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Indiana
Regente Feijó
Espigão
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Tronco EFS - 1935
IBGE - 1974
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ESTIVE NO LOCAL: NÃO
ESTIVE NA ESTAÇÃO: NÃO
ÚLTIMA VEZ: S/D
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Estrada de Ferro
Sorocabana (1919-1971)
FEPASA (1971-1998) |
REGENTE
FEIJÓ
Município de Regente Feijó,
SP |
Linha-tronco original - km 782,134
(1924); km 769,166 (1931) (*); km 721,233 (1960) (**) |
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SP-2245 |
Altitude: 479 m |
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Inauguração: 15.01.1919 |
Uso atual: Unidade básica de saúde
(2023) |
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com trilhos |
Data de construção do
prédio atual: 1960 |
(*) As quilometragens
foram alteradas em 1928, devido às retificações
feitas entre São Paulo e Iperó neste ano e em 1953,
(**) devido às retificações feitas entre Conchas
e Manduri neste ano.
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HISTORICO DA LINHA: A
E. F. Sorocabana foi fundada em 1872, e o primeiro trecho da linha
foi aberto em 1875, até Sorocaba. A linha-tronco se expandiu até 1922,
quando atingiu Presidente Epitácio, nas margens do rio Paraná. Antes,
porém, a EFS construiu vários ramais, e passou por trocas de donos
e fusões: em 1892, foi fundida pelo Governo com a Ytuana, na época
à beira da falência. Em 1903, o Governo Federal assumiu a ferrovia,
vendida para o Governo paulista em 1905. Este a arrendou em 1907 para
o grupo de Percival Farquhar, desaparecendo a Ytuana de vez, com suas
linhas incorporadas pela EFS. Em 1919, o Governo paulista voltou a
ser o dono, por causa da situação precária do grupo detentor. Assim
foi até 1971, quando a EFS foi uma das ferrovias que formaram a estatal
FEPASA. O seu trecho inicial, primeiro até Mairinque, depois somente
até Amador Bueno, desde os anos 20 passaram a atender principalmente
os trens de subúrbio. Com o surgimento da CPTM, em 1994, esse trecho
passou a ser administrado por ela. Trens de passageiros de longo percurso
trafegaram pela linha-tronco até 16/1/1999, quando foram suprimidos
pela concessionária Ferroban, sucessora da Fepasa. A linha está ativa
até hoje, para trens de carga. |
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A ESTAÇÃO: A estação
de Regente Feijó foi aberta em 1919, dando origem à
futura cidade. Segundo autores, seu nome inicial teria sido Memória,
alterado para Regente Feijó quando a Cia. Industrial Mercantil
e Agrícola (CIMA) comprou as terras onde estava a estação.
Seria a CIMA a mesma companhia citada no detalhe abaixo, a CVSPMT?
Quando teriam comprado as terras? O relatório da Sorocabana
relativo ao ano de 1917 (portanto, de 2 anos antes
da inauguração da estação) afirma (na
página 37) que "foram concluídas
as estações de Indiana e Memória e iniciada a
de Regente Feijó, com as suas respectivas casas de empregados
(...) Foram executadas as obras de abastecimento às estações
de Memoria e de Regente Feijó".
Ou seja, o relatório considerava duas estações
diferentes, Memória e Regente Feijó. Mas
se entre Indiana e Presidente Prudente (cujo nome como
tal nem se citava) haveria apenas duas estações, seria
Memória mesmo Regente Feijó ou seria esta
a atual estação de Espigão, ex-Mandaguari?
Uma notícia de 8/12/1918 mostra que o prolongamento do "ramal
de Tibagy" entre Indiana e Regente Feijó
foi autorizado pelo ministro da Viação, a pedido do
Secretário da Viação paulista, e isso mais de
um mês antes da inauguração da estação
de Regente Feijó, que, de acordo com nota mais acima
neste texto, já estava pronta desde 1917! (O Estado de S.
Paulo, ver caixa abaixo).
Também se considera a fundação da
cidade o ano de 1922, três anos após a inauguração
da estação. Finalmente - por que o nome de Regente
Feijó, que nada tinha a ver com a região, que era,
na época de sua administração como regente do
Império (anos 1830), uma região inóspita e desconhecida?
Em 1960, foi concluído um novo prédio para a estação; é o que está
lá até hoje.
Enquanto o Relatório de Instalações Fixas da Fepasa dizia que
a estação, ainda ativa, estava em "excelentes condições" em 1986,
em setembro de 2000 a estação já estava completamente abandonada,
como atestam as fotos abaixo. Em 2001, um convênio entre a Prefeitura
e a Ferroban levou à restauração da estação.
