2057
Altitude: 469 m   Inauguração: 22.04.1952
Uso atual: abandonada e em ruínas (2017)   com trilhos
Data de construção do prédio atual: 1952
 
 
HISTORICO DA LINHA: A linha-tronco da Sorocabana, no trecho entre Juquiratiba e Botucatu, foi substituída em 1952 por uma variante que corre mais ao sul e diminuiu o percurso entre essas duas estações através de menos curvas e túneis. O trecho original foi suprimido. Oito novas estações foram construídas para substituir as antigas da linha original. A variante opera até hoje, fazendo parte do tronco da ex-Sorocabana. Trens de passageiros por ali trafegaram até 15/01/1999.
 
A ESTAÇÃO: Antes de sua inauguração, em 1952, chamava-se posto km 225 ou Pátio I. Era a primeira das oito estações da variante Juquiratiba-Botucatu. Recebeu o mesmo nome da estação de Pirambóia da linha velha, desativada, e que ficava dentro da vila.

A "nova", situada ao sul, a uns dez quilômetros fora do bairro, estava ainda de pé, em ruínas, em 2017; toda a vila ferroviária foi demolida, somente sobrando o prédio da estação. Na verdade, o abandono vem da década de 1980.

Ainda embarcava alguém lá, considerando-se que era um prédio deserto, sem qualquer funcionário da ferrovia, sujo, sem qualquer infraestrutura, em ruínas e distante três quilômetros do bairro? Eduardo da Silva responde que, nesse caso, sim, havia: "Nos finais de semana sempre havia alguém, como por exemplo, minha tia que meu tio levava até lá de carro. Havia uma estrada de terra que acabou por desaparecer rapidamente depois do final dos trens de passageiros no início de 1999. Até os anos 1980 ainda parava durante a noite; nos anos 1990, ele somente parava durante o dia".

"Fiz várias viagens, de 1986 até 1997 até Pirambóia, inclusive o caminho para esta estação passa por uma estrada arenosa que sai da Rodovia Marechal Rondon e por um porto de areia, onde eles usam a ferrovia para transportar. Essa fazenda por onde a estrada segue é do meu tio (Estância Castro). Neste ano novo estive lá e pude ver o abandono que a concessionária ALL deixou, não existe mais a rede elétrica, nem as locações de comando dos desvios, nem os semáforos, tudo está quebrado, parece que foi destruido por uma guerra; os desvios eram automáticos, mas hoje a composição tem que parar e ver se o desvio está aberto e aí seguir. Aliás, nestes 4 dias em que fiquei por lá, só passaram 2 composições que carregavam somente areia, estando uma delas com 2 locomotivas U18 e 4 vagões de areia, que pena!!!" (Sergio Affonso, 01/2002).

"Saindo da rodovia Marechal Rondon, segue-se por exatos 5 km de estrada de terra areenta, passando por uma empresa que retira areia do local e uma granja até chegar a linha férrea que fica num nível 3 metros abaixo. Há uma plataforma feita de concreto onde os caminhões encostam para carregar os vagões de areia. A estação fica a uns 300 metros longe do fim da estrada. Está em ruínas, somente as paredes e a plataforma permanecem. A placa toda enferrujada ainda se consegue ver escrito "Pirambóia". Pequenos arbustos tomam todo o interior da estação que agora está servindo de moradia para um pequenino beija flor, que saiu voando assustado de seu ninho quando cheguei na porta do prédio" (Adriano Martins, 09/2001).

Em 2009, carregava-se muita areia ali e em Cesar Neto (pouco à frente), mais de 2.000 toneladas diárias, para ser descarregada em Presidente Altino, seguindo dali para as obras do Rodoanel de São Paulo - trecho Regis Bittencourt-via Anchieta, então em construção.

(Ver também PIRAMBÓIA-VELHA) CLIQUE AQUI PARA VER AS LINHAS VELHA E NOVA DA SOROCABANA NESTA REGIÃO


ACIMA: mapa dos anos 1930 mostrando a linha nova e a velha da Sorocabana na região de Botucatu e de Avaré. Por ele dá para se ter uma idéia de como Pirambóia e outras saíram da linha e ficaram isoladas. A linha nova (estilizada, pois não mostra todas suas curvas) é a que está com barras (Acervo Ralph M. Giesbrecht). ABAIXO: A distância entre a estação nova e velha pode ser vista na parte sul do mapa do município de Anhembi. A linha velha passava por três pontos indicados no mapa mas já sem trilhos: Remédios, Eng. Calixto e Pirambóia, ao norte da linha atual. Notar que a linha atual tem um pequeno trecho no município de Bofete (Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, IBGE, volume XI, 29/5/1960, p. 85).



ACIMA: Bela ponte ferroviaria de 22/5/1944 (veja a inscrição no concreto) junto a Piramboia-nova. A variante que a usa foi aberta para o tráfego somente em 1952 (Foto Julio Cesar de Paiva, fevereiro de 2018).

TRENS - De acordo com os guias de horários, os trens de passageiros pararam nesta estação de 1952 a 1998. Ao lado, um destes trens está na serra (cuesta) de Botucatu, tracionado por uma elétrica Loba, em 1960. Clique sobre a foto para ver mais detalhes sobre esses trens. Veja aqui horários em 1976 (Guias Levi).
(Fontes: Eduardo da Silva; Daniel Gentili; Stenio Gimenez; Adriano Martins; Sergio Affonso; Gentil Malzinotti; Julio Cesar de Paiva; Douglas Razzaboni; E. F. Sorocabana: relatórios anuais, 1940-69; Fepasa: Relatório de Instalações Fixas, 1986; IBGE: Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, 1960; Mapas - acervo R. M. Giesbrecht)
     

A estação já depredada em 1986. Foto do relatório de Instalações Fixas da Fepasa, 1986

Pátio da estação em 1989. Foto Júlio César de Paiva

Estação em 1990. Foto Gentil Malzinotti, cedida por Douglas Razzaboni

A estação em ruínas, em 16/09/2001. Foto Adriano Martins

A estação em total ruína em 19/2/2011. Foto Daniel Gentili
 
     
Atualização: 28.05.2020
Página elaborada por Ralph Mennucci Giesbrecht.