Hoje funciona lá um ambulatório e uma cantina (informações
de 2001 de Alexandre Scatolon).
Em 2010 na estação existiam um bar e a secretaria de
Cultura. Em 2023, já estava sendo utilizada como
UBA-Unidade Básica de
Saúde.
Segundo o em 1922,
após 3 anos da entrega da estação ao tráfego de trens, onde
ao redor já funcionava um pouso de peões e gado transportado
pela "Estrada Boiadeira" - a rodovia da época - o Capitão
Francisco Whitaker separou 10 alqueires das terras da Companhia
de Viação São Paulo-Mato Grosso (CVSPMT), para a formação de
um povoado. Isto foi suficiente para atrair os construtores
do primeiro armazém, da primeira farmácia e da primeira pensão.
A região da estação ganhava jeito de lugarejo
urbano, rodeado da exuberante floresta primitiva, animais e
índios. O apito e barulho das locomotivas a vapor assustavam
os índios, que começaram a recuar nas suas investidas contra
os brancos. Levas de pioneiros desembarcavam na região, conduzidos
pelos trens. Na lista, estavam Antônio Vieira, Augusto Vieira
e Joaquim Lúcio, líderes da marcha pioneira e considerados fundadores
de Regente Feijó, ao lado do intrépido Capitão Francisco Whitaker,
um dos administradores da Companhia de Viação São Paulo-Mato
Grosso. |
1919
ACIMA: Primeiro horário anunciado para trens correndo
entre Indiana e Presidente Prudente, isto para 15 de janeiro
de 1919. Havia, portanto, baldeação em Indiana
(O Estado de S. Paulo, 13/1/1919).
1922
AO LADO: Como era Regente Feijó na época (site
www.camararegentefeijo.sp.gov.br).
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1922 - ACIMA: Ainda se vendiam terras em Regente Feijó em 1922 - a região era na comarca de Assis, a 1 ou 2 léguas da estação (O Estado de S. Paulo, 8/4/1922).
ACIMA: Após a revolta de 1924 na cidade de São
Paulo, revolucionários fugiram no final de julho para a Alta
Sorocabana, causando caos em diversos pontos e em vários municípios,
usando-se de duas estações para desembarcarem e espalharem-se:
Regente Feijó e Paraguassu Paulista (CLIQUE SOBRE A MATÉRIA
PARA VÊ-LA INTEIRA) (O Estado de S. Paulo, 28/10/1924).
1926
AO LADO: Inaugurações
de melhorias na estação de Regente Feijó
(O Estado de S. Paulo, 14/9/1926).
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OBRAS OCORRIDAS NA ESTAÇÃO
E SEU PÁTIO DE ACORDO COM RELATÓRIOS DA EFS:
1926 - Extensão dos desvios para 180 m; 1934 -
Construção de passagem superior; instalação
de luz
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ACIMA: Problemas recorrentes com o embarque de café
e outros produtos nas estações que pertenciam na época
(1938) ao município de Regente Feijó causava
a ira dos produtores da região, que reagiram com um abaixo-assinado
- CLIQUE SOBRE A NOTÍCIA PARA VÊ-LA INTEIRA (O
Estado de S. Paulo, 10/9/1938).
Fontes: José Carlos Daltozo, 2000; Jotacê
Cardoso; Adriano Martins, 2003; Geraldo Soller; Silvio Rizzo; Celso Bordinassi;
Alexandre Scatolon; O Estado de S. Paulo, 1919 e 1938; IBGE: Enciclopédia
dos Municípios Brasileiros, vol. XXX, 1958, p. 15; Sorocabana:
Relatórios anuais, 1916-49; Fepasa: Relatório de Instalações
Fixas, 1986; www.camararegentefeijo.sp.gov.br; Mapa - acervo R. M.
Giesbrecht) |
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A estação original de Regente Feijó, em
1926. Acervo Geraldo Soller |
A plataforma no abandono (novembro de 2000). Foto José
Carlos Daltozo |
A fachada da estação de Regente Feijó,
em novembro de 2000. Foto José Carlos Daltozo |
O armazém, em 11/2000. Foto José Carlos Daltozo |
A fachada reformada, em 01/2003. Foto Adriano Martins |
A estação em 08/2005. Foto Celso Bordinassi |
A plataforma da estação em 23/12/2010. Foto J.
C. Cardoso |
A plataforma da estação em agosto de 2016. Foto
Silvio Rizzo |
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Atualização:
13.08.2023
